Lembrando Thiago de Mello, o criador de “Os Estatutos do Homem”

Tribuna da Internet | Os Estatutos do Homem, segundo o inesquecível poeta  Thiago de MelloPaulo Peres
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O poeta amazonense Thiago de Mello (1926-2022) denunciou em versos as agruras da política brasileira, ao compor “Diário de um Brasileiro”, um poema que mostra a realidade de nosso dia a dia.

DIÁRIO DE UM BRASILEIRO
Thiago de Mello

O brasileiro convive bem com o escândalo moral.
Os ladrões infestam os salões de luxo,
os Bancos estouram, os banqueiros
são cumprimentados com reverência,
o Presidente do Congresso chama o senador
de bandido, sim senhor, vossa excelência.

O Presidente diz pela televisão
que “é preciso acabar com a roubalheira
nos dinheiros públicos”.
As pessoas das cidades grandes
vivem amedrontadas, qualquer
transeunte pode ser um assaltante.
As meninas cheiram cola. Depois
vão dar o que têm de mais precioso
ao preço de um soco na cara desdentada.

O brasileiro convive com o escândalo
como se fosse o seu pão de cada dia,
com uma indiferença letal.

Como se dormir na casa com um rinoceronte,
mas rinoceronte mesmo,
fosse a coisa mais natural do mundo,
chegando a cheirar a camélias.

O povo, um dia.
Do povo vai depender
a vida que vai viver,
quando um dia merecer.
Vai doer, vai aprender.

1 thoughts on “Lembrando Thiago de Mello, o criador de “Os Estatutos do Homem”

  1. Sob Marina Silva, Amazônia teve os maiores incêndios do século

    Brasil encerra 2024 com 46% mais queimadas que em 2023

    A floresta amazônica registrou o maior número de incêndios do século sob a gestão da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nos governos do presidente Lula (PT).

    Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram contabilizados 140.328 focos de incêndio no bioma em 2024, o maior índice anual desde 2007 – quando a entidade registrou 186.463 queimadas, ano em que Marina Silva também ocupava o cargo.

    Ela esteve à frente do ministério de 2003 a maio de 2008.
    E voltou ao cargo junto a Lula, em janeiro do ano passado (2023), para terminar o ‘serviço’ iniciado na época, provavelmente.

    Fonte: Poder360, 3.jan.2025 – 5h50 Por Fernando Rodrigues

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