Guilherme Amado
Metrópoles
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), neste domingo (18/2), um pedido de punição criminal para o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, da Polícia Federal, que expôs, segundo a OAB, de forma indevida, conversas entre o advogado Ralph Tórtima e seu cliente, que é o empresário acusado de agredir o filho do ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma.
As petições da OAB são assinadas pelo presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, pelos diretores nacionais e pelos 27 presidentes estaduais da entidade.
TIRAR TOFFOLI – Simonetti e os presidentes estaduais das OABs também querem que o relator do caso, Dias Toffoli, retire do processo e declare nulos para fins processuais os trechos em que o delegado transcreve e exibe prints de conversas entre o advogado e clientes.
“O episódio contém ofensa grave às prerrogativas dos advogados. Por isso, solicitamos ao STF e à PGR providências para assegurar o sigilo das comunicações profissionais, que é protegido pela Constituição”, afirma Simonetti.
Nas petições enviadas ao Supremo e à PGR, a OAB afirma que o delegado encaminhou ao relator do inquérito, ministro Dias Toffoli, peças em que constam “transcrições de diálogos, prints de imagens e de documentos concernentes às comunicações entre o cliente e o seu advogado”.
PROTEGER OS DIREITOS – Simonetti explica que “as prerrogativas da advocacia existem para proteger os direitos e garantias dos cidadãos representados pelos advogados”. Ele diz que “é inaceitável regredir à época em que não havia direitos e liberdades fundamentais. Defender a democracia envolve proteger seus pilares, inclusive as prerrogativas da advocacia”.
Simonetti explica ainda que a solicitação da OAB é para que tanto o STF quanto a PGR apurem o caso para buscar a responsabilização e punição dos responsáveis pelo cometimento do abuso.
Após manifestação da PGR, caberá ao STF definir quais atos e diligências deverão ser tomados.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Esse pessoal que trabalha na força-tarefa de Alexandre de Moraes é igual ao chefe e acha (?) que pode fazer tudo o que bem entender. Quando descobrem a realidade, é tarde de mais e já estão desmoralizados. (C.N.)
O MPF arquivou o inquérito por absoluta falta de provas. Quem vai fazer a reparação dos danos causados na vida, família e reputação dos acusados?
* Alexandre Torres, ex-secretário de Segurança Pública
* Ibaneis Rocha, governador do DF
* Fernando de Souza Oliveira, ex-secretário executivo de Segurança do DF;
* Marília Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de inteligência da Secretaria de Segurança do DF;
* Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante-geral da PMDF;
* Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF ;
* Jorge Eduardo Barreto Naime, coronel da Polícia Militar e chefe do Departamento Operacional da Corporação.
Quando o inquérito desce para a justiça de verdade, esfarela.
Atos golpistas: MPF arquiva inquéritos civis contra Anderson Torres
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/02/01/81-mpf-arquiva-inqueritos-que-apuravam-responsabilidades-de-anderson-torres-e-ibaneis-rocha.ghtml