Os homens mais ricos abandonam as crianças mais pobres do mundo

Americanos protestam contra desmantelamento da agência de desenvolvimento internacional

É inconcebível que Trump e Musk desconheçam a USAID

Nicholas Kristof
The New York Times

O homem mais rico do mundo está se gabando de destruir a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que salva a vida das crianças mais pobres do mundo, dizendo que a jogou “no triturador de madeira”.

Pelos meus cálculos, Elon Musk provavelmente tem um patrimônio líquido maior do que o dos bilhões de pessoas mais pobres da Terra. Desde a eleição de Donald Trump, a fortuna pessoal de Musk cresceu muito mais do que todo o orçamento anual da USAID – que, de qualquer forma, representa menos de 1% do orçamento federal.

ATITUDE MÍOPE – É insensível que bilionários como Musk e o presidente Trump cortem o acesso de crianças a medicamentos; mas, como destacou o presidente John F. Kennedy ao propor a criação da agência em 1961, essa também é uma atitude míope.

Cortar a ajuda, observou Kennedy, “seria desastroso e, a longo prazo, mais caro”. Ele acrescentou: “Nossa própria segurança estaria em perigo e nossa prosperidade ameaçada”.

Talvez seja por isso que a Rússia elogiou a decisão de Trump.Ao contrário de Kennedy, o governo Trump combina crueldade, ignorância e visão de curto prazo, e essa mistura parece particularmente evidente em seu ataque à assistência humanitária americana.

SURTO DE EBOLA – Uma pessoa já morreu de gripe aviária nos Estados Unidos, e cresce a preocupação com uma pandemia – no entanto, a suspensão da ajuda externa por Trump interrompeu a vigilância da gripe aviária em 49 países, de acordo com o Global Health Council, uma organização sem fins lucrativos dos EUA.

Lembra do pânico americano com o surto de Ebola na África Ocidental em 2014? (Trump foi particularmente histérico na época.) No fim, uma pandemia de Ebola foi evitada – em parte graças ao trabalho da USAID na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Acontece que outro surto de Ebola foi relatado recentemente em Uganda, com 234 casos identificados até agora. Normalmente, a USAID ajudaria a conter a doença – mas agora Trump e Musk desativaram a agência.

VÍRUS MARBURG – Outra febre hemorrágica, chamada vírus Marburg, surgiu na Tanzânia no mês passado. Trabalhadores humanitários estão correndo para conter o vírus; mas Trump fez com que os Estados Unidos se ausentassem, tornando o mundo um pouco mais vulnerável.

Uma informação: em 2012, a USAID criou alguns jogos educativos para a Índia e a África com base em um livro que minha esposa e eu escrevemos, “Half the Sky”. A USAID não nos pagou nada por isso, e os jogos fizeram um bom trabalho ao promover a desparasitação, a educação de meninas e a gravidez segura.

Já vi a USAID operar em todo o mundo, e há um quadro misto. É justo criticar a agência por ser excessivamente burocrática e pelo fato de que grande parte da ajuda vai para empresas americanas contratadas, em vez de diretamente para os necessitados no exterior.

PURA INVENÇÃO! – No entanto, não há base para o mito da Casa Branca de que a USAID é um reduto de desperdício “woke”, refletido na alegação de Trump de que a agência gastou cerca de “US$ 100 milhões em preservativos para o Hamas” (ele dobrou sua alegação anterior de US$ 50 milhões).

Cada preservativo masculino custa ao governo dos EUA US$ 0,33, o que daria três bilhões de preservativos. Pelos meus cálculos, para o Hamas usar tantos preservativos em um ano, cada combatente teria de fazer sexo 325 vezes por dia, todos os dias.

Isso talvez eliminasse o Hamas como força de combate de forma mais eficaz do que os bombardeios israelenses. De qualquer forma, o valor real da assistência dos EUA gasta em preservativos para Gaza nos últimos anos parece ter sido não US$ 100 milhões, mas zero.

