José Maria Lira de Oliveira
Já estive nessa trincheira. Estou aposentado após 45 anos de serviço pelo Ibama. Colocar o Exército para evitar queimadas não funciona. Tem que ser trabalho de conscientização. Os focos têm início com a queima de pastagens para renovação de pasto, e surge a queima às margens de estradas e rodovias, adentrando o fogo nas capoeiras e frestas primárias.
Dificilmente as pessoas entram na floresta que está intacta para atear fogo. Esta operação só é possível precedida de corte raso. Já pensou perfilar soldados do exército ao longo das estradas e rodovias para inibir transeuntes de atear fogo?
Quanto a proliferação de fogo nas propriedades, geralmente os proprietários alega, que vem dos vizinhos ou das margens das estradas. Portanto, o remédio é conscientização, para evitar o início da queimada. Depois de iniciado o fogo, não tem batalhão de Exército que dê jeito.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As autoridades se comportam como se as queimadas não existissem. Depois, quando o problema se agrava, começam a anunciar medidas absolutamente midiáticas, como a criação da chamada Autoridade Climática.
Desde sempre, sabe-se que quase sempre é o pecuarista que coloca fogo no pasto, para renová-lo, conforme explica o especialista José Maria Lira de Oliveira. Por isso, tem queimada nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Índia, grandes produtores agrícolas. Quando ele fala em conscientização, isso significa explicar ao fazendeiro que a queimada precisa ser protegida. O que significa isso?
A queimada fica protegida e não se espalha quando antes é removido o capim da faixa de 100 metros contigua à floresta ou à área de proteção ambiental, que na Amazônia é de 80%, no imóvel situado em área de florestas; 35% no imóvel situado em área de Cerrado e Pantanal; e 20% (vinte por cento) no imóvel localizado nas demais regiões do País, além das áreas que protegem nascentes e cursos d’água.
A legislação é a mais avançada do mundo, mas não há fiscalização nem multas. Reina a esculhambação. Se o governo fiscalizasse quem faz queimada sem faixa de proteção, já estaria de bom tamanho, mas nem isso a Fadinha da Floresta faz. (C.N.)
À espera da chuva…
O fogo no Brasil é combatido heroicamente por brigadistas, na sua maioria índios e quilombolas; e as ferramentas usadas por eles no ‘combate’ aos incêndios são a antiga vassoura de bruxa, sopradores e bombas d’água costais, isso quando dispõem desse material.
E o governo inoperante, nos três níveis, não tem estrutura e nem equipamentos à altura de combater o fogo que se alastra gravemente de norte a sul do país.
É a republiqueta que, nesses momentos, expõem nu e cruamente as suas mazelas.
Depois de viagens a Paris e ao Catar, Janja vai a Nova York para debater a… fome
Depois de viajar a Paris para os Jogos Olímpicos (sic), e ao Catar, para discutir a educação em territórios de conflito (sic), Janja vai a Nova York, sexta, dia 21, para participar de um painel sobre a “fome” (sic), na famosa Universidade de Columbia.
O Globo, Rio, 14/09/2024 09h00 Por Ancelmo Gois
O país em chamas e ela, sem cargo no governo, viajando com sua turma e alegando que é para jogos, educação ou fome, talvez mais para justificar o gasto de dinheiro público.
Interessante entrevista com um autor de livros futurista, Jamie Metzl:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3vxgr30p04o
“O Brasil fez um excelente trabalho, mas também estamos vendo no Brasil as consequências de precisarmos de tanta terra, tanta água e tantos fertilizantes.
A questão é como podemos melhorar, conseguir alimentos de alta qualidade mas com menos necessidade de terra, água e fertilizantes.
Um caminho é continuar desenvolvendo melhores variedades de sementes. Podemos reduzir nossa dependência em fertilizantes sintéticos pensando em formas diferentes de dar nutrientes às plantas e manipulando microbiomas.
E precisamos pensar a pecuária de forma diferente. Nós humanos, assim como a espécie anterior a nós, temos comido carne por muito tempo e isso é parte da nossa identidade e nossa cultura. Mas eu acho que seria saudável para os humanos comermos menos alimentos baseados em animais. Seria bom para o clima se todos virassem vegetarianos.
Eu mesmo não sou vegetariano e não estou pedindo aos brasileiros para serem. Mas podemos conseguir produtos animais de outras formas, sem continuar desmatando a floresta amazônica para pecuária.”
“O Brasil fez um excelente trabalho, mas também estamos vendo no Brasil as consequências de precisarmos de tanta terra, tanta água e tantos fertilizantes.
A questão é como podemos melhorar, conseguir alimentos de alta qualidade mas com menos necessidade de terra, água e fertilizantes.
Um caminho é continuar desenvolvendo melhores variedades de sementes. Podemos reduzir nossa dependência em fertilizantes sintéticos pensando em formas diferentes de dar nutrientes às plantas e manipulando microbiomas.
E precisamos pensar a pecuária de forma diferente. Nós humanos, assim como a espécie anterior a nós, temos comido carne por muito tempo e isso é parte da nossa identidade e nossa cultura. Mas eu acho que seria saudável para os humanos comermos menos alimentos baseados em animais. Seria bom para o clima se todos virassem vegetarianos.”.
Se é o pecuarista que incendeia o Brasil, por que essa porra de governo fala em Mudança Climática? Lembrando que até ontem essa conversinha de Mudança Climática era chamada de Aquecimento Global. Só idiota cai nessa conversa.
Estava bebendo minha cerveja ao lado da piscina em um condomínio em Serrambi, Porto de Galinhas quando percebi que o coqueiro à 20(vinte) metros de distância estava pegando fogo.
Estava no Estaleiro Brasil em São José do Norte, Rio Grande, quando a segurança industrial mandou saírmos da área pois havia risco de raios; mas, o céu estava completamente azul sem nuvens.
Já havia tomado conhecimento que no transporte do sisal nos porões de balsas, de tempos em tempos a tripulação molha a carga para não incendiar.
Temos que ter cuidado para não vermos terroristas em tudo quanto é incêndio.