Gerson Camarotti
g1 Brasília
A delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, homologada neste sábado (9) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, ampliou o ambiente de apreensão no entorno mais próximo do ex-presidente. A decisão de Moraes de homologar a colaboração de Cid foi antecipada pelo blog.
A tensão já era sentida nos apoiadores mais próximos do ex-presidente nas últimas semanas e foi causada pelos três longos depoimentos de Cid à Polícia Federal (PF) ne semana passada.
MATAR NO PEITO – Antes da realização destes depoimentos, a avaliação era de que o ex-ajudante de ordens iria “matar no peito” as denúncias investigadas pela Polícia Federal e preservar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O temor de que Muro Cid mudaria de posição aumentou quando o advogado Cezar Bittencourt assumiu a defesa do tenente-coronel.
A percepção é de que Cid decidiu mudar de postura e retirar a blindagem que mantinha a Bolsonaro com seu silêncio quando as investigações chegaram ao pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o general da reserva Lourena Cid.
MILÍCIAS DIGITAIS – A maior preocupação com a homologação da delação é que a colaboração de Cid se dará no inquérito que investiga a existência de milícias digitais, uma investigação mais ampla que o caso das joias ou o caso das fraudes em cartões de vacinação.
O primeiro sinal de pânico no entorno bolsonarista foi sentido quando Cid deu um longo depoimento à PF sobre a visita do hacker Walter Delgatti ao então presidente Jair Bolsonaro em agosto do ano passado, no Palácio da Alvorada. Foi ali que acendeu o sinal amarelo de interlocutores de Bolsonaro.
Na semana passada, o ex-presidente e Michelle Bolsonaro, sua esposa, ficaram em silêncio ao prestar depoimento à PF no caso das joias, já temendo serem desmentidos por Mauro Cid.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Para o ex-presidente Jair Bolsonaro, perder o apoio de Mauro Cid tem o mesmo significado de perder a guerra. Como declarou o presidente/dono do PL, Valdemar Costa Neto, não dá mais para Bolsonaro ser candidato, mas será muito importante ele continuar apoiando o partido e a candidatura de Michelle, que já vem embutida no pacote. (C.N.)
Há um vácuo político enorme no desperdício do desgaste de duas décadas de escândalos do grupo atual.
Bolsonaro nunca representou a direita brasileira e sempre foi visto nos meios militares como um fanfarrão.
A lua de mel do PT com os grandes empresários das comunicações vai acabar.
As forças que foram desperdiçadas pelo bolsonarismo são muito maiores do que o fanfarrão Bolsonaro.
Entramos num turbilhão de contradições, explicitação do clepto-patrimonialismo, fanatismo, culto à personalidades de totens de barro, falta de projeto pro país, privatização do Estado, em que os podres poderes estão a serviço dos de plantão.
Sem chance dessa bagaça dar certo.
Enquanto isto o Totem estende sua lua-de-mel, achando que é importante líder mundial, que tudo resolve com uma cerveja num boteco.
Enquanto a primeira dama chega dançando na Índia, digo pisando na cara dos atingidos pelos desastres naturais.
https://www.otempo.com.br/politica/governo/janja-apaga-post-com-danca-apos-criticas-por-ausencia-de-lula-no-rs-assista-1.3230560
Essa turba tá brincando como se estivesse num parque de diversão.
Sinceramente, são asquerosos.
A milícia em pânico.
https://oantagonista.com.br/brasil/este-e-domingos-brazao/
https://www.intercept.com.br/2023/07/26/marielle-suspeitos-envolvimento-no-assassinato-temiam-prisao-domingos-brazao/
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/ato-da-anistia-internacional-neste-sabado-2-marcara-os-2-mil-dias-sem-marielle-e-anderson/
https://terrabrasilnoticias.com/2023/07/bomba-suposto-mandante-da-morte-de-marielle-fez-campanha-para-dilma-rousseff
Talvez seja por isso que deixaram de usar e abusar do cadáver da, realmente militante, Marielle.