Rodrigo Constantino
Gazeta do Povo
Esbarrei num brasileiro esses dias no mercado e iniciamos uma conversa despretensiosa. “Que situação absurda em Israel, não é mesmo?” Com os dois pés atrás, apenas mexi a cabeça aquiescendo, e deixei ele mesmo desenvolver o raciocínio: “Que atos bárbaros e selvagens desse grupo terrorista, o Hamas! Estuprar meninas, matar aleatoriamente idosos, degolar crianças! E tudo pelo terrível ‘crime’ de ser judeu. Que bizarro!”
Fiquei mais aliviado, e passamos a trocar algumas ideias. Ele admitiu ser um esquerdista, e gay. Lembrou que os homossexuais desfrutam de várias garantias em Israel, e que a parada gay de Tel Aviv é enorme.
GAYS EM GAZA? – “Compare isso ao que acontece com gays na Faixa de Gaza, ou mesmo no Irã. Como pode alguém da causa LGBT defender esses monstros em vez de Israel?”
Eu estava gostando desse cara, sem compreender bem de onde vinha, então, seu esquerdismo. Ele continuou: “Se as atrocidades cometidas pelo Hamas tivessem como alvo qualquer outro país do mundo, todos compreenderiam o legítimo direito de defesa do país atacado, mesmo sabendo que haveria mortes de civis, até porque o próprio Hamas impede a saída do povo, de forma cruel”.
“Você tem certeza que é de esquerda?”, quis saber. Ele disse que sim, mas seguiu com suas análises: “A quantidade de gente que passou pano para os bárbaros desumanos do Hamas só porque os alvos eram judeus é algo assustador. Estamos diante do avanço do neonazismo, estão justificando ou até aplaudindo o extermínio de judeus, exatamente como fizeram na época de Hitler”.
NEONAZISMO – Tentei, então, arriscar um dilema: “Mas você está vendo que todo esse nazismo está vindo justamente da esquerda, daqueles que chamam qualquer conservador de nazista, não?”
Ele deu de ombros, ignorou minha pergunta, e acrescentou: “Estou mesmo chocado com tanto antissemitismo nas redes sociais. De onde vem esse ódio todo?”
Como ele me deu a deixa, pensei em fazer uma palestra sobre o nacional-socialismo, sobre a judeofobia russa, o papel do ressentimento no ódio aos judeus “capitalistas” e aos “estadunidenses imperialistas”, mostrar que era justamente a esquerda que alimentava toda essa campanha neonazista. Mas a conversa seria longa e eu tinha que ir embora. Então, apenas disse: “Por que tantos evangélicos defendem Israel? Por que os cristãos conservadores estão ao lado do povo judeu, enquanto MST, PT, PCO e companhia simpatizam com os terroristas do Hamas?”
PERGUNTA NO AR – Ele não soube me responder, mas percebi que ele mesmo refletia, colocando uma pergunta no ar, mais para ele do que para mim: “Por que tantos esquerdistas no Brasil são antissemitas e tem tanto rancor de Israel?” Eu me despedi dele, disse que foi um prazer conhecê-lo – Caio, era seu nome – e já me afastando, sussurrei:
“Siga nessa linha de questionamento, e quem sabe você até abandone o esquerdismo, deixando de lado o preconceito que nutre contra bolsonaristas, um preconceito similar ao que a esquerda sente pelos judeus…
Passei na prateleira de doces, peguei um Kit Kat – quem gosta do comunismo é que pede Bis para corrupção – e fui para casa, com a esperança de que a humanidade ainda tem salvação…
(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)
Caio Blinder ? Embora, em abril de 2011, Caio, durante o programa Manhattan Connection, chamou Rania, embaixadora da ONU, a rainha da Arábia Saudita – Amira Al Taweel – e as Rainhas da Jordânia – Noor da Jordânia e Rania da Jordânia – respectivamente madrasta e esposa de Rei Abdullah II, de “piranhas”.
Que fanfic mais imbecil e preconceituosa. É divulgando esse tipo de material que esse espaço, tão crítico da polarização, quer apoiar a “terceira via”?
Texto simplista numa análise superficial da guerra na Palestina.
Ninguém de bom senso, é contra o povo judeu, nem contra os palestino, é contra o Netanyahu e seu grupo e contra os 40 mil do Hamas.
O Hamas pode ter feito tudo que disseram ou não, como degolar bebês etc.
A mentira, é uma arma de guerra, é a propaganda para jogar a opinião pública contra o inimigo é importante.
A verdade, é a primeira vítima da guerra.
Bolsonarismo e o povo judeu nada tem a ver, são coisas totalmente distintas.
Ser bolsonarista, é defender tudo de mal que fez ao Brasil, é defender uma ditadura de extrema direita e tortura.
Bolsonaro teve mais de 100 pedidos de impeachment com fundamento e centenas de inquéritos que está respondendo e não é à toa.
O que o judiciário está fazendo não é ódio nem perseguição, é fazer justiça a quem queria levar o Brasil até uma guerra civil, se necessário para ser ditador.
Em tempo: esta semana Bolsonaro perdeu uma ação e vai ter de indenizar com R$ 50 mil aos jornalistas.
Haja PIX
O bolsonarismo acabou com a credibilidade de muitos jornalistas considerados sérios. Agora só lhes resta mesmo comer Kit Kat.
Eu sabia que o artigo ia atiçar a ira dos esquerdistas logotipados pelo articulista.
Meu esquerdômetro é aferido lendo a Tribuna da Internet.
Os devotos do experimento soviético se caracterizam pelas contumazes ripadas nas cacundas dos que eles acham que são os bandidos da história, metem a ripa no Netanyahu, no Trump e no Bolsonaro.
Não faço proselitismo defendendo a direita, me limito a ocasionalmente ser o contraponto dos esquerdistas empedernidos.
* “Quando será mesmo a primeira viagem de Lula e Janja a Gaza?”
* “Desmatamento na Amazônia cresceu 51% em setembro.”
* “PT nega apoio a proposta de CPI para investigar PCC e tráfico de drogas
Partidos de esquerda não apoiam CPI para investigar o tráfico de drogas.”
Quando vejo que comentaristas gostam do estilo dos autos de excomunhão do Baruch Spinoza é que entro tentando argumentar.
Passar pano para justificar a negativa de CPI do narcotráfico, aceitar Gilmar Mendes eleger Lula e Barroso derrotar o bolsonarismo é um prato cheio.
Ah também gosto de escarmentar jornalistas de compadrio com esquemas e manipulando notícias.
O problema não é Israel, o problema é os Estados Unidos, padrinho de Israel.
Se o estado judeu foi protetorado da Rússia ou China, certamente a Palestina já estaria arrasada, e não existiria mais.
O que eles querem acabar é com que chamam de “imperialismo americano”, e Israel é só um componente.
O mundo ficou louco, como é que querem que mais de sete bilhões de pessoas aceitem sem contestação o socialismo/comunismo, ainda mais sendo dirigido por gente de péssima reputação?
A imposição de certos gostos, só pode terminar no que esta acontecendo atualmente, pau pra todo lado.
“Dendos”, em: https://nptmedia.tv/video/como-quien-y-para-que-crearon-a-hamas/