IMPRUDÊNCIA TOTAL – As políticas de Trump são tão imprudentes quanto sua retórica. Eu apoiaria uma reestruturação da USAID, mas isso não é uma reestruturação, e sim uma demolição – um golpe contra nossos valores e interesses.

Musk atacou a USAID, chamando-a de “uma organização criminosa”. Na realidade, muitos de seus funcionários arriscaram suas vidas na melhor tradição do serviço público. O Memorial Wall da USAID homenageia 99 pessoas mortas enquanto trabalhavam para a agência em locais como Sudão, Haiti, Afeganistão e Etiópia.

Ao longo dos anos, vi melhorias genuínas na USAID. Sua parceria público-privada para combater o envenenamento por chumbo, anunciada no ano passado, foi um exemplo de liderança americana. E, a partir das minhas viagens, isso é o que a USAID passou a significar para mim:

VI MUITA COISA – Vi mulheres e meninas com fístula obstétrica, uma lesão horrível causada pelo parto, receberem uma cirurgia de US$ 600 que lhes devolve a vida — algo que a USAID apoia.

Vi homens humilhados pela elefantíase, com escrotos grotescamente aumentados, às vezes precisando de um carrinho de mão para sustentar seus órgãos enquanto andam. E a USAID combateu essa doença e a tornou menos comum.

Vi crianças morrendo de malária (e eu mesmo tive malária), e também vi a USAID ajudar a alcançar grandes avanços contra a doença nas últimas duas décadas.

E VI TAMBÉM… – Vi o sul da África devastado pela AIDS. E então, o programa histórico do presidente George W. Bush contra a AIDS, chamado PEPFAR e implementado em parte por meio da USAID, transformou a realidade.

Vi fabricantes de caixões no Lesoto e no Malaui reclamarem que seus negócios estavam em declínio porque muito menos pessoas estavam morrendo. O PEPFAR já salvou 26 milhões de vidas até agora.

Vi o sofrimento de comunidades onde pessoas de meia-idade frequentemente ficam cegas devido ao tracoma, à cegueira dos rios ou às cataratas — e a transformação quando a USAID ajuda a prevenir essa cegueira.

ZOMBAR DA USAID – Trump zombou da USAID, dizendo que ela era “administrada por lunáticos radicais”. É loucura radical tentar salvar a vida de crianças? Promover a alfabetização de meninas? Combater a cegueira?

Se isso é ser “woke”, e quanto aos cristãos evangélicos da International Justice Mission, que, com o apoio da USAID, fizeram um trabalho excepcional no combate ao tráfico sexual de crianças no Camboja e nas Filipinas?

Trump acredita que resgatar crianças do estupro é uma causa de lunáticos radicais?

ILEGALIDADE – As medidas de Trump têm legalidade incerta, principalmente porque a USAID foi criada pelo Congresso, mas seus impactos são indiscutíveis. Para bilionários na Casa Branca, isso pode parecer um jogo. Mas, para qualquer pessoa com um coração, trata-se da vida de crianças e da nossa própria segurança — e o que está acontecendo é revoltante.

Em todo o mundo, crianças já estão ficando sem assistência médica e alimentos por causa do ataque à agência que Kennedy fundou para defender nossos valores e proteger nossos interesses.

Em breve, tentarei calcular quantas vidas serão perdidas devido aos cortes impostos por Trump.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O pior são as pessoas que desconhecem os trabalhos da USAID, acreditam que se trata de uma rede de espionagem do capitalismo e aplaudem a diabólica perversidade de figuras nefastas como Musk e Trump, que nasceram um para o outro. (C.N.)

31 thoughts on “Os homens mais ricos abandonam as crianças mais pobres do mundo

  1. Vale a pena ver essa história do arrombamento da USAID. A seguir uma tradução livre do texto.
    Longo mas mostra que não sabemos de nada e os caras vieram preparados… em nível intergalactico.

    https://eko.substack.com/p/override
    Fenomenal. Se ações como essas tiverem continuidade – e não vejo motivos para não terem, pois é uma questão de sobrevivência para Trump e seu grupo – o mundo, e não apenas os EUA, será chacoalhado. Todas as falcatruas esquerdistas globalizantes serão desnudadas e o mundo sairá da beira do abismo em que se encontra. E não creio haver meio termo: parece estarmos em uma grande batalha final entre o Bem e o Mal; entre decência e indecência; entre certo e errado; entre honestidade e desonestidade; entre moralidade e amoralidade.”

