Paulo Peres
Poemas & Canções
O professor, escritor e poeta carioca Antonio Carlos Rocha, Doutor e Mestre em Ciência da Literatura, escreveu o poema “Uma Política de Simplicidade” como contraponto ao livro “Uma Política de Bondade”, escrito pelo Dalai Lama em publicado em Portugal, pela Editorial Estampa, 1991. O poema de Antonio Rocha é uma lição de vida e se adapta com perfeição à conjuntura atual da política brasileira.
UMA POLÍTICA DE SIMPLICIDADE
Antonio Rocha
Precisamos de políticos
Que sejam simples
E tenham simplicidade
E façam caridade.
Queremos parlamentares
Que não pensem em si,
Nem no partido
Nem se preocupem
Com o próprio
Conforto.
Queremos pessoas públicas
Homens e mulheres
Abnegados, abnegadas
Determinados, dedicadas
Ao estrito bem comum.
Se tiverem carro
Que seja uma só unidade.
Simples.
Que seja só um carrinho
Sem muito luxo.
Se tiverem casa,
Ou ganharem uma,
Que seja uma só, uma só
Nada de ostentação.
Uma casinha de campo, pode
Um sitiozinho simples, pode
Uma fazendinha pode
Tudo bem simplinho.
Queremos que o
Fundo Partidário
Seja transformado
Em Fundo Operário
E cada trabalhador
Receba o 14º salário
No dia do seu
Aniversário.
E o excedente
Vá para a Saúde
Para a Educação.
Queremos presidentes,
Governadores, ministros,
Secretários, vereadores,
Prefeitos, deputados,
Senadores
Sem auxílio-paletó
E sem nenhum auxílio.
Vistam-se e calcem
De forma simples.
Mas o que é ser simples?
É quando todos, todas
Têm o suficiente
Para viver feliz e
A felicidade é
Compartilhada
Igualitariamente.
1) Obrigadíssimo ! Reverências !
2) https://www.letras.mus.br/erasmo-carlos/546093/
3) Licença: um dos momentos altos do período Jovem Guarda, a meu ver, foi esta música de Erasmo Carlos, prestem atenção na letra, ouçam a canção, foi gravada em 1981.
1) Minha Superstar: Erasmo e Roberto Carlos.
Quando a luz se apaga
No palco do meu quarto
E um perfume avisa
Do show que se improvisa
Eu amo, eu amo, eu amo
Em cena ela veste
Um avental de vento
E pra mim tempera
O prato que me espera
Eu como, eu como, eu como
Ela é minha Superstar
Mulher de brilho farto
Que eu sempre hei de ver brilhar
No palco do meu quarto
Ela é minha Superstar
Mulher de brilho farto
Que eu sempre hei de ver brilhar
No palco do meu quarto
No fim do ato
Bato palmas, peço bis
O show me faz feliz
E nessa hora
Sem o trauma do pudor
Ela avisa
E mostra o que é amor
Como é bonito o céu
Pra esse show
Vou ter que tirar
Meu chapéu
Eu como, eu como, eu como
Ela é minha Superstar
(Superstar, superstar)
Mulher de brilho farto
(Mulher de brilho farto)
Que eu sempre hei
De ver brilhar
(Ver brilhar, ver brilhar)
No palco do meu quarto
(No palco do meu quarto)
Grande poema. Quem era os das classes públicas mais altas (não só os parlamentares), seguissem esses conselhos.
Quanto à letra da música, digamos, é uma reverência ao sexo e à satisfação pessoal.
Parabéns, Mestre Antonio. O Brasil seria muito melhor se os políticos fossem como você, e eu, e tantos de nós queremos.
Um abraço do Mano