José Manuel Diogo
Folha
O ex-presidente francês Charles de Gaulle costumava dizer que a França não tinha amigos, apenas interesses. Adaptando sua máxima à era contemporânea, poderíamos dizer que “os Estados Unidos não são mais um país; são uma empresa”.
Essa transformação, intensificada agora por Donald Trump, redefine as políticas públicas americanas, promovendo uma lógica de mercado em que o próprio Estado se reorganiza sob o domínio do lucro e da competitividade.
NOVO PARADIGMA – A nomeação de Elon Musk —bilionário polêmico e figura central do ultraliberalismo— para o comando do Departamento de Eficiência Governamental revela um novo paradigma: um modelo de Estado onde a linha entre governança pública e interesses empresariais promete desaparecer.
Ao trazer Musk para o governo, Trump admite sem vergonha que é a pura lógica de mercado que vai gerir a “Empresa América”. Nela, as parcerias tradicionais são substituídas por transações; os aliados são tratados como clientes, subordinando as relações internacionais a uma dependência mercadológica.
E Musk, com seu histórico de busca de controle sobre redes sociais, como foi o caso do X, e suas iniciativas de infraestrutura digital, como a Starlink, põe a conectividade global sob uma lógica de domínio vertical, limitando a autonomia nacional dos países-clientes.
CARÁTER TRANSNACIONAL – A diplomacia americana assume um caráter transacional inédito, onde tudo é mesmo negócio e um “protecionismo sem fronteiras” emerge como estratégia, onde as relações globais se definem pelo valor das tarifas, o tamanho das barreiras comerciais e o poder de influência econômica.
Na prática, essa abordagem lança um dilema sobre muitos países, sobretudo os menores: aceitar o domínio ou ser excluído do mercado global. Nações inteiras, reféns desta nova ordem mundial, perderão, de fato, parte de sua soberania.
Internamente, a nomeação de Musk —que comandará a pasta ao lado do empresário Vivek Ramaswamy, que disputou as primárias republicanas este ano prometendo dar fim à “burocracia do governo”— sinaliza um Estado que privilegia a lógica do lucro sobre qualquer interesse público. Quando políticas são definidas por esse raciocínio, o cidadão é apenas um cliente, e a governança democrática se rende à gestão fria da eficiência financeira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com todo o respeito, e seu Trump estiver apenas buscando aprimorar a eficiência do Estado, uma meta comum a qualquer nação que se preze? Como dizia Helio Fernandes, o cidadão-contribuinte-eleitor não aguenta mais esses Estados perdulários, gananciosos e aproveitadores. (C.N.)
Por aqui os fatos são tristes, lamentáveis.
Mas a pirotecnia não descaracteriza a enorme ineficiência.
E vai continuar.
Rotular e simplificar para reciclar algo indescritível em politicagem.
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/11/13/carro-que-explodiu-na-frente-do-stf-tem-placas-de-sc.ghtml
O buraco que engole os brasileiros é bem mais em baixo.
E a Esplanada segue como Ilha da Fantasia.
Semana que vem a maquiagem será no abandonado e conflagrado Rio de Janeiro.
Artigo escrito por um Profeta do Apocalipse.
Deve ter consultado todos os oráculos da galáxia para alertar a humanidade das desgraças que estão por vir.
Naquela altura daquele campeonato o dólar vai ser a estaca com que o Conde Vlad empalava seus inimigos, vai ser o sangue no olhar do vampiro americano.
Dito isso chego a conclusão que a esquerda não tem mais jornalistas, só tem oráculos, profetas, bruxos, ciganas, videntes, macumbeiros e voodoo.
Se Cicero estivesse vivo certamente seu alvo seria outro, não criticaria Catilina, seria “Até quando a esquerda abusará de nossa paciência”.
Trump, sem vergonha dá um cargo a Musk, a quem o mago acima deveria dar o cargo, a Delúbio, a Silvinho, Taxadd, Zé Dirceu, Zé Genoíno, o que foi amamentado com leite de bode?
Eu esperava mais dos esquerdistas, ficar só jogando rato podre na sopa dos outros não melhorou nem melhora seus resultados nas eleições.
Trump, o estúpido, está certo: o objetivo de se organizar como empresa não é ser lucrativo como uma empresa e sim não ser um antro de preguiçosos, incompetentes e desonestos.
No Brasil, a corrupção é com e sem rótulos e sem etiquetas, é na descarada mão grande, enquanto nossas forças débilitadas , vêem a banda passar, incontinentes.
O Color fez muitas coisas boas e muita besteira. A melhor ação do seu governo foi a nomeação do Hélio Beltrão para ministros da desburocratização. Eliminaram mais de 120 MIL leis,decretos, normas que travavam o Brasil.
João Figueiredo.
Mas como tudo que militar fez é ruim …
… o ministério foi extinto e os cartórios voltaram a ganhar muito dinheiro.
Trump sabe que é agora ou nunca para por o seu nome na história americana, que não terá outra oportunidade, então vai inovar, por a casa em ordem, ou pelo menos tentar, o que já é ótimo sinal. Se a política americana prejudicar outros países e nações o problema é dos prejudicados, os interesses nacionais vem sempre em primeiro lugar, pelo menos é isto o que o chefe de estado preocupado com o seu estado pensa. Nãoe existe lanhce grátis ensinou Milton Friedeman, alguém sempre paga a conta, mas isto é coisa que Biden da Silva não quer aprender.