Fernanda Perrin
Folha
Lula começou o discurso na ONU prestando condolências a vítimas de terremoto no Marrocos, enchentes na Líbia e também do Rio Grande do Sul. O presidente em seguida fala sobre a crise climática. Ele diz que, há 20 anos, na primeira vez que discursou na ONU, o mundo ainda não tinha consciência da gravidade do problema.
Foi Lula aplaudido ao dizer que “o Brasil está de volta”. Ele diz que se está aqui nesta terça-feira, é porque a democracia venceu no país. “O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, nossa região, o mundo e o multilateralismo”, disse.
MEIO AMBIENTE – O presidente voltou a apontar que os países mais ricos se desenvolveram com base em um modelo poluente, mas que os países emergentes não querem repetir esse modelo. “Vamos provar de novo que um desenvolvimento justo e sustentável é possível”, disse.
Em seguida, o presidente falou que o Brasil está na vanguarda da transição energética, e que tem uma das matrizes mais limpas do mundo.
Lula apontou a paralisia do Conselho de Segurança, instância máxima da ONU, como uma das razões para a reforma da instituição. Para o presidente, o órgão precisa ser mais representativo e eficaz. Ele encerrou seu discurso cobrando que os países-membros se indignem com a desigualdade e trabalhem para superá-la. Lula foi aplaudido, assim como em diversos outros momentos do discurso.
AMAZÔNIA – ‘Mundo inteiro sempre falou da Amazônia, agora é Amazônia falando por si mesma’, disse Lula, afirmando que seu governo já reduziu o desmatamento na Amazônia em 48% e destaca a Cúpula de Belém, em que países parte do bioma discutiram uma agenda comum.
Em seguida, criticou o neoliberalismo. “Em meio aos escombros do neoliberalismo, surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário. Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios, que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos trabalhadores. Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU.”
GUERRA DA UCRÂNIA -Com Zelenski na plateia, Lula citou o conflito entre Rússia e Ucrânia. Para o presidente, a guerra mostra a incapacidade da comunidade internacional de fazer prevalecer os princípios da Carta da ONU.
Ele em seguida defendeu soluções baseadas no diálogo. Antes de citar o conflito, Lula elencou outras tensões armadas, como no Sudão, em Mali e Níger.
Lula apontou a paralisia do Conselho de Segurança, instância máxima da ONU, como uma das razões para a reforma da instituição. Para o presidente, o órgão precisa ser mais representativo e eficaz. Ele encerrou seu discurso cobrando que os países-membros se indignem com a desigualdade e trabalhem para superá-la. Lula foi aplaudido, assim como em diversos outros momentos do discurso.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Realmente, um belíssimo discurso, mostrando que Lula tem um excelente redator a seu lado. (C.N.)
Lula é movido a propaganda e só.
Boa, CN
Estadista é o que ele não é
Exercitando a arte do cinismo as usual.
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/pesquisa-quaest-47-do-mercado-financeiro-avalia-governo-lula-como-negativo/ Quanto ao mercado financeiro é meio como Brizola falava da Rede Globo: “Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!”
Que pobreza de comentário CN!
O Bolsonarismo teve o poder de estragar muitas coisas, é o que eles tem a oferecer afinal…..
CN poderia postar o que os redatores do Bolsonaro escreveram para ele ler nos discursos da ONU.
Bom seria também citar quem foram os redatores.
Obrigado!!!
Interessante, Fernando. Antigamente se sabia quem escrevia para os presidentes. Para JK, por exemplo, Augusto Frederico Schmidt, Helio Fernandes, Fernando Leite Mendes, Jair Rebelo Horta.
Sarney tinha Joaquim Campelo e um dos filhos de Odylo Costa, filho, que conheci no Planalto.
Os outros, não sei. Só Lula, que tinha como redator o mineiro Luiz Dulci nos primeiros mandatos. Agora, não sei.
Abs
CN
rsrsrs!
Mui bem lembrado.
Foi um belo discurso, mas não sei se vai ecoar a quem tem poder para mudar a situação.
