Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
Quem acompanha as imagens na Faixa de Gaza, do ponto de vista estritamente militar, o chamado teatro de guerra tem muito a ver com a Batalha de Stalingrado, na Segunda Guerra Mundial, do que com a sangrenta batalha de Hué, durante a Guerra do Vietnã, vencida pelos mariners. Manobrar em campo aberto, encostas e zonas rurais é muito diferente do combate numa cidade destruída por bombardeios, mas na qual a resistência se mantém rua por rua, prédio a prédio, andar por andar, dentro dos porões e galearias subterrâneas, como aconteceu em Stalingrado.
Esse é o cenário que o Exército israelense encontrará pela frente se entrar em Gaza antes de um cessar-fogo ou da rendição do Hamas.
SEDE, FOME E FRIO – Como na Faixa de Gaza, em Stalingrado os civis passaram sede, fome e frio, sem energia e combustível, mas o Exército soviético foi orientado a resistir até o último homem. No final, cercou o Exército alemão, que se rendeu, fazendo 200 mil prisioneiros. Mas na batalha morreram 2 milhões de pessoas. Em Stalingrado, o major-general Vassily Chuikov adotou uma “defesa ativa”, ou seja, nunca perdeu a iniciativa.
O que mais aterrorizava as tropas alemãs eram pequenas unidades de combate, que foram denominadas de “porco espinho”, com um franco-atirador e equipada com um morteiro e uma metralhadora. Essas unidades se escondiam nos escombros, deslocavam-se à noite, atacavam de surpresa e se evadiam, quando possível.
Não existe a menor possibilidade de derrota militar de Israel pelo Hamas, mas esse é o tipo de combate que o Exército israelense encontrará nas ruínas de Gaza, se invadi-la.
POR QUE A GUERRA? – A reação de premier Benjamin Netanyahu, na Faixa de Gaza, até agora obedece a objetivos estritamente militares, e não humanitários.
Isso fará com que os ânimos se acirrem ainda mais no mundo árabe e cresçam os questionamentos na opinião pública mundial e israelense quanto à escala da retaliação.
Metade da população da Faixa de Gaza tem menos de 17 anos, qual será o futuro das crianças e dos jovens que sobreviverem à nova tragédia palestina?
EINSTEIN E FREUD – Albert Einstein e Sigmund Freud entram nessa história porque uma famosa troca de cartas entre o autor da Teoria da Relatividade e o criador da Psicanálise circula nas redes sociais.
Em 1932, Albert Einstein, em nome do Instituto Internacional para a Cooperação Intelectual, pertencente à Liga das Nações, enviou uma carta para Freud, na qual fez a seguinte pergunta: existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça da guerra?
Einstein tinha esperança de que Freud sugerisse métodos educacionais que promovessem a paz. Em vez de dar soluções, Freud preferiu destrinchar o problema. Destacou a relação entre direito, poder e violência. Assinalou que a dominação sempre esteve em poder daquele que detivesse um poder maior, seja pela violência bruta, seja pela violência apoiada no intelecto. Detentores de poder se colocam acima dos demais, e os oprimidos tentam se pautar em uma justiça igual para todos, argumentou.
AUTORIDADE CENTRAL – Para Freud, as guerras somente serão evitadas se a humanidade se unir para estabelecer uma autoridade central a que lhe será conferido o direito de arbitrar todos os conflitos, tese que hoje fundamenta a existência da ONU.
“Por que o senhor (diz Freud), eu e tantas pessoas nos revoltamos tão violentamente contra a guerra? Penso que a principal razão por que nos rebelamos contra a guerra é que não podemos fazer outra coisa. Somos pacifistas porque somos obrigados a sê-lo, por motivos orgânicos, básicos”, escreveu.
“Ora, a guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização, e por esse motivo não podemos evitar de nos rebelar contra ela; simplesmente não podemos mais nos conformar com ela”, completou Freud.
Resumindo o conceito de terrorista mo Brasil!
https://www.facebook.com/reel/1520390588705175?s=yWDuG2&fs=e&mibextid=Nif5oz
Guerras sempre houve e sempre haverá.
Em regra o ser humano é mau, não entende a razão da vida, acha que tem de aproveitar ao máximo o curto tempo que tem de vida e para tal se for necessário oprimir, humilhar e até matar para tomar o que pertence ao mais fraco, para ter mais poder e riqueza.
Inclui-se também a guerra religiosa que leva ao fanatismo a ponto de quem não tem o mesmo ideal religioso passa ser um inimigo.
Como não se pode evitar a guerra, a solução é o que disse Freud: “estabelecer uma autoridade central a que lhe será conferido arbitrar todos os conflitos”. A ideia, é genial, mas tem de combinar com os “russos” para que não haja imparcialidades.
A ONU seria o ideal para arbitrar conflitos entre nações, mas no meu entender, cometeu um erro que foi a base da insatisfação da Palestina ao dividi-la, invés de traça uma só linha divisória como fronteira no meio do território, sendo a parte norte de Israel e a parte sul da Palestina, preferiu espalhar em toda Palestina de norte ao sul o território de Israel, ilhando a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Confesso que não entendi essa divisão feita pela ONU em 1947.
Ou a ONU, consiga logo o cessar fogo nessa guerra e procura paz ou essa guerra pode se espalhar com a entrada do Hezbollah, o Irã e outros. Os EUA já está nesta guerra indiretamente.
Verdade.
Temos o bem e o mal dentro de nós….que façamos brilhar a nossa luz sempre….basta escolhermos….e quem sabe um dia todos escolherão brilhar a vossa luz! O exemplo começa sempre de quem tem mais para quem tem menos….vamos nos esforçar e,assim um dia seremos um grande farol a iluminar o mundo .
Senhor Nélio Jacob , em suma , somos todos produtos do mal , queiramos ou não .