Murillo Aragão
Veja
As Guianas sempre foram foco de certa confusão política e diplomática. Dom João VI, em retaliação às invasões napoleônicas, ocupou a Guiana Francesa. Posteriormente, através de um acordo, o Brasil devolveu essa região aos franceses.
No início do século XX, o Brasil teve uma disputa territorial com a Inglaterra, que colonizava a Guiana, a mesma região que hoje é objeto de controvérsia entre a Venezuela e a Guiana. Este episódio histórico é conhecido como “A Questão do Rio Pirara” onde fomos derrotados diplomaticamente.
JÂNIO MADUROU – Na década de 1960, Jânio Quadros, numa iniciativa controversa, criou a Operação Cabralzinho com o objetivo de ocupar a Guiana Francesa, alegando ser território brasileiro. Isso se assemelha, de certa forma, às pretensões de Maduro em disputar uma terra cuja decisão internacional lhe foi contrária. A ridícula iniciativa de Quadros era sintetizada pelo codinome escolhido. Não podia ter dado certo.
Voltando à atualidade, para o Brasil, é crucial definir uma postura clara nessa questão. Primeiramente, o governo Lula deve distinguir claramente o que são simpatias do governo de hoje com políticas de estado.
O governo brasileiro, embora aliado de Maduro, deve aderir às políticas de Estado de neutralidade e pacificação. Esta é a conduta esperada do país.
ESTABILIDADE REGIONAL – Neste contexto, o Brasil deve agir diplomaticamente, instando a Venezuela a aceitar as decisões dos tribunais internacionais e a se abster de quaisquer ações unilaterais.
O Brasil, enquanto potência regional, já acatou decisões internacionais adversas aos nossos interesses. Respeitá-las é uma política de Estado.
Portanto, o Brasil não deve mostrar ambiguidade em relação a possíveis agressões da Venezuela à Guiana. Deve se posicionar de maneira firme e clara. Se o Brasil aspira a ser um líder global, deve começar zelando pela paz e estabilidade regional.
O Brasil, enquanto potência regional, já acatou decisões internacionais adversas aos nossos interesses. Respeitá-las é uma política de Estado.
Remembering: Brazil paid a blowjob to Bolivia in the refinery case.
Vamos ser francos: a Bolívia não encampou a refinaria brasileira. Ela pagou uma grana preta (cadê o patrulhamento ?) ao larápio da época. Este dividiu meio a meio com Morales.
Até porque vivemos apregoando à todos os “Cantos do Mundo” que temos que “doar” nossas refinarias para aí sim termos combustível em abundância e bem “baratinho”, já estávamos praticando, ao entregarmos para a Bolívia.
Com relação à Venezuela, Lula já fez o que o articulista recomenda fazer. ligou para Maduro e tentar resolver o problema através de um acordo como governo da Guiana, É isso que Maduro vai fazer, já marcou um encontro com o presidente da Guiana.
O que vai sair desse encontro ninguém sabe.