Luísa Marzullo
O Globo
O assassinato de três militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais-Sem Terra (MST) acirrou as cobranças em relação ao governo Lula (PT). Ao lamentar as execuções que ocorreram nos estados da Paraíba e Pernambuco, o movimento social cobrou diretamente o presidente pela reforma agrária, sob a perspectiva de resolução dos conflitos no campo.
“O movimento cobra urgência para que o governo execute as políticas de reforma agrária e faça justiça pela morte dos camponeses assassinados”, diz o MST em pronunciamento.
NOVA EXECUÇÃO – No último sábado, dois integrantes foram assassinados em Princesa Isabel, no Sertão da Paraíba. Ana Paula Costa Silva, 29 anos, e Aldecy Vitunno Barros, 44 anos, estavam em um acampamento do MST, quando foram executados por dois homens de moto. Os assassinos procuravam matar Aldecy, que era o coordenador do acampamento, e acabaram atingindo Ana Paula também.
O crime ocorreu seis dias após um outro membro, em Pernambuco, também ter sido executado. No domingo (5), o agricultor Josimar da Silva Pereira, 30 anos, foi morto em Vitória de Santo Antão, no nordeste do estado, ao receber um tiro nas costas enquanto se locomovia de moto para o acampamento que morava.
O acampamento em que ele residia ficava no Engenho São Francisco e é uma das ocupações mais antigas do movimento social. Recentemente, o lote foi classificado como terra improdutiva, mas, pelo extenso conflito na região, segue em disputa judicial. Nesta segunda-feira, o MST realizou um protesto em Recife pela morte de Josimar.
CLIMA TENSO – As pressões do MST com o governo Lula não datam de hoje. Desde o início do mandato, o movimento tem promovido invasões e pressões. Em outubro deste ano, o grupo fez uma série de protestos em todo o país; se reuniu com cinco ministros, inclusive o da Fazenda, Fernando Haddad; e divulgou uma nota reclamando de “incapacidade” da gestão petista.
O Executivo, por sua vez, alegou ter limitações orçamentárias e pediu a compreensão dos sem-terra.
Entre as exigências do movimento está um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado à reforma agrária, um orçamento de R$ 3 bilhões para esse fim no ano que vem, e o atendimento “imediato” de 65 mil famílias acampadas, com realização de cadastro e compromisso de entrega de terra.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Assim, não é possível. Uma coisa é criticar e enfrentar a invasão de terras produtivas, já que existem muitas áreas improdutiva que podem facilmente ser desapropriadas para fins sociais. Outra coisa, muito diferente, é assassinar as lideranças dos sem-terra. Será que as polícias da Paraíba e de Pernambuco se interessarão em elucidar esses crimes e condenar os responsáveis? Duvido muito. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Assim, não é possível. Uma coisa é criticar e enfrentar a invasão de terras produtivas, já que existem muitas áreas improdutiva que podem facilmente ser desapropriadas para fins sociais. Outra coisa, muito diferente, é assassinar as lideranças dos sem-terra. Será que as polícias da Paraíba e de Pernambuco se interessarão em elucidar esses crimes e condenar os responsáveis? Duvido muito. (C.N.)
O caldeirão está fervendo…
Atrito, é o que interessa a saboradores nas ações de seus enviados especiais! Seriam pagamentos de concedidos favores?
O MST faz pressão por uma causa justa e humana em querer um pedaço de terra para trabalhar e sobreviver.
Realmente o que sobra dos impostos para investimentos e para reforma agrária é insignificante.
Para fazer a reforma agrária o governo pode tirar das reservas cambiais US$ 60 bilhões que daria em torno de R$ 300 bilhões., sobre tudo em se tratar de um governo que prima em combater a fome e o desemprego. Com a palavra o Lula.
Se Bolsonaro torrou das reservas cambiais US$ 65,8 bilhões, equivalentes a um valor em torno de R$350 bilhões, dos US$ 390 bilhões deixou o Brasil com US$ 324,20 bilhões. .
Lula pode e deve tirar US$ 60 bilhões das reservas cambiais, pois se trata de uma causa justa e fundamental para acabar o atrito no campo e atender os que precisam trabalhar na terra e produzir para colocar alimentos na mesa do povo.
Ontem assisti na televisão uma propagando do agronegócio mostrando frutas, se não me engano eram berinjela, pepino, tomate verduras etc. e diz: é o agronegócio colocando alimentos na mesa do ´povo.
Para quem não sabe, a maioria desses alimentos é produzido pelo pequeno e
médio agricultor.
Mas como, estão acusando de leniência as polícias destes dois estados nordestinos onde o Stalinácio deu de goleada no imbrochável?