
Charge do Gilmar Fraga (gauchazh.clicrbs.com.br)
Juliano Galisi
Estadão
Os brasileiros apoiam a democracia, mas não se contentam com a garantia de que o jogo ocorra “dentro das quatro linhas”. Aos democratas do País, além de condições mínimas, como eleições livres, igualdade perante a lei e alternância no poder, o regime deve promover, também, quesitos como justiça social, proteção de minorias e mecanismos de participação política.
Os dados são de um estudo do Instituto Representação e Legitimidade Democrática (INCT Redem), vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), com coleta de dados conduzida pelo Ipsos/Ipec. Embora predominante, o apoio à democracia convive com um índice elevado de não democratas. Cerca de um a cada três brasileiros não concorda com as condições mínimas de um regime democrático.
DESCONFIANÇA – A pesquisa é inédita em diferenciar a visão de democracia dos brasileiros, incorporando mais variáveis à declaração de apoio ou rejeição ao regime. Os dados demonstram que, mesmo entre democratas, persiste uma profunda desconfiança das instituições, além de insatisfação com as condições de vida da população.
O descontentamento concreto pode minar a adesão em abstrato à democracia. Além disso, os não democratas também se preocupam com a melhoria das condições sociais, propiciando a ascensão de “aventureiros” dispostos a prover demandas da sociedade, mas sem compromisso com as regras do jogo.
Segundo Adriano Codato, cientista político e professor da UFPR, o levantamento propôs “uma questão em aberto” sobre o conceito de democracia. “Ao invés de partir de um modelo de democracia e perguntar o quanto a pessoa se aproxima dele, nós perguntamos: ‘O que é democracia para você?’”, explicou o pesquisador.
CLASSIFICAÇÃO – A coleta de dados, conduzida pelo Ipsos/Ipec, compilou 1.504 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais nas cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%. Os entrevistados foram questionados a classificar, em uma escala de 0 a 10, quão importantes consideravam para um regime democrático critérios como eleições livres e justas, igualdade perante a lei, liberdade de imprensa, de expressão, efetividade de órgãos de controle e combate à pobreza.
A isonomia jurídica e a realização de eleições livres foram os critérios de maior consenso. Em ambas as perguntas, 78% dos entrevistados afirmaram que os itens eram indispensáveis a uma democracia, atribuindo-os grau máximo na escala de 0 a 10. A aceitação de ambos os critérios foi definida como o parâmetro mínimo para classificar o entrevistado como um democrata. Cerca de dois a cada três brasileiros aderem, em abstrato, à democracia, enquanto um a cada três atribuiu menor ou nenhuma relevância à igualdade perante a Justiça e à garantia de eleições livres.
Além dos critérios mínimos, foi feito um cruzamento com os demais itens do questionário. Assim, constatou-se que os brasileiros têm uma visão ampliada e exigente dos direitos que caracterizam um regime democrático. São os “democratas multidimensionais”, como define o estudo. A esse grupo, a democracia vai além da garantia de que o jogo ocorra “dentro das quatro linhas”, devendo promover, também, redução das desigualdades, proteção a minorias, liberdades individuais e direitos de participação no processo decisório.
PREOCUPAÇÕES – Entre os entrevistados, 42,4% registram visões “multidimensionais” de democracia, incorporando preocupações para com o regime de ordem liberal, social e participativa.
A dimensão liberal contempla quesitos como manutenção do Estado de Direito, proteção a minorias e garantia das liberdades de expressão e de imprensa. Na esfera social, figuram temas como redução das desigualdades, provisão de bem-estar social e políticas de inclusão; na seara participativa, por fim, estão os anseios por mecanismos de participação direta no processo político, como consultas populares e formas de engajamento além do voto.
DIREITOS SOCIAIS – A questão social é a de maior relevância entre os entrevistados. Além de integrar a visão de democracia “multidimensional”, outros 21,2% exigem de um regime democrático a promoção de direitos sociais.
Em comparação a outros países em que o questionário foi aplicado, a ênfase social é particular ao Brasil, explicou o cientista político Ednaldo Ribeiro, professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da UFPR. “É uma particularidade esperável num contexto de profunda desigualdade, mas a magnitude da diferença foi significativa e chamou a atenção”, disse Ribeiro.
Em média, nas nações europeias, 7,3% dos entrevistados registram uma visão abrangente de democracia, um índice sensivelmente menor ao constatado no Brasil, de 42,4%. Por outro lado, o patamar de não democratas brasileiros supera em muito a média da Europa: 21,9% do continente contra 31,9% do Brasil.
