Assassinato de Trump seria péssimo, mas qual seria o efeito de uma morte natural?

Com curativo na orelha, Trump faz 1ª aparição pública após atentado e  anuncia vice | CNN Brasil

Curativo exagerado é para conquistar votos indecisos

Hélio Schwartsman
Folha

Pretendia evitar reflexões polêmicas sobre uma possível morte de Donald Trump, mas não resisto. Teria sido péssimo para os Estados Unidos e para o mundo se o atirador tivesse logrado seu objetivo. O assassinato de um candidato com boas chances de vencer o pleito presidencial, num contexto de forte polarização afetiva como é o norte-americano, teria deixado o país numa situação pior do que a atual.

O atentado não necessariamente lançaria os EUA numa guerra civil – elas são raras em nações desenvolvidas–, mas agravaria a violência sectária e representaria uma fragilização da democracia.

EXEMPLO CLÁSSICO – Digo isso com a autoridade de quem já criticou santo Tomás de Aquino por ter defendido o tiranicídio. Para Aquino, quem mata autoridades que se desviaram merece elogio e recompensa.

Se o raciocínio do santo fazia sentido universal no século 13, ele foi aposentado pela democracia. Nos países que adotam esse regime, é sempre preferível esperar o mandato acabar a partir para a violência política.

Isso se aplica às mortes matadas. Será que vale também para as mortes morridas? Morrem cerca de 8.000 americanos por dia, 2.500 dos quais por doenças cardiovasculares. Se Trump, que não é um exemplo de estilo de vida saudável, entrasse para essa estatística, a democracia estaria bem servida?

DUAS HIPÓTESES – Se você acha que Trump é uma ameaça às instituições – e o 6 de janeiro não deixa muita dúvida quanto a isso – e que o carisma pessoal do ex-presidente pode levá-lo a ser reeleito, pode torcer para que o Criador o leve para junto de Si.

Não existe obrigação moral de desejar o bem a quem julgamos representar perigo coletivo. Mas, se você crê numa espécie de sabedoria popular irredutível, capaz de evitar a repetição de riscos conhecidos, aí deve torcer para que Trump se mantenha saudável e seja derrotado nas urnas, o que reforçaria as instituições democráticas.

Não sei quanto a você, leitor, mas fico com a hipótese mais cética.

13 thoughts on “Assassinato de Trump seria péssimo, mas qual seria o efeito de uma morte natural?

  1. Praga de urubu magro, não mata cavalo gordo.
    Esqueçam esta solução fúnebre e se atentem para o veredito popular através das urnas.
    Quem tiver maior apoio popular, leva. E não venham com a cantilena que por ser de direita é um protótipo de ditador.
    As ditaduras mais ferozes e sanguinárias, temos vistos ser de de esquerda, os comunismos revolucionários.

  2. Pelas barbas do Profeta…

    O Esgotão da Foice & Martelo do Seu $erra a cadia dia se afunda no Esgotão Coveiro, entre as Vias Marginais….

    O nível de jornazista está “bem alto”…..

    Alô PSTU, cadê você.???

    Cadê a conversa fiada das lutas de classes?

    eh!eh!eh

    • O jornalixo está tão “cegueta” com sua ideologia psicopata assassina carniceira açougueira do JoseFinho Stalinho que esqueceu de citar que no atentado um civil morreu com um balaço de Fuzil….

      Como diz a outra Jornazista terropetista ,assaltante de bancos que tocava o terror na cidade…

      “Entenda como isso é bom”…

  3. Muito mais preocupante do que a sordidez do Trump ou a senilidade do Biden é algo que já nem é mais tão oculto assim, os interesses do “stablishment” ou do “deep state”.
    Para mim e para a maioria das pessoas um pouco mais informadas, que não sejam os amestrados da grande mídia, o interesse praticamente expresso deste “deep state” em manter as guerras em curso e ainda mais do que isso, fomentar novas guerras, para ficar em 2 exemplos gritantes a programação de guerras contra o Irã e contra a China.
    Parecem que querem e apostam na 3ª guerra mundial. 2 certezas no caso de acontecer esta hecatombe. A praticamente certa destruição de quase toda a humanidade e quem restar como vencedor dos destroços com certeza não será o Ocidente.
    Declarações do Trump de que acaba a guerra da Ucrania em 1/2 hora de conversa com Putin e também acaba com a guerra em Gaza praticamente da mesma forma, com ou sem Netanyahu. Ninguém sabe se ele fala sério, mas o
    Biden nunca fez tal declaração, muito pelo contrário.
    SERÁ QUE É ISSO QUE O “DEEP STATE(COMPLEXO MILITAR INDUSTRIAL DOS EUA)” REALMENTE QUER?
    Não vou afirmar nada, mas não foi muito estranho esta incompetencia do sistema de segurança do Trump que permitiu o quase assassinato do candidato?. Foi realmente coisa de um lunático adolescente? O que estaria por trás disso? Provavelmente nunca saberemos, ou pelo menos, nunca teremos uma versão oficial da verdade, neste ponto algo não muito diferente do assassinato John Kennedy.

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