Diogo Schelp
Estadão
A julgar por declarações do presidente Lula e do seu entorno político, Brasília sediou, na terça-feira passada, um encontro inédito entre um genocida nacional e um representante de um governo estrangeiro genocida. O primeiro é o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem Lula classificou como “genocida”, em discursos de campanha e também recentemente, pelas mortes por covid-19 durante o governo do antecessor. O segundo é Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil.
Há três semanas, Lula disse sobre a resposta militar de Israel ao ataque terrorista do Hamas que “não é uma guerra, é um genocídio”. Na semana passada, Celso Amorim, assessor especial da Presidência e artífice da diplomacia lulista, endossou a acusação em evento da ONU: “A palavra ‘genocídio’ inevitavelmente vem à mente”.
O QUE É GENOCÍDIO? – O problema é que a palavra “genocídio” vem não só à mente, mas também à boca dos lulopetistas com muita facilidade, enfraquecendo seu significado e reduzindo a credibilidade de quem a usa. Pela lei internacional, genocídio é definido como a tentativa de destruir “um determinado grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.
Os casos que resultaram em indiciamento por genocídio no Tribunal Penal Internacional ocorreram em contextos de guerra. Mas no Brasil o termo é frequentemente aplicado a situações de discriminação, desigualdade social, abuso policial, negligência com povos indígenas, omissão deliberada na pandemia, entre outras.
São todos problemas gravíssimos, muitos estão passíveis de serem enquadrados no Código Penal, mas faz sentido chamá-los de “genocídio”, o pai de todos os crimes?
GENTE QUALIFICADA – Analisar se a atuação de Israel na Faixa de Gaza entra na categoria de genocídio é mais plausível e já há gente qualificada se fazendo essa pergunta.
Antes de chegar a esse que é o topo da escala de crimes previstos no Estatuto de Roma, já há elementos para considerar o enquadramento de atos das forças israelenses em crimes contra a humanidade, como a deportação ou transferência forçada de uma população, e de guerra, como atacar hospitais e ambulâncias (ou, no caso do Hamas, usar esses locais e a população civil como escudo).
São questionamentos legítimos e necessários. O presidente Lula e seu entorno usam a palavra “genocídio” para se referir a diferentes situações. Mas se a palavra “genocídio” vem com muita facilidade à mente, perde-se a credibilidade para vocalizar essa cobrança, sob o risco de virar piada. Resta deixar a outros que o façam.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O autor do artigo, Diogo Schelp, faz a pergunta que não vai calar. Na minha opinião, não desconheço os motivos que mobilizam Israel, como a existência de reféns, mas a cada dia fica claro que seu governo está passando de vítima a autor de violentíssimos crimes contra a humanidade. Pois está trucidando uma população inteira e destruindo todos os bens e sonhos de milhões de palestinos que juridicamente têm presunção de inocência e podem nada ter a ver com o Hamas. Daí a importância de exibirmos o pensamento de Albert Einstein, que era um judeu altamente pacifista e para sempre estará entre as maiores figuras da História do Homem. (C.N.)
1) Evangelhos no tempo de Jesus menino falam da matança de crianças, por ordem do rei Herodes…
2) Vejo, com tristeza, que autoridades do Estado de Israel parecem estar sendo “guiadas” pelos Espíritos de Herodes e sua nefanda corte, eliminando crianças…
3) E o Hamas também…
Herodes é o ídolo nacional de Israel. Aliás, fizeram – e fazem – de tudo para negar a origem de Herodes.
Há um filme de Melvin Kaminski (Mel Brooks) em que o próprio produtor ironiza o método de matar crianças.
Em uma cidade do interior, seus habitantes se opõem à passagem de uma estrada de ferro. O capataz das obras visita o governador do estado (Brooks) para resolver o caso.
Segue-se o seguinte trecho do diálogo entre o capataz (Slim Pickens) e o secretário do governador (Harvey Korman) :
– “Captei vossa mensagem ! Sei como podemos expulsar todos de Rock Ridge!”
– “Como ?”
– “Mataremos o primeiro filho de sexo masculino de cada casa”
– “Judeu demais”, responde Harvey, recusando a ideia, pois a autoria seria facilmente identificada.
Entretanto, o trecho mais engraçado é:
– ” Minha mente é uma torrente violenta, inundada por riachos de pensamentos que caem em cascata em uma cachoeira de alternativas criativas”
– “Caramba, você usa sua língua melhor que uma prostituta de vinte dólares!”
O filme é Blazing Saddles (Banzé no Oeste). Muito engraçado.
Ò Herodes porque me persegues.???
eh!eh!eh
Donde se conclue que a fonte exterminadora multilateral é submissa e única!
Um presidente que deixa indígenas, doentes , famintos, magros, na pele e osso para morrerem a míngua que nome se dá a esse crime?
Um presidente que numa violenta pandemia faz campanha contra a vacina, vai de encontro com tudo que a ciência orienta apostando na imunidade do rebanho, levou pessoas que acreditaram nele a morte, Que nome se dá a esses crimes conjugados.
Isis Freitas morre de tuberculose aos 22 anos.
Se fosse no ano passado, teria morrido de covid-19.
Einstein era um gênio da física, o que não quer dizer que fosse um gênio em tudo.
Ao longo de toda a história, a paz do foi mantida a força. Acordos de paz acontecem depois que a força impõe as condições para se estabelecer o acordo.