ELEIÇÕES – “São dois polos. Por um, é positivo, porque temos pessoas com concepções de democracia mais complexas, que envolvem (preocupação com) desigualdade social e de renda, mas também temos um ponto preocupante, pois um terço da população acha que eleições não são importantes para a democracia”, disse Ednaldo Ribeiro. “É extremamente grave e mostra (o resultado) do trabalho de descrédito das eleições nos últimos dez anos”.
A visão ampliada de democracia, por si só, não a blinda da ameaça de erosão. Por um lado, o descontentamento com as condições de vida pode afetar a legitimidade do regime; por outro, há margem para a ascensão de projetos atentos ao componente social, mas sem compromissos com as “quatro linhas”.
ENTREGA – “As pessoas veem a democracia como um regime que deve ter entrega não só política, mas entrega social”, afirma Adriano Codato. “Se o Estado não é eficiente, não entrega política social, política compensatória, mantém a inflação baixa e aumenta o salário mínimo, isso vai erodindo a legitimidade da democracia também”. “Não há apoio abstrato, normativo à democracia, que sobreviva a décadas de sistema ineficiente, que não entrega coisas”, completa Ednaldo Ribeiro.
O estudo identificou que mesmo entrevistados de perfil não democrata têm preocupações com direitos sociais, propiciando o surgimento de projetos políticos que rivalizem com a democracia. “São potenciais apoiadores de aventureiros que prometem entregar demandas sociais, mas sem compromisso com a legitimidade judicial”, afirma Ribeiro.
Direita avança sem o ex-mito, ameaça pauta do governo e põe favoritismo de Barba em xeque
Após as 121 mortes na operação policial do Rio, acusada de chacina pela esquerda, aplaudida pela direita e apoiada pela sociedade, a oposição se realinhou e ganhou novo ânimo e a bandeira da insegurança para superar a dependência do ex-mito e enfrentar o favoritismo de Barba para 2026.
Barba, que corria na pista praticamente como candidato único, deve se preparar para fortes obstáculos no Congresso, onde não se fala mais de anistia ou dosimetria para o ex-mito, mas a pauta saiu da economia, prioritária para o governo, e desabou na segurança, solo fértil para a direita.
2025 pode terminar com a derrota acachapante da PEC da Segurança no Congresso e entrar o ano eleitoral enfrentando a CPI das organizações criminosas, comandadas pela oposição e focada em martelar que a esquerda “defende bandido”, é “contra a polícia” e “conivente com o tráfico”.
E esquecendo que foram os Bolsonaro que deram a maior comenda da Alerj para um miliciano preso, sanguinário e depois morto pela polícia.
Com o Centrão dando as cartas, a direita e boa parte da sociedade querendo sangue, a PEC tende a virar do avesso. Do outro lado, o governo parece tonto, sem saber o que dizer, como reagir.
Os governadores que aplaudiram Cláudio Castro e a centena de mortes no Rio criaram (dizem) um “consórcio” que pode ser tudo, menos “da paz”, e serão decisivos para os rumos da PEC, da CPI e do tabuleiro de 2026, com a direita se livrando do ex-mito e ganhando o próprio rumo.
E o Governo? Está às voltas com um dilema: como compatibilizar o discurso histórico de Barba e do PT com a posição majoritária do eleitorado na prioritária e explosiva área da segurança pública?
Fonte: O Estado de S. Paulo, Opinião, 01/11/2025 | 18h00 Por Eliane Cantanhêde
Governadores atropelam Barba na segurança pública
Inaptidão do governo petista na pauta que mais preocupa os brasileiros leva governadores a tomarem a dianteira
(…)
Fonte: O Antagonista, 31.10.2025 12:14 Por Duda Teixeira
A lista de navios e aeronaves enviadas pelos EUA à costa da Venezuela
O jornal americano The Washington Post deste sábado, 1º, detalha o envio de forças militares dos States ao Caribe nas últimas semanas, em uma mobilização que sugere planos do governo Laranjão para ampliar as operações na região e aumentar a pressão sobre o regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro.
Segundo o jornal, a operação inclui oito navios de guerra, uma embarcação de operações especiais e um submarino nuclear de ataque.
A chegada do porta-aviões USS Gerald R. Ford ao Caribe, na próxima semana, deve reforçar o contingente com mais três navios, além de mais de 4 mil soldados.
O Washington Post mostra que a escala das forças enviadas (…) levanta suspeitas sobre uma ação militar iminente.
Operações ampliadas. Além do reforço naval, o Washington Post informou que o Pentágono transferiu caças F-35 para Porto Rico e intensificou voos de bombardeiros ao longo da costa venezuelana.
Desde setembro, os EUA teriam realizado mais de uma dúzia de ataques contra supostos barcos de traficantes, resultando em pelo menos 61 mortes.