    • “O relógio bateu 2 da manhã em 21 de janeiro de 2025.

      No porão do Tesouro, luzes fluorescentes zumbiam acima de quatro jovens codificadores. Suas telas lançavam luz azul sobre mesas do governo, iluminando latas de bebidas energéticas e crachás de agências. À medida que seus algoritmos rastreavam décadas de dados de pagamento, um número continuou crescendo: US$ 17 bilhões em programas redundantes. E contando.
      “Estamos dentro”, Akash Bobba enviou uma mensagem para a equipe. “Tudo isso.”
      O código de Edward Coristine já havia mapeado três subsistemas. Os algoritmos de Luke Farritor estavam rastreando fluxos de pagamento entre agências. A análise de Ethan Shaotran revelou padrões que os funcionários de carreira nem sabiam que existiam. Ao amanhecer, eles entenderiam mais sobre as operações do Tesouro do que as pessoas que trabalharam lá por décadas.
      Isso não foi um hack. Isso não foi uma violação. Isso foi uma interrupção autorizada.
      Enquanto os burocratas de carreira preparavam pacotes de orientação e memorandos de boas-vindas, a equipe do DOGE já estava profundamente envolvida nos sistemas de pagamento. Sem comitês. Sem aprovações. Sem burocracia. Apenas quatro codificadores com acesso sem precedentes e algoritmos prontos para rodar.
      “A coisa bonita sobre sistemas de pagamento”, observou um oficial de transição observando suas telas, “é que eles não mentem. Você pode distorcer a política o dia todo, mas o dinheiro deixa um rastro.”
      Esse rastro levou a descobertas surpreendentes. Programas marcados como independentes revelaram fluxos de financiamento coordenados. Subsídios rotulados como ajuda humanitária mostraram desvios curiosos por redes complexas. Orçamentos secretos antes envoltos em segredo começaram a se desfazer sob o escrutínio algorítmico.
      Às 6 da manhã, os oficiais de carreira do Tesouro começaram a chegar para trabalhar. Eles encontraram sistemas que achavam impenetráveis ​​já mapeados. Redes que acreditavam estarem escondidas já expostas. Estruturas de poder construídas ao longo de décadas reveladas em horas.
      Suas defesas tradicionais — decisões lentas, vazamento de histórias prejudiciais, obstrução de solicitações — provaram ser inúteis contra um oponente que se movia mais rápido do que seus sistemas podiam reagir. Quando eles redigiram seu primeiro memorando se opondo a essa violação, mais três sistemas já haviam sido mapeados.
      “Puxe este fio”, um alto funcionário alertou, observando padrões surgirem nas telas do DOGE, “e o suéter inteiro se desfaz”.
      Ele não estava errado. Mas ele entendeu mal algo crucial: esse era exatamente o ponto.
      Esta não foi apenas mais uma transição. Este não foi apenas mais um esforço de reforma. Este foi o início de algo sem precedentes: uma revolução movida pela preparação, vontade presidencial e precisão tecnológica.
      A tempestade havia chegado. E o Tesouro era apenas o começo.

