Pedro do Coutto
A vitória da atriz Fernanda Torres, que brilhou e conquistou o Globo de Ouro, marca para sempre a cultura brasileira. A realidade se sobrepôs ao silêncio dos que torturaram e mataram o deputado Rubens Paiva na fase final da ditadura que governou o Brasil de 1964 a 1985, longo período que prevaleceu sobre o cenário político do país.
Essa foi a primeira vitória do Brasil no Globo de Ouro desde 1999, quando o longa também dirigido por Walter Salles venceu como Melhor Filme em Língua Não-Inglesa. “Isso é prova de que a arte permanece na vida das pessoas mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu”, disse Fernanda Torres, citando sua personagem, que buscou a verdade sobre o desaparecimento e a morte do marido Rubens.
CAPÍTULO – O desempenho de Fernanda Torres, magnífico, acrescentou um capítulo há mais na triste história envolvendo a tortura e a ocultação da verdade. Rubens Paiva, simplesmente, desapareceu e o seu corpo não foi encontrado. A ditadura, assim, tentou se livrar de mais uma questão trágica abrindo uma cortina de silêncio sobre a realidade. Rubens Paiva foi mais um nome na lista de vítimas de violações dos direitos humanos.
A vitória da atriz brasileira ganhou grande destaque nos principais veículos de imprensa do mundo, estendendo e ampliando uma verdade oculta, mas que incorpora-se a uma lista de enigmas enredados pelos que estupidamente pensaram que a tortura e a morte podem ser esquecidas e cobertas pela nuvem da historia.
A conquista da atriz reflete que a capacidade de representar soa como mais um grito da história que foi escrita nos porões da ditadura e que deixou vítimas que ainda estão aqui, pois permanecem na consciência da sociedade brasileira.
Menos, senhor Pedro Couto, menos.
Considere-se que Walter Salles, banqueiro e empresário, é um dos três diretores de cinema mais ricos do mundo: fato que teria lá também alguma eventual influência.
Vítimas?Uma cambada de subversivos e apatridas, cujo MERCENÁRIO prêmio foi anistia/indenizações/pensões, para reconhecimento, aptidão e arregimentada prestação em intermináveis futuras subversivas missões!
Sempre os mesmos e à vontade, incri elmente, sem serem notados, pelas há muito tempo, sonolentasforças razão de “ESTATUTÁRIAMENTE” comprometidas cupulas!
Sendo o tempo o dono da verdade e Senhor da razão, ambos ainda chegarão… aguardemos
Uma comunista de iPhone
Ninguém aguenta mais essa cantilena de filmes como este que ninguém comenta. Só publicidade bem paga na terra dos papagaios. Falta talento e imaginação para produzir bons filmes, daí, não ser preciso editar cotas para filmes nacionais. Essa é a irracional demonstração da fraqueza de idéia nacional cinematográfica ….
O filme já foi assistido por mais de 2 milhões de expectadores, portanto, reflete o sucesso da película.
Venceu o prêmio de melhor filme de Veneza e Fernanda Torres, recebeu o Globo de Ouro.
Vai concorrer ao Oscar em 18 de fevereiro, demonstrando o sucesso do Diretor, da Fernanda Torres no papel da Advogada Eunice Paiva, do ator Selton Melo interpretando Rubens Paiva e do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens, que escreveu: “Ainda Estou Aqui” contando a luta da mãe, para criar quatro filhos pequenos, sem dinheiro, sem atestado de óbito, após o desaparecimento do marido.
Os jovens, que não conheciam nada sobre a Ditadura Militar, estão curiosos e alarmados sobre aquele período das trevas.
A força e a mensagem , que emerge do livro “Ainda Estou Aqui” retratada no filme dirigido por Walter Sales, um craque, considerado um dos melhores cineastas desta geração, está sendo admirado no Brasil e no mundo.
Poucos têm dúvida, de que se tornou uma Obra Prima, o filme de Walter Sales.