Bela Megale
O Globo
Interlocutores do PL e de Jair Bolsonaro buscaram alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar saber qual é a magnitude da investigação que mira um dos principais aliados do ex-presidente, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
A nota do PL e os discursos de seus integrantes buscam usar a operação para atacar o STF e, mais uma vez, tentar colar a pecha de autoritarismo na corte.
CAUSAR ESTRAGO – Nos bastidores, porém, parte dos aliados admite que o material da Polícia Federal que veio à tona é consistente e pode causar estragos.
Os endereços do parlamentar foram alvos de buscas nesta sexta-feira, em uma operação da PF que investiga um grupo suspeito de desviar recursos públicos da cota de deputado e falsificar documentos.
A investigação aponta que Gayer mantém uma escola de inglês e uma loja de roupa com recursos da Câmara. Mensagens interceptadas pela PF mostram que um empresário próximo ao deputado diz ter alertado Gayer sobre irregularidades no uso de verbas parlamentares.
IMAGEM DO MITO – A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Aliados de Bolsonaro estão preocupados que a imagem do ex-presidente seja chamuscada com a operação contra Gayer.
A proximidade de ambos ficou evidente na campanha eleitoral, com o capitão abraçando a candidatura de Fred Rodrigues (PL) em Goiânia, a pedido do deputado federal. O próprio Bolsonaro disse, em diversas ocasiões, que ele e Gayer decidiram juntos que o parlamentar não concorreria ao comando do Executivo da capital goiana, devido ao papel de confronto que exerce na Câmara.
Os planos do ex-presidente, inclusive, são de acompanhar o segundo turno em Goiânia ao lado de Gayer e Fred Rodrigues. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no entanto, decidiu dobrar a aposta depois da ação policial e passou a usá-la para pedir votos ao candidato do seu partido.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, o Brasil está mesmo de cabeça para baixo – ou ponta-cabeça, como dizem em São Paulo. (C.N.)
A isso designa-se sabotada INTIMIDAÇÃO, que não mata, mas procura aleijar!
Qual o assombro, qual a novidade, um deputado do PL mecanizar a verba de gabinete?
Assombro seria o contrário, administrar parca e corretamente essa verba.
Assombro é donos da verdade neofascistas quererem camuflar a roubalheira com o sofisma da ditadura do judiciário e a perseguição ideológica.
Assombro é estranhar que o deputado goiano possa ser mais um picareta, suas atitudes críticas e ofensivas em relação ao judiciário já inferiam uma tentativa de blindagem.
E de pré defesa.
Segundo publicado no Diário do Poder, o tal deputado só tomou posse em fevereiro. Como poderia então, em janeiro, já ter manipulado verba de gabinete, antes da posse? Poderoso, esse cara, não é mesmo?
Verba mediúnica.
A representação policial não fala de janeiro. Tudo começa em fevereiro de 2023.
Não seja mais um passador de pano.
Corretíssimo, meu velho.
Em algum subúrbio do RJ, havia uma senhora de nome Marcília, lá pela década de 1960. Ficava à noite prestando atenção na vida dos outros: como viviam, de que viviam, o que diziam … Ganhou o codinome de Marcília Fofoqueira.
Marcília fez escola.
Diz-se que Marcília era onisciente.
Fique tranquilo, Gayer: o ferro só vai entrar do meio pra trás!
Aqui há patriotários a defender esse goiano canalha.
Paradoxalmente, embora não acredite em Deus, acredito na Justiça Divina, uma confluência dos astros que às vezes endireita as tortuosidades da vida.
Em Goiânia o eleitorado entendeu e derrotou o preposto do Gayer e do Cupim.
Parabenizo-o, sabendo que, meu falecido tio também dizia não acreditar em Deus, até que pude compreender no que ele não cria, conforme:
“ATEÍSTAS – OS HOMENS INDESCULPÁVEIS.”
O termo “ateísmo” é muito difundido e conhecido, embora seu significado não seja bem compreendido ainda. O termo “ateu” provém do grego “a-theos” e significa “negação de Theos”. Theos é a palavra grega derivada de Zeus, o principal ídolo da mitologia grega. A particula “a”, que antecede a palavra, é a partícula de negação, como em “átomo”, onde “tomo” significa “divisível” e “átomo” significa “não-divisível” ou “indivisível” (quando deram esse nome ao átomo os cientistas pensavam que ele era indivisível). Assim, a palavra “ateu” é a negação do ídolo mitológico grego Zeus (posteriormente dando origem ao termo “Deus”), que foi posteriormente generalizada adquirindo um sentido de rejeição a qualquer crença numa inteligência superior criadora. Negar a Zeus é algo perfeitamente aceitável, no que ser ateu, considerando a origem e essência da palavra, é algo bom. Contudo, com a conotação que tal palavra possui nos dias atuais, representa a negação de qualquer criador, onde consideram todas as coisas como tendo surgido expontaneamente, do nada, sem que houvesse nenhuma inteligência atuando sobre todas as coisas.”
Eu não sou ateu, se eu negasse a existência de Deus seria tão ignorante como quem a confirma, só não aceito os argumentos de quem a garante sem provas, uma prerrogativa do homo sapiens.