      A FUNDAÇÃO

      “Pessoal é política.”
      Por décadas, esse princípio, articulado pelo estrategista conservador Troup Hemenway, permaneceu mais teoria do que prática. As administrações anteriores passaram meses, até anos, tentando preencher cargos importantes. O primeiro mandato de Trump viu apenas 100 nomeados políticos confirmados até fevereiro de 2017.
      Cada atraso significava outra vitória para a burocracia permanente.
      Mas desta vez foi diferente.
      Enquanto a mídia se concentrava em comícios de campanha e teatro político, um exército silencioso estava sendo reunido. Em escritórios por todo DC, estrategistas veteranos mapearam os pontos de pressão do estado administrativo. Think tanks desenvolveram planos de ação para cada agência. Institutos de políticas treinaram equipes de implantação rápida. Ex-nomeados compartilharam inteligência de campo de batalha de falhas de administrações anteriores.
      No dia da posse, mais de 1.000 funcionários pré-selecionados estavam prontos — cada um armado com objetivos claros, autoridades legais mapeadas e linhas diretas para redes de suporte. Isso não era apenas pessoal; era um plano de batalha em construção há décadas.
      “Este é o novo normal”, declarou o vice-presidente JD Vance de seu escritório na Ala Oeste, estudando fluxos de dados em tempo real nos sistemas da agência. “Ele está se divertindo muito”, acrescentou, referindo-se à determinação implacável do presidente. “Fizemos mais em duas semanas do que outros fizeram em anos.”
      O segredo não era apenas a velocidade, era a precisão. Em vez de esperar pelas confirmações do Senado, a equipe de transição priorizou cargos não confirmados pelo Senado. Enquanto os democratas se preparavam para as tradicionais batalhas de confirmação sobre cargos no gabinete, um exército de pessoal alinhado já estava se posicionando. Posições estratégicas foram identificadas. Autoridades legais foram mapeadas. Redes de suporte foram estabelecidas.
      “Não temos muito tempo”, o presidente lembrava sua equipe diariamente. “Quatro anos é muito tempo na vida política, mas não é muito tempo na vida real.”
      Essa urgência impulsionou a inovação. Quando os jovens codificadores do DOGE violaram os sistemas de pagamento do Tesouro, equipes jurídicas pré-posicionadas neutralizaram a resistência em poucas horas. Quando funcionários de carreira tentaram revogar o acesso ao sistema, descobriram que a autoridade do DOGE vinha de níveis que eles não podiam desafiar. Quando vazamentos surgiram, unidades de resposta rápida alimentaram contranarrativas para a mídia alternativa quase instantaneamente.
      “Quando você olha para as pessoas que cercam o presidente”, observou Vance, “estamos tentando facilitar para ele fazer o que quer fazer no governo. Quando você tem a equipe inteira funcionando a todo vapor, você consegue fazer muita coisa.
      A burocracia permanente nunca viu isso acontecer. Eles estavam preparados para a resistência. Estavam prontos para protestos. Eles tinham planos para vazamentos e contestações legais. Mas eles não tinham defesa contra um oponente que passou anos se preparando para esse momento.
      Não se tratava apenas de preencher assentos — tratava-se de construir uma máquina projetada para transformar a governança americana. Cada posição importava. Cada nomeação tinha peso. E por trás de tudo isso estava um presidente contando não anos ou meses, mas semanas e dias, levando sua equipe adiante com energia implacável.
      A fundação foi estabelecida. E a revolução estava apenas começando.

