A busca (desesperada) de Lula por uma marca para tentar se reeleger

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Charge do Clayton (O Povo/CE)

José Roberto de Toledo e Thais Bilenky
do UOL

A reunião ministerial de segunda-feira deflagrou uma busca acelerada do governo Lula por uma marca que embale a eleição de 2026. O lema “União e Reconstrução” envelheceu, na avaliação de ministros e assessores palacianos, e o governo pretende reagir à queda de popularidade.

Há um problema existencial. Em seu terceiro mandato, Lula reabilitou antigas marcas como o Mais Médico, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Bolsa Família. E agora sua equipe caça novidades bem-sucedidas para embalar a propaganda oficial.

NOVAS MARCAS – Os programas passados, quando lançados, foram todos objeto de polêmica e disputa política. Sobreviveram às críticas, deram vitórias ao governo, e as marcas colaram. Mas as outras brigas compradas pelo governo ainda precisam ser testadas. O programa Pé-de-Meia teve bilhões bloqueados após denúncias de irregularidades feitas pelo UOL.

A aposta do momento é no Ministério da Saúde. O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação) se reuniu com a titular da pasta, Nísia Trindade, para mapear ideias promissoras. O presidente Lula se disse frustrado com a demora na viabilização de uma promessa de campanha, o Mais Especialidades, programa para acelerar filas para cirurgias e consultas com especialistas através de parcerias com a iniciativa privada. A resistência começou dentro do próprio ministério, cujos quadros têm em boa medida aversão a propostas liberais para o SUS.

FAZER CONTRASTE – Na reunião de segunda, o ministro-marqueteiro Sidônio disse aos ministros e ao presidente que “política é contraste”. Para contar uma boa história, ele afirmou, é necessário se comparar a outro, no caso o ex-presidente Jair Bolsonaro. O marqueteiro quer repassar na comunicação o estado da máquina pública que o antecessor deixou.

A busca por marcas não se restringe à Saúde. O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações institucionais, tem feito uma triagem das principais propostas do governo para definir a pauta prioritária no Congresso.

O começo não foi muito animador. Ricardo Lewandowski, da Justiça, insiste em enviar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, mesmo com a avaliação de Padilha e Rui Costa (Casa Civil) de sua inviabilidade.

IMPOSTO DE RENDA – A segunda parte da reforma tributária, que tratará de Imposto de Renda e tributação de dividendos, tem mais convergência dentro do governo. No entanto, ao chegar no Congresso Nacional não se terá mais controle do projeto, que pode como tantos outros acabar quase desfigurado.

Lula disse que sua prioridade no terceiro mandato seria reduzir a desigualdade.

O Palácio do Planalto nutre a expectativa de que a justiça tributária possa virar a marca do governo, mas os principais assessores sabem que é uma aposta arriscada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A impressão que se tem é que o governo vem batendo cabeça desde o início. Lula é incapaz de errar e põe a culpa no primeiro ministro que passar à sua frente. Chega a ser constrangedor. (C.N.)

6 thoughts on “A busca (desesperada) de Lula por uma marca para tentar se reeleger

  1. Rapaz sei não sei não. Mas vamos lá. Esse consórcio maldito de imprensa esses imbecís imbecis achavam que estava tudo dominado. Eles deram poder a pocilga. Pensando que ali ali estava representado a sociedade brasileira. Só porque tem uma rapariga tem uma sapatao tem dois homossexuais tem três corruptos tem um alcoólatra. Essa é a melhor representação desse país que existe no mundo.Ah país vagabundo.

  2. O Lula é um engodo, O maior da História.

    Esta sua politiquinha é a mesmíssima que levou à quebradeira no Governo Dilma, que ganhou, como prêmio de maior e pior poste da História, a Presidência do Banco do BRICS.

    Só que desta vez não há mais margem pra novos clientelismos, paternalismos e populismos. O tal pé-de-meia, última esperança, está sendo barrando pelo TCU, com indícios de pedalada fiscal.

    Embora a Velha República Tardia tenha “suicidado” juridicamente a Lava Jato, seu cadáver moral e político continua insepulto, tirando os freios do Painho. Era hora de um Palocci segurar o ímpeto arrecadatório e depredador de receitas correntes e, logo, incremento dos juros da dívida que enforca o orçamento, dando-lhe um chacoalhão de realidade.

    Cercado do que gosta, como Santo Todo Poderoso em Eterno Delírio de Grandeza, ministros absolutamente insonsos, bajuladores e cultuadores das suas asneiras, vive seu bem estar na civilização, nem aí pra realidade e sem qualquer sentimento de alteridade. O outro não existe se não idolatra suas idiossincracias, elevadas, até juridicamente, à condição de Verdade Absoluta. Não percebe que o freio de mão está no toco e acelera com tudo.

    Onipresênça, onisciência e onipotência autodestrutivas.

  3. Está certo Lula. Cobrar ações efetivas dos ministros é uma das funções do presidente. Claro que muitas ações dependem do Congresso e como o pessoal mais atento sabe, os parlamentares primeiramente pensam em se dar bem, independente do que é bom ao país.

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