Força enviada ao Caribe
Navios de guerra
• USS Gerald R. Ford — Porta-aviões
• USS Winston S. Churchill — Destróier de mísseis guiados
• USS Bainbridge — Destróier de mísseis guiados
• USS Mahan — Destróier de mísseis guiados
• USS Mitscher — Destróier de mísseis guiados
• USS Forrest Sherman — Destróier de mísseis guiados
• USS Iwo Jima — Navio de assalto anfíbio
• USS San Antonio — Navio de transporte anfíbio
• USS Jason Dunham — Destróier de mísseis guiados
• USS Stockdale — Destróier de mísseis guiados
• USS Gravely — Destróier de mísseis guiados
• USS Lake Erie — Cruzador de mísseis guiados
• USS Gettysburg — Cruzador de mísseis guiados
• USS Wichita — Navio de combate litorâneo
• USS Newport News — Submarino de ataque nuclear
Aeronaves
• B-52 Stratofortress — Bombardeiro estratégico
• B-1B Lancer — Bombardeiro supersônico
• P-8 Poseidon — Patrulha marítima
• F-35 Lightning II — Caça supersônico
• MQ-9 Reaper — Drone de combate
• UH-60L Black Hawk — Helicóptero militar
• AC-130J Ghostrider — Aeronave de ataque
Fonte: O Antagonista, 01.11.2025 19:15 Por Redação
Acorda, Brasil!
Se Eduardo Bolsonaro pensa que é o sósia do Príncipe William.
Cláudio Castro “pensa” que a Penha é Gaza e que está se parecendo com Benjamin Nethanyahu.
O único autoritarismo é o que nos condena à sujeição dobrada.
A um ESTADO BANDIDO
E, SENDO BITRIBUTADO
A um BANDIDO ESTADO
DEMOCRACIA DE VERDADE é o poder e governo do povo para o povo, de modo que Ela, para ser verdadeira, tem que ser Direta, com Meritocracia e Deus na Causa, e ponto final, o resto é masturbação jornalística, sofisma, factoides, diversionismos, armações, esquemas, golpes, ditaduras, estelionatos eleitorais e afin$, tudo manobras diversionistas acobertadores da farsa capitalista imposta pelo capital velhaco, bastando as pessoas idôneas, de boa-fé, sérias, honestas, verdadeiras e justas seguirem o rastro do dinheiro para se depararem com a mãe e pai de todos os males, tal seja a plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, made in USA, fantasiada de democracia apenas para locupletar espertos e ludibriar a crédula, tola e indefesa freguesia da dita-cuja, copiada no Brasil, há 135 anos, mal e porcamente, pelo militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, à moda irmãos siameses simbióticos e autofágicos, forjadores, protagonistas e desfrutadores do negocio bilionário representado pela dita-cuja, ótimos e nababesco para ele$ porém péssimo para a realização do bem comum do conjunto da sociedade enquanto finalidade, fato que faz do Brasil e do povo brasileiro vítimas, reféns, súditos e escravos dos me$mo$, patranha essa dos me$mo$ contra a qual, há cerca de 35 anos, temos apenas a Democracia Direta, com Meritocracia e Deus na Causa, no bojo da Revolução Pacífica do Leão (RPL-PNBC-DD-ME), genuinamente brasuca, que mostra, com todas as letras, literalmente, o novo caminho para o possível novo Brasil e o novo mundo de verdade, que se propõe a resolver o Brasil, a política, a vida e a convivência pacífica do conjunto da população, para os próximos 500 anos, com o Brasil projetado na vanguarda democrática do novo mundo civilizado, porque o resto, “data venia”, é tudo mais dos me$mo$, blá-blá-blá, gogó, trololó, gastança, comilança, impostança e mais nada, nadica de nada, neca de pitibiribas, de borogodó, digo, de projeto novo e alternativo de política e de nação…, sendo este o debate sério que deveria estar rolando pelo menos nas universidade do país, até porque na imprensa falada, escrita e televisionada erário-dependente, de rabo preso com a supremacia do capital velhaco, o tema Democracia de Verdade é proibido, interditado, censurado, boicotado, cancelado e excluído… https://www.tribunadainternet.com.br/2025/11/01/apoio-a-democracia-no-brasil-convive-com-nostalgia-por-solucoes-autoritarias/#comments
O modelo de democracia no Brasil é tão linda que gerou muitas coisas boas.
Monopólio da informação pela Globo, formação do PCC, CV e milícias. Foi na nossa democracia que aconteceram o Mensalão e Petrolão, fatos comprovados de sequestro do legislativo pelo executivo. Em nossa democracia o judiciário foi apodrecendo velozmente.
Em nossa linda democracia é possível tirar um bandido da cadeia é colocar na cadeira de presidente.
Todo sujeito que idolatra democracia é um fascistóide.
Parabenizo o Alon pela análise. Ah tão democrático que aplaude decisões arbitrárias de um juiz psicopata.