      A PROPAGAÇÃO

      A USAID caiu em seguida. Sem ataques à meia-noite dessa vez. Sem algoritmos secretos. Apenas um memorando simples em papel timbrado da agência: “De acordo com a Autoridade Executiva…”
      Funcionários de carreira entraram em pânico — e por um bom motivo. Criada por Ordem Executiva em 1961, a USAID poderia ser dissolvida com uma única assinatura presidencial. Nenhuma aprovação do Congresso necessária. Nenhuma contestação judicial possível. Apenas um traço de caneta e seis décadas de redes financeiras cuidadosamente construídas enfrentariam a luz do sol.
      “Puxe este tópico”, alertou um alto funcionário, observando os algoritmos do DOGE vasculharem os bancos de dados da USAID, “e muitos suéteres começam a se desfiar”.
      A resistência foi imediata — e reveladora. Funcionários de carreira que mal haviam piscado diante da exposição do Tesouro agora trabalhavam nos fins de semana para bloquear o acesso do DOGE. Senadores democratas que haviam ignorado outras ações de repente exigiram audiências de emergência. Ex-funcionários da USAID inundaram os meios de comunicação com avisos sobre “perda de conhecimento institucional” e “catástrofe diplomática”.
      Mas suas defesas tradicionais ruíram diante do novo manual do DOGE. Enquanto os burocratas redigiam memorandos sobre “procedimentos adequados”, os jovens codificadores já mapeavam os fluxos de pagamento. Enquanto os senadores agendavam audiências, o pessoal pré-posicionado implementava novos protocolos de transparência. Enquanto os aliados da mídia preparavam peças de sucesso, os algoritmos do DOGE expuseram décadas de transações questionáveis
      A escala era de tirar o fôlego:
      Iniciativas climáticas da EPA? Não apenas mapeadas — programas não autorizados encontrados em 47 estados. O labirinto DEI da educação? Não apenas expostas — coordenação revelada em 1.200 programas. Orçamentos secretos da comunidade de inteligência? Não apenas rastreados — padrões descobertos escondidos por 30 anos.
      “O estado administrativo funciona com duas coisas”, explicou um consultor sênior, observando padrões emergindo nas telas do DOGE. “Controle de informações e fluxos de dinheiro.” Seus olhos rastrearam novas conexões se formando em tempo real. “Não estamos apenas expondo suas redes — estamos reescrevendo seu DNA.”
      As rachaduras começaram a aparecer em lugares inesperados. Um diretor de carreira da EPA, lágrimas escorrendo: “Tudo o que construímos…” Um veterano da USAID, mãos tremendo: “Eles estão dentro de tudo…” Um funcionário vitalício do Tesouro, fechando seu escritório: “Eles se movem mais rápido do que podemos pensar.”
      Por todo Washington, autoridades que resistiram a todas as reformas desde Reagan começaram a atualizar silenciosamente os perfis do LinkedIn. Um vice-diretor: “Aberto a oportunidades.” Um chefe de agência: “Explorando novos desafios.” Um chefe de departamento: “Hora da mudança.”
      Os algoritmos do DOGE não eram apenas programas — eram ferramentas de arqueologia, escavando décadas de redes enterradas. Cada ponto de dados conectado a outro. Cada descoberta revelava novos alvos. Cada padrão expunha sistemas maiores.
      “É lindo”, um dos codificadores sussurrou, observando as conexões se formarem em sua tela. “Como assistir a um mapa de galáxias em si.”
      Para a burocracia permanente, isso não era apenas uma mudança. Era um evento de nível de extinção. Seu poder vinha do controle de quem era pago, quando era pago e pelo que era pago. Agora esses controles estavam evaporando como o amanhecer queimando a escuridão.
      O padrão era devastador em sua simplicidade:
      Mapear os fluxos de dinheiro
      Implantar pessoal alinhado
      Expor as redes
      Reestruturar os sistemas
      Quando os burocratas redigiram objeções a uma violação, outras três já haviam ocorrido.
      A revolução não estava apenas se espalhando. Estava se acelerando.

