Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
O senador Jorge Seif, de Santa Catarina, pediu ao governo italiano uma cópia do vídeo que está mantido sob sigilo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. É da suposta agressão – aliás, o termo “suposta” saiu até no relatório da Polícia Federal. A suposta agressão não é uma agressão.
Não mostraram o vídeo, mas mostram imagens congeladas do vídeo, como se fosse uma foto. Talvez numa tentativa de a gente pensar que a mão de daquele chefe de família, que seria o agressor, estaria agredindo o rosto do filho do ministro Alexandre de Moraes.
FIZ CONFUSÃO – Outro dia, eu confundi Moraes com o ministro Luís Roberto Barroso, novo presidente do STF. O Barroso é o do “Perdeu, Mané”. Moraes é do “bandido”. Ele foi gravado chamando um dos brasileiros de bandido lá no aeroporto.
Mas nas imagens divulgadas a gente consegue ver que a mão e braço estão superpostos à distância. Sabe por que a gente percebe isso? Porque se olharmos para baixo e notar a distância entre os pés de um e os pés de outro, vai ver que está dando mais ou menos um metro e meio.
Então, o braço não alcançaria de jeito nenhum o rosto do outro. É fácil de perceber. Então, não dá nem para dizer que é “suposta” agressão, porque é fisicamente impossível.
VAMOS AGUARDAR – Deixo aqui registrado isso até que a Itália atenda ao pedido do senador Seif sobre uma cópia dessas imagens, para a gente tirar as dúvidas.
Estão discutindo tanto esse assunto, e essa família já pagou muito, como se fosse criminosa. Eles tiveram que sofrer com busca e apreensão de computadores, celulares. Reviraram a vida deles para ver se encontravam alguma coisa. Pelo jeito não encontraram nada além dessas imagens que, se a gente quisesse dizer que foi agressão, teria que contrariar leis físicas.
Porque pela imagem que a gente está vendo, a distância entre os pés dos dois é mais de um metro e meio. Sendo assim, o braço não alcançaria o rosto alheio.
(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)
Só li o título.
Será que não tem um assunto mais sério para escrever?
O negócio dos bolsonaristas e malhar o STF e o governo Lula.
O mais vergonhoso de tudo isto não é a mentira do ministro cabeça de ovo, mas a ação da nossa Gestapo, a Polícia Política do governo, hoje usada para intimidar as pessoas que “ousam” discordar do governo. E agora turma que assinou a Carta da Democracia, estão com aquela cara de … , do que mesmo? Sei mas não vou dizer.
Só pessoas sem seriedade e caráter levam as sério as palavras desse desclassificado.
Jornalista que não confirma informações, não pode ser classificado como tal.
Exatamente.
A guinada pró-BROXAnaro não é de hoje, obviamente. Só que agora está escancarada.
Melancólico e lamentável ocaso de um espaço que já contou com Carlos Chagas e Hélio Fernandes, Leonardo Boff…
Resta-nos a presença sempre brilhante de Pedro do Coutto.
É verdade sr. Batista Filho.
Pode incluir também, Sebastião Nery.
Batista, você agora quer pautar o editor?
Se o editor aceitar ser pautado por você vou me retirar a moda do Groucho Marx, “Não aceito ser sócio de um clube que me aceite como sócio.”
Sua conversa é mais enjoada que o Ideiafix do Obelix.
O seu democratismo só contempla sua ideologia canhestra?
Eu tenho a impressão que sua melancolia não vai derreter o coração do Carlos Newton.
Justificando a propina:
A questão da empreiteira, da empreitada, da compra, do fornecimento, está intimamente ligada ao processo político. Quem procurar desvincular isso se dá mal na análise, porque não existe nada na política que não tenha interesse econômico envolvido.
O que se quer, ou o que se deve querer, é que o interesse econômico seja como o colesterol: que vá até um limite. Não pode, amanhã, o sujeito dizer: “Eu quero 50% de comissão”. “Mas eu não posso,” — diz o empreiteiro — “se é isso que você quer eu tenho que dobrar o preço da obra.” “Então dobra…” Aí você vai fazer menos obras, vai dar menos empregos, vai construir muito menos, porque se você pega um preço e infla dessa maneira, ao invés de fazer duas obras, faz uma. Aí você está atrasando o processo de desenvolvimento. Então há um limite. Agora, não há condição de afastar o interesse econômico do processo político, porque ele só existe por isso.
A política é uma guerra sem sangue e a guerra é uma política sangrenta. Não há como desvincular isso.