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Cada provocação pública desenhou rachaduras na coalizão
Marcelo Copelli
Revista Fórum
A escalada de Eduardo Bolsonaro em conflitos internos não é casual nem meramente emocional — revela uma crise estrutural no conservadorismo brasileiro. Mais do que uma disputa por protagonismo, suas ofensivas contra figuras como Tarcísio de Freitas, membros do Centrão ou parlamentares aliados evidenciam uma estratégia centrada na mística pessoalista, na personalização do poder. É uma inversão dos termos da política: aliados tornam-se adversários antes mesmo de qualquer disputa formal.
Cada provocação pública desenhou rachaduras profundas na coalizão que, até há pouco, parecia sólida. Como essas divisões ocorrem antes mesmo da campanha de 2026 ganhar corpo, o risco ultrapassa o campo eleitoral — atinge o institucional.
SEM CONFIANÇA – Há perigos de isolamento, de enfraquecimento do Legislativo e de perda da representatividade da oposição como polo político relevante. Muitos dentro da própria direita já não veem Eduardo como integrante confiável de uma frente unida, mas como um elemento de instabilidade, levando o Centrão a escantear os filhos de Bolsonaro e a buscar rotas alternativas.
O senador Ciro Nogueira, um dos mais influentes articuladores do bloco conservador, já afirmou que Eduardo causa “prejuízo gigantesco” à estratégia da direita. Suas declarações sobre o tarifaço dos EUA e sua atuação internacional, que ultrapassa os limites da representação parlamentar, ilustram esse desgaste. A ausência prolongada do país, somada às faltas acumuladas, acentua a percepção de desleixo e de descompromisso institucional. A insistência em protagonizar gestos diplomáticos que não lhe cabem institucionalmente só aprofunda a percepção de descontrole.
Outro vetor de dano é simbólico. O modo como Eduardo configura seu papel político revela uma lógica de gestão da imagem que instrumentaliza a lealdade de aliados e mistura patriotismo, supremacia familiar e antagonismo extremo. Essa fórmula, que antes mobilizava, hoje isola. Criticar conservadores mais moderados por negociações institucionais, ou desqualificar lideranças regionais por não aderirem integralmente à linha familiar, não é apenas um erro de cálculo — é um sintoma de que o bolsonarismo perdeu a capacidade de conviver com o diverso, o regional e o pragmático.
REFLEXOS – O efeito é devastador: parceiros locais, antes dispostos a “abraçar o rótulo Bolsonaro”, começam a se perguntar se vale mais esperar uma divisão interna ou buscar outros caminhos.
Sua atuação recente nos Estados Unidos é um exemplo nítido desse descompasso. Ao se colocar como uma espécie de embaixador informal do bolsonarismo, Eduardo opinou sobre tarifas, sanções e políticas de Estado, como se tivesse autoridade diplomática e não apenas mandato legislativo. O resultado foi o oposto do pretendido: em vez de demonstrar força, expôs fragilidade — abrindo espaço para críticas externas, retaliações empresariais e acusações de conivência com posturas que ferem interesses nacionais. O agronegócio, o setor exportador e parlamentares com desafios locais viram suas margens de segurança política estremecerem.
Há também um risco de liquidação da base eleitoral concreta. Enquanto Eduardo insiste em discursos sobre herança política, anistia ampla e revanche simbólica, o eleitor de direita — que lida com realidades de saúde precária, violência e desemprego — cobra resultados tangíveis.
Se o eleitorado perceber que o discurso é vazio, e que será preciso escolher entre o espetáculo e a governabilidade, haverá espaço para migração de votos e ascensão de perfis mais centristas. A política nacional já não funciona sob a lógica do confronto permanente, e o público que antes aplaudia o embate agora parece exausto dele.
MENOS APOIO – O desgaste não é apenas retórico. Alianças rompidas no Congresso significam menos apoio para projetos de lei, menos espaço para quadros da direita ocuparem cargos decisivos, menos voz para bloquear pautas do Executivo e do Supremo Tribunal Federal. Essa erosão se traduz em perda de influência, de recursos e de poder de articulação — elementos essenciais para sustentar presença regional e manter a confiança de eleitores e lideranças locais.
Em um cenário hipotético, se 2026 tiver Eduardo Bolsonaro como figura central, o campo conservador enfrentará um dilema inédito: seguir com o radicalismo interno, prisioneiro da herança familiar, ou reconstruir uma coalizão pragmática capaz de disputar o poder com maturidade institucional.
A escolha já começou, e não por decisão exclusiva de Eduardo, mas pela reação dos que antes orbitavam o bolsonarismo e hoje cogitam sobreviver sem ele. O custo da não escolha pode ser alto: perda de legitimidade política, de protagonismo regional e de relevância simbólica.
RUÍDO DISSONANTE – O bolsonarismo, que nasceu do colapso das instituições e do ressentimento social, agora se volta contra si mesmo. O que antes parecia força de mobilização hoje soa como ruído dissonante num campo conservador que busca racionalidade e sobrevivência.
Enquanto setores conservadores buscam recompor um discurso de responsabilidade e governabilidade, Eduardo Bolsonaro insiste em um personalismo corrosivo que serve mais ao culto do nome do que à construção de um projeto. O resultado pode ser devastador: transformar 2026 não numa escolha de futuro, mas numa arena entre lucidez e histeria política.
Arrogância exacerbada
Bananinha ‘atravessou a rua para escorregar na casca de bananão (nos States) e se orgulha do tombo que levou’
Revista Veja, Radar, Política, 18 out 2025, 17h15 Por Robson Bonin
Uma aberração na política brasileira.
A familícia inteira é uma aberração na política.
Imagine se esses escrotos tivessem seu próprio partido?
É incrível que o demônio no auge da sua popularidade não conseguiu as assinaturas necessárias pra fundar o partido, (Aliança).
Ainda bem que essa anomalía não ocorreu, seria mais um inferno pra termos que aturar e sustentar com milhões dos cofres públicos.
Abraços,
José Luis
Não conseguiram fundar o próprio partido por não serem ‘dados ao trabalho’.
Nunca construíram nada ou assentaram um tijolo sequer.
Vivem da exploração do poder público há décadas (vide “rachadinhas”).
Trabalho nunca foi o forte da Famiglia…..
Irmão de Jair Bolsonaro é demitido da Assembleia Legislativa de SP
https://www.youtube.com/watch?v=FMgQeBvKJGo
🤣🤣🤣
🙋🏻♂️
JL
Funcionário fantasma da Alesp já ganhando em 2016 quase R$ 18.000,00 reais mensais.
E bolsotários estão na cadeia por acreditarem enganosamente nessa gente.
Graças a ele que ministros não podem entrar nos Estates e a Magnitski foi aplicada a Mores, a mulher e ao Instituto Lex
Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro , têm uma pinta de drogados.