      O IMPACTO

      A primeira escavadeira chegou em Springfield, Ohio, às 6 da manhã de uma terça-feira. Ao meio-dia, três quarteirões de buracos notórios estavam cheios. Equipes de notícias locais chegaram e encontraram não apenas equipes de construção, mas analistas de dados com laptops, mapeando cada dólar gasto em relação ao progresso em tempo real.
      Não era apenas reparo de estradas. Era uma revolução em ação.
      Uma mulher agarrou o braço do analista, com lágrimas nos olhos. “Doze anos”, ela sussurrou. “Doze anos que estou ligando sobre esses buracos.” Ele virou seu laptop, mostrando fluxos de dados em tempo real. “Olha”, ele disse. “Seus impostos. Realmente funcionando.”
      Ela olhou para a tela. “Meu Deus”, ela sussurrou. “Está realmente acontecendo.”
      Em toda a América, fundos antes perdidos em labirintos administrativos de repente encontraram seu caminho para problemas reais que precisavam de soluções. Na área rural do Tennessee, projetos de expansão de banda larga há muito enterrados sob a burocracia começaram a funcionar da noite para o dia. Em Michigan, as estações de tratamento de água receberam atualizações que os burocratas estudaram por décadas, mas nunca aprovaram.
      A transformação foi mensurável. Em apenas duas semanas:
      Dezenas de milhares de programas redundantes identificados
      Bilhões em resíduos expostos
      Centenas de iniciativas não autorizadas interrompidas
      Inúmeros projetos locais liberados
      Mas a métrica real? A confiança no governo aumentou pela primeira vez em 50 anos.
      A revolução se espalhou com precisão cirúrgica:
      O rastreamento em tempo real substituiu os relatórios trimestrais
      A supervisão algorítmica substituiu os conselhos de revisão
      Soluções locais substituíram os mandatos federais
      Resultados substituíram o processo
      “Ele fez mais em duas semanas do que Biden fez em quatro anos e Obama fez em oito”, observou Vance de seu escritório na Ala Oeste. “Mas não se trata apenas de velocidade. Não se trata apenas de tecnologia. Não se trata apenas de pessoal. São todos os três, perfeitamente alinhados.
      Para os americanos comuns, o impacto foi inegável. Estradas reparadas. Escolas revitalizadas. Água purificada. Mas, mais importante, algo mais estava sendo restaurado: a confiança.
      Pela primeira vez em gerações, as pessoas viram seu governo não como um obstáculo, mas como uma ferramenta para uma mudança positiva.
      A burocracia permanente há muito operava com uma suposição simples: presidentes vêm e vão, mas permanecem. Essa suposição agora estava despedaçada, substituída por uma nova realidade: quando a preparação encontra a determinação presidencial, nada é permanente.
      “Eles pensaram que iríamos desacelerar”, disse Vance, estudando fluxos de dados em tempo real entre agências. “Eles pensaram que ficaríamos atolados no processo. Eles pensaram que jogaríamos de acordo com suas regras.”
      Ele sorriu. “Em vez disso, estamos apenas começando.”

      O NOVO AMANHECER

      O sol nasce cedo em Washington. Nesta manhã, seus primeiros raios atingiram as colunas clássicas do prédio do Tesouro, lançando longas sombras nas ruas ainda silenciosas. Mas lá dentro, sob o mármore e o granito, as telas ainda brilhavam em azul. Os algoritmos do DOGE nunca dormem.
      “O estado administrativo foi construído ao longo de décadas”, explicou um consultor sênior, observando novos padrões surgirem nas telas. “Construído para resistir à mudança. Construído para sobreviver aos presidentes. Construído para preservar o poder.”
      Ele fez uma pausa, rastreando um fluxo de dados particularmente interessante. “Mas eles nunca imaginaram isso. Eles construíram muros contra ataques políticos. Defesas contra exposição da mídia. Escudos contra supervisão do Congresso.”
      “Eles nunca se prepararam para algoritmos que pudessem mapear tudo. Para pessoal pré-posicionado em todos os lugares. Para um presidente que conta cada semana como se fosse a última.”
      Os números contam a história: No Tesouro – redes mapeadas, desperdício exposto, sistemas reconectados Na USAID – décadas de fluxos ocultos revelados, estruturas de poder desmanteladas Em todas as agências – redundâncias eliminadas, autoridades realinhadas, missões reorientadas
      Mas os números não são toda a história.
      Imagine, mudanças, chegando a uma comunidade perto de você:
      Springfield, Ohio, buracos que atormentaram os moradores por doze anos na verdade desapareceram da noite para o dia. Tennessee rural, onde as crianças podem finalmente se conectar à internet de alta velocidade que seus pais receberam décadas atrás. Em Michigan, as pessoas realmente bebem água limpa enquanto os memorandos dos burocratas sobre “estudar o problema” acumulam poeira.
      Isso não é apenas reforma. Isso não é apenas mudança. Esta é a governança americana reinventada.”

      • Vale a pena ler o este texto para comreender a revolução fiscal em curso e tirar os olhos da USAID (40 Bilhões) para uma revolução fiscal que envolve 4,919 trilhões anuais.