Do Whashington Post
“Qual o ‘multilateralismo’
A palavra enfadonha que é divulgada todos os anos na Assembleia Geral da ONU é “multilateralismo”. As próprias Nações Unidas, os esforços dos seus membros constituintes, o espírito de ação coletiva que deveriam inculcar – tudo isto reflete o seu papel central como eixo de uma ordem mundial multilateral, construída sobre instituições criadas na sequência da Segunda Guerra Mundial.
Mas o mundo mudou muito desde então e algumas das atuais estruturas das Nações Unidas – em particular, o Conselho de Segurança – revelaram-se mais disfuncionais do que úteis. A influência de veto dos cinco membros permanentes tornou o órgão numa fonte repetida de opróbrio global. Na frente económica, os países do mundo em desenvolvimento têm clamado por uma maior participação em instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
Mas, no meio de disputas entre grandes potências, a probabilidade de reformas significativas parece remota. “O fosso entre a procura de cooperação internacional e a sua oferta está aumentando. A humanidade está lidando com desafios simultâneos, complexos e em rápida evolução”, escreveram Stewart Patrick e Minh Thu Pham, do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, enumerando uma série de crises, incluindo a desigualdade económica, as alterações climáticas, os picos globais de refugiados, o desgaste das democracias e a consequências da invasão russa da Ucrânia.
“Nestas e noutras questões, a ONU ficou aquém, tanto porque já não é adequada à sua finalidade, como porque os seus Estados-membros não confiam uns nos outros”, acrescentaram.”
A propósito: quando o larápio vai ao RS ?
Mais fácil ele ir à Líbia.
Gadaffi já não mais existe e Marcos Terena não seria cobaia novamente!
Rapaz, falou em neoliberalismo já sei que só vem idiotice e hipocrisia dai pra frente. E não que foi exatamente isso?
Lula falou de improviso e foi aplaudido em torno de 10 vezes.
Comparem o discurso de Lula com o de Bolsonaro,
Bolsonaro mentiu com relação a pandemia e a Amazônia. Só foi aplaudido no final como é de praxe.
Com Lula, o Brasil deixou de ser um pária mundial e levou o Brasil de vota ao cenário mundial. Isso é um fato.
Enquanto o narcotraficante critica os nacionalistas – cadê os orelhudos nacionalistas que votaram no ladrão? – e os EUA no discurso, na prática ele se reune com a BlackRock e entrega a soberania brasileira nas mãos do Joe Biden / WEF / ESG.
E os jumentinhos do curral lulista: “aiiín aiiín aiiín … painho foi aplaudido”
A imprensa “ australopithecus”, que também atende por amestrada, parece desejar o troféu Piada do Ano, amplamente divulgado pelo editor da Tribuna da Internet e achou o discurso de Lula a coisa mais linda desse mundo. Ao tecer loas ao farsante apenas mostra a que ponto chegou a militância política ideológica de grande parte da mídia de cabresto, outro tratamento digno dessa gente sem noção, sem ética profissional e sem pudor. O mundo requer muito mais, o Brasil precisa de muito mais, as relações internacionais não são amadoras e desatualizadas, a roda gira, as coisas mudam.
Com a cabeça virando de instantes a instantes, olhando para um lado e outro procurando o texto no teleprompter, inspirou certamente humoristas de plantão, que também, certamente, viram na cena, alguém perdido em décadas de atraso ideológico e de olho no retrovisor (teleprompter), diante de uma plateia internacional que assistia uma reprise enfadonha de um discurso insosso.
Ninguém tem liberdade intelectual para duvidar dos argumentos mofos ditados por Lula, para seu “triunfal” discurso na ONU, muito menos seu assessor especial internacional para assuntos aleatórios ou seu redator formado em uma “uniesquina” qualquer. Ele, unicamente ele, o “sabe tudo”, sabe o que falar, apenas ele sabe faz leitura de conjuntura global, resolve imbróglio numa mesinha de bar com cervejinha, donde se conclui que nada pode ser feito para ajudar essa criatura ensimesmada.
Em suas palavras apenas o mofo, com microrganismos constituídos por vários tipos de fungos que não podem ser vistos a olho nu, ou podem, pois o que vemos são apenas as estruturas da formação desses organismos. Os fungos se multiplicam em ambientes úmidos e escuros, com pouca luz e pouco arejamento, ambiente no qual o petista parece ter se acomodado, com apoio da mídia amestrada e um ativismo político judicial jamais visto no país.