Míriam Leitão
O Globo
O STF formou maioria para permitir que um juiz possa julgar casos em que as partes sejam clientes de escritórios de advocacia de seus parentes. É uma decisão muito ruim, porque foi tomada em causa própria, revertendo o que tinha ficado proibido.
O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, que abriu a divergência, disse que é difícil saber toda a carteira de clientes de cada escritório de advocacia, e que parte da sua assessoria trabalha somente para saber se há algum conflito de interesse nas causas que chegam lá.
REGRAS NECESSÁRIAS – Achei um argumento fraco. Quem recorre à Justiça, ou é envolvido em algum processo, pode ter certeza que o juiz é imparcial, e que será imparcial mesmo se o caso for defendido por sua mulher, ou filho, ou primo?
Não estou prejulgando, mas não basta o juiz ter certeza da sua imparcialidade, é preciso que haja métodos e regras que garantam para a população que haverá tratamento igual.
O ministro Cristiano Zanin, por exemplo, se afastou do seu escritório, mas sua mulher continuará advogando e tem 14 casos no Supremo. É uma profissional reconhecida. O pai dela também é um advogado reconhecido. Qual a garantia de que Zanin poderá dar uma decisão monocrática realmente imparcial?
E O NEPOTISMO? – Não estou levantando dúvidas sobre os ministros, mas sim sobre o processo. Daqui para a frente, como o Supremo irá julgar casos de nepotismo, por exemplo?
Em resumo, é uma decisão que piora a imagem do STF, tomada exatamente em um momento de desconfiança em relação às instituições, lembrando que o Supremo foi o grande defensor da nossa democracia.
A maioria já foi formada, e nada pode mudar isso, mas acredito que o Supremo deveria pelo menos modular a decisão. O princípio da impessoalidade está sendo diretamente afetado nessa decisão.
Humm. Não é bem assim o que foi aprovado. O exemplo dado extrapola o que foi permitido.
https://www.conjur.com.br/2023-ago-21/stf-nao-autorizou-juiz-julgar-causas-parentes-atuem
Desviando o foco de
si, detonando com o outro lado da moeda lulobolsonarista (estruturalmente iguais), o lulismo tem podido passar a boiada, que é seu velho, esgarçado, extemporâneo, intolerante, igniminioso projeto de Privatização do Estado, expressado pela secular assertiva do monarquismo absolutismo que “O Estado sou eu”.
Como não têm nada a oferecer, o máximo que podem fazer é escolher um culpado. Antes era o tucanato agora é o bolsonarismo.
“Sou o que o outro não é”.
https://www.pensador.com/frase/MTM4MTU0MA/
Aliás essa é uma das características da bagaça lulobolsarismo. Com a diferença que o nazifascismo é crime. Logo chamar alguém de nazista ou fascista, – os dois lados não sabem o que é a denominação que imputam ao outro – pode se constituir em crime.
Se os bolsaristas entupirem a Justiça por serem chamados de fascista, acaba com a “narrativa” petista. Simples assim.
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/foi-chamado-de-fascista-saiba-como-denunciar-este-crime/635663768
Delcio, ser “de direita” é crime ?
https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/justica-mantem-indenizacao-de-marcia-tiburi-para-kim-kataguiri
Em vídeo publicado nas redes sociais, a ex-ministra do STJ, Angela Calmon, detonou a decisão dos marginais do $TF. Segundo ela, o salário dos ministros é muito baixo, quando comparado com o faturamento dos escritórios de advocacia. Então os bandidos supremos colocam a parentada num escritório para faturar os zilhões, enquanto eles detém o poder de julgar. Após o julgamento das causas, a mulher do sinistro repassa a grana para o facínora.
É por essa e outras que o advogado do pêcêcê atirou o Roberto Jeferson nas masmorras da narcocracia para morrer de inanição.
Se, é isso mesmo que o STF decidiu, a jornalista Miriam Leitão tem toda a razão
Caro Nélio Jacob,
acho que ela nem leu o que foi decidido. Vejo muitos criticarem sem saber o que foi decidido.
https://www.conjur.com.br/2023-ago-21/stf-nao-autorizou-juiz-julgar-causas-parentes-atuem
Ultimamente o supremo tem errado feio, bonito, bonito, feio……..