Ricardo Rangel
Veja
É uma tática antiga de governantes autoritários, sobretudo os impopulares, de inventar um inimigo externo para unir o país atrás de si. Foi isso o que o ditador argentino Leopoldo Galtieri, por exemplo, fez em 1982, quando invadiu e anexou o arquipélago britânico das Ilhas Malvinas. Ao realizar plebiscito para anexar Essequibo, território da Guiana, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, tenta fazer a mesma coisa.
Militares brasileiros acreditam que o ato de Maduro é apenas uma bravata, não passará disso. Mas nunca se sabe. Não apenas Maduro é completamente irresponsável, como fenômenos históricos têm uma dinâmica própria, com frequência fogem ao controle de quem os põe em movimento, de modo que o Exército brasileiro está deslocando tropas e blindados para Roraima, na fronteira com a Venezuela.
POSSIBILIDADES – A fronteira entre Venezuela e Guiana é de vegetação densa, quase intransponível, enquanto o terreno de Roraima pode ser atravessado com facilidade.
Nossos militares temem que, em caso de invasão, Maduro tente passar suas tropas por território brasileiro, o que equivaleria a uma declaração de guerra contra nós.
Se, por outro lado, o Brasil der à Venezuela livre passagem, isso será interpretado pela Guiana (e pela comunidade internacional), como aliança com Maduro e declaração de guerra.
CUIDAR DO QUINTAL – Em vez de querer resolver os problemas geopolíticos do mundo, está na hora de Lula cuidar de seu quintal. Faz tempo que Lula passa pano para Maduro (e para outros ditadores, como Ortega, Putin, Xi Jiping, sem falar do Hamas). É hora de usar seu capital com o ditador venezuelano para dissuadi-lo de tentar uma guerra para a qual podem ser arrastados o Brasil, os EUA e, possivelmente, até a Rússia.
Vale lembrar a Maduro o pedagógico exemplo de Galtieri. Após a invasão, o Reino Unido reagiu e, em apenas dois meses, derrotou a Argentina e retomou as Malvinas. Leopoldo Galtieri caiu e acabou preso.
Hora de pegar o telefone, presidente Lula.
Convenhamos: Maduro segue instruções que o levam a trair a Venezuela e seu povo assim como o “iluminado” de 9 dedos, os quais são servos da “Máfia?Khazariana” à quem se dizem contrários!
PS. Querem e irão atritar e desmantelar, para facilitar a entrega e o diminio!
Amanhã Lula fará um anúncio contundente, condenando a Guiana, perguntando por que ela não para de reagir, dizendo que Maduro foi provocado etc. esperem e confiem.
Pode ser que Maduro esteja blefando, mas se invadir a Guiana está criando um ponto de não retorno. Sabemos como começam as guerras, mas não sabemos como terminam.
Vamos torcer para que $talinácio não queira pegar carona na patriotada do Maduro.
Em última análise temos que considerar Tio Sam e sua Quarta Frota.
Um pouquinho de história.
Reativação em 2008
Em 24 de abril de 2008, o então Chefe de Operações Navais (CNO), Almirante Gary Roughead anunciou o restabelecimento da Quarta Frota. Quase três meses depois em 12 de julho de 2008, foi restabelecida durante uma cerimônia na Estação Naval de Mayport, Flórida.[3][4] O à época Chefe do Comando Naval Sul James Stevenson disse em entrevista a blogueiros militares que a reativação mandaria: “o sinal certo, mesmo para as pessoas que nós sabemos que não são necessariamente nossos maiores apoiadores”.[4]
A reativação da Quarta Frota sem primeiro informar os governantes da região propiciaram preocupações de alguns dos Chefes de Estado sul-americanos. Os governos da Argentina e Brasil fizeram indagações formais como para a missão da frota na região. Na Venezuela, Presidente Hugo Chávez acusou os Estados Unidos de tentar amedrontar o povo da América do Sul por reativar a frota[5] e prometeu que os novos jatos Sukhoi Su-30 de seu país poderiam afundar quaisquer navios dos EUA invadindo águas venezuelanas. O ex-presidente cubano Fidel Castro avisou que isso poderia levar a mais incidentes tais como a Crise diplomática andina de 2008.[6]
Fonte, wiquipedia
A esperança de Maduro está na fragilidade, no abandono do país vizinho com suas riquezas, na inércia internacional e no apoio do vizinho Lula a ditadores, conforme o alinhamento ideológico.
A diferença para as ilhas Falkland está na Inglaterra.
Na ONU inútil e abestalhada
E a região vive entre facções e ditaduras.
Uma terra sem lei e sem liderança regional.
É a desmoralização.
Não é brincadeira
Muito bem dito, Sr. Pedro Xará.
Concordo plenamente…
Seria um mal negócio para o Brasil uma guerra com a Venezuela que tem um poderio bélico muito maior que o Brasil, A Venezuela possui 5 mil mísseis russos terra-ar. de acordo com G1 -Globo.
Lula tem o dever de convencer Maduro a desistir de invadir a Guiana.
Penso que Maduro não tem poder de decisão, depende da cúpula militar venezuelana.
Sr. Nelio, conforme o “coiso” pretendia fazer aqui, o Maduro o fez na Venezuela, difícil os militares deixarem de apoia-lo nessa jogada eleitoral.
Senhor Carlos Newton , por qual razão o Presidente Lula em seu primeiro mandato preteriu adquirir da Rússia os novos jatos Sukhoi Su-30 , que tem comprovada autonomia de voo , superior aos jatos Suecos Grippen , que foi adquirido ainda no projeto/planta , sendo que os jatos Sukhoi Su-30 , cobre todo território Brasileiro sem precisar de reabastecimento , com a vantagem de que os Russos iriam transferir a tecnologia e se associar a Embraer para fabrica-los no Brasil , acredito que o Brasil teve uma grande perda com as aquisições dos jatos Suecos ainda na planta .