Rayssa Motta
Estadão
O senador Sergio Moro (União-PR) foi ouvido nesta quinta-feira, 7, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) na ação que pode levar à cassação do seu mandato. Ele negou irregularidades nos gastos de campanha. O Estadão apurou que o senador se recusou a responder às perguntas formuladas pelas partes e deu explicações apenas aos questionamentos do juiz do caso (veja abaixo). O Ministério Público Eleitoral não fez perguntas.
A coligação Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que move uma das ações, preparou mais de 200 questionamentos. Moro não era obrigado a comparecer ao depoimento nem a responder às indagações.
DENTRO DA LEI – Ao deixar o prédio da Justiça Eleitoral, o senador falou com a imprensa e reiterou que todos os seus gastos de campanha foram declarados e respeitaram a legislação. “O que você tem é um monte de nada, um grande castelo de cartas que nós começamos a desmontar hoje”, afirmou.
O senador foi questionado sobre a desfiliação do Podemos e a transferência para o União Brasil. O Podemos foi o primeiro partido a filiar Moro quando o ex-juiz entrou oficialmente na vida político-partidária. Ele migrou ao União Brasil, após ver derreterem suas chances de vitória na corrida presidencial, para lançar candidatura ao Senado. Moro rivalizou e venceu o ex-senador Álvaro Dias, um dos idealizadores de sua campanha.
O ex-juiz da Operação Lava Jato afirmou que a transferência causou um “grande desgaste político”, mas que ficou sem alternativa no Podemos.
CRÍTICAS INJUSTAS – “Foi uma decisão muito difícil, porque eu sabia que seria acusado pelo Podemos de ter violado o acordado, mas no fundo quem retirou a possibilidade de candidatura presidencial foram eles. Para mim foi muito pesado, porque muita gente que me apoiava começou a criticar”, narrou.
Moro também negou que a pré-candidatura a presidente tenha impulsionado sua campanha ao Senado e que o movimento tenha sido premeditado. “Eu já era sobejamente conhecido no Paraná ou no Brasil inteiro sem uma pré-candidatura presidencial”, afirmou.
CONTRATAÇÃO DE SUPLENTE – O senador também foi questionado sobre a contratação do advogado Luis Felipe Cunha, seu suplente, para prestar assessoria jurídica ao União Brasil. Mesmo sem experiência em Direito Eleitoral, o advogado recebeu R$ 1 milhão do partido.
Moro negou caixa dois e afirmou que os serviços de Cunha foram prestados não só para ele, mas também para outros pré-candidatos e ao próprio partido. “Era importante para mim ter, dentre as pessoas que prestavam serviços jurídicos, alguém de confiança”, justificou o senador. “Além do que, serviços jurídicos não se traduzem em voto. Isso não me trouxe nenhuma vantagem competitiva.”
O ex-juiz afirmou ainda que o advogado foi escolhido para ser seu suplente porque os dois mantém amizade há vinte anos. “Essa é outra sugestão, a meu ver leviana, de que teria havido uma espécie de venda da vaga. Isso é absolutamente ofensivo, sem provas. É um grande amigo pessoal meu e não recebi um tostão de Luis Felipe ou de qualquer pessoa.”
SEGURANÇA REFORÇADA – Os partidos que pedem a cassação questionam gastos na pré-campanha, quando Moro ainda estava filiado ao Podemos, e na campanha, quando o senador migrou para o União Brasil. São despesas como compra de carro blindado, compra de celular, evento partidário e viagem.
“O que me deixa profundamente ofendido, violado até neste aspecto, é quando as partes alegam que gastos com segurança deveriam ser considerados para a cassação do meu mandato”, reagiu nesta quinta ao deixar o TRE. “Andar de carro blindado e andar com segurança não traz nenhuma vantagem em eleições.”
Moro justificou que o reforço na segurança foi colocado como condição na negociação com os partidos para lançar candidatura. Disse ainda que a atuação na Operação Lava Jato e no Ministério da Justiça o colocaram como alvo. A Polícia Federal descobriu, em março, um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o senador.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nesses processos contra Moro, veremos se ainda há juízes em Berlim, como diz a velha lenda alemã. Conseguiram cassar Deltan Dallagnol numa ação cheia de falhas e manobras, em que a jurisprudência do TSE foi desrespeitada e criou-se até a “presunção de culpa”, algo inexistente na Justiça mundial. No caso de Moro, está mais difícil fabricar provas contra ele, mas tudo é possível nesta fase sinistra da Justiça brasileira. (C.N.)
Retirar todos os concorrentes do páreo e se perpetuar no poder.
Moro, é a “Carta Teflon”, do jogo INWO.
A correição feita pelo CNJ na 13ª vara de Curitiba e n 8ª turma TRJ-4 quer saber o destino de R$ 2 bilhões que a princípio a força tarefa (Deltan) da Lava Jato queria criar uma fundação independente a pretexto de combate a corrupção, vetada pelo Alexandre de Moraes e a correição do CNJ tenta rastrear também as obras de artes , como Di Cavalcanti, Djanira, joias etc. que foram entregues a força tarefa da Lava Jato.
Moro e Deltan tem de esclarecer.
A verdade também tarda, mas um dia aparece.
Tá chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, e o Moro vai ser cassado!!!!!!!!
se cassarem o ex-juiz, coisa que alimenta os sonhos da Crazy Hofman de se ver novamente no Senado, quem ganha de lavada é a mulher do imbrochável, coisa já provada em pesquisa de intenção de voto. Então de nada adianta o pestismo nativo tentar roubar o mandato do Moro como roubaram do Deltan, querem ver a mulher do imbrochável no Senado?