Uma desesperada canção de amor, na parceira de Silvio Caldas e Orestes Barbosa

Orestes, em caricatura de Nássara

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, escritor, compositor e poeta carioca Orestes Dias Barbosa (1893-1966), em parceria com Silvio Caldas, fez uma “Serenata” para o seu amor.  Silvio Caldas gravou esta canção, em 1957, pela Columbia.

SERENATA
Silvio Caldas e Orestes Barbosa

Dorme, fecha esse olhar entardecente
Não me escute, nostálgico, a cantar
Pois não sei se feliz ou infelizmente
Não me é dado, beijando, te acordar

Dorme, deixa os meus cantos delirantes
Dorme, que eu olho o céu a contemplar
A lua que procura diamantes
Para o seu lindo sonho ornamentar

Na serpente de seda dos teus braços
Alguém dorme ditoso sem saber
Que eu vivo a padecer
E o meu coração feito em pedaços
Vai sorrindo ao teu amor
Mascarado desta dor

No teu quarto de sonho e de perfume
Onde vive, a sorrir, teu coração
Que é teatro da ilusão
Dorme, junto aos teus pés, o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão    

2 thoughts on “Uma desesperada canção de amor, na parceira de Silvio Caldas e Orestes Barbosa

  1. A saudade é um sentimento complexo e as vezes contraditório.

    Mas que senti saudades de cantar esta música senti.

    Parabéns e muito obrigado por despertar esta saudade

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