  2. Bastou uma fiscalização superficial da USAID estatal para se descobrir os desvios e falcatruas disfarçados de “ajuda humanitária”. Se os Estados Unidos ajudam ou deixam de ajudar, são sempre criticados. Por que os criticos não ajudam ou criticam seus próprios países pela total falta de ajuda? O que faz o Brasil por exemplo?

    se

    • A esquerda mundial tem uma visão muito romantizada da USAID, nem tudo é ajuda humanitária.

      USAID Gifted a Cement Factory to Hamas
      How $310 Million in U.S. Taxpayer Money Helped Create Gaza Terror Tunnels
      https://x.com/kikas6652/status/1887631927311585545/photo/1

      Most people are unaware that USAID, gifted in 2016, $310 million of taxpayer money to start a Palestinian cement factory project. The project was a private venture, by a company called Sanad, to create cement mills and factories, Helping build Hamas’ terror tunnels in Gaza.

      • The problem with USAID is that the accounting books prove waste, fraud, the funding of terrorist, abuse within the agency, funding frivolous projects, funding national atheism abroad, promoting DEI musicals and the funding of transgender modalities, operas and comic books. Less than 1% goes to feeding the hungry. Humanitarian efforts are the least among its goals. If I found my accountant donating our ministry’s foreign missions funds to such efforts – I would fire her overnight, close the program and restart the Biblical method of caring for the needy.
        Dr. Stephen Phinney

  3. Quem pensou ou pensa que o homem mais rico do Mundo, que detém a vanguarda da tecnologia espacial e informacional e o Presidente da maior democracia do Mundo sejam uns sacripantas, enganou-se.

    Vislumbro, como especialista em Administração Pública, que o impacto seja o mesmo do Governo Gerencial ultraliberal (Margareth Thatcher), embora fracassado ao longo do tempo que mudou a própria ciência “Administração Pública”.

    A libertação do Governo da máquina burocrática emperrada, ineficiente, corporativista, agarrada aos seu memorandos e “máquinas de escrever”, é uma revolução.

    Desde sempre se discute o papel da burocracia como freio à eficiência, eficácia e efetividade da Administração Pública. O atual Governo dos EUA acharam a chave para derrotar este paquidérmico elefante branco: a tecnologia de ponta.

    Teremos, certamente, novos paradigmas a orientar a Teoria Científica.

    Quem acha que é só uma USAID, enganou-se.

    A era dos governos burocráticos está chegando ao fim?

    • Fala-se em estancar, pelo menos 2 trilhões (USAID, 40 bilhões) que jorram pelos ralos da burocracia.

      Esta revolução, infelizmente, nos deixará, bananeiros, ainda mais distantes de um ideal mínimo.

    • A China certamente terá que permanecer no seu Estado paquidérmico.

      A menos que detone com o PCC.

      O diferencial será gigantesco.

      USAI é só uma minúscula pontinha do iceberg.

  4. Quando é conveniente a esquerda transforma os Estados Unidos em farmácia e hospital do mundo.
    Soros é um dos ricaços, e não é citado, não é producente.
    Sugiro que Rússia, China e outros criem um substituto para socorrer o resto do mundo.

    • A DILMA sugeiu uma boa conversa com o pessoal do ISIS para resolver o problema do terrorismo. Já o DILMO sugeriu uma rodada de cerveja num boteco qualquer acaba com a guerra Ucrânia x Russia. São soluções baratas que qualquer um estaria interessado.

  5. Alguém precisa me explicar porque só o contribuinte americano tem que sustentar a pobreza do mundo.
    Porque não cobram também da China, União Europeia, dos “paraísos socialista” que também façam a mesma bondade.
    A USAID nasceu no bojo da aliança para o progresso, que era a maneira americana de tentar frear o ímpeto soviético de dominar o mundo.
    Cuba foi o grande exemplo, os americanos negaram recurso a Fidel Castro, ele vendeu a ilha a União Soviética.
    O que precisa mesmo, é dar um basta na paternidade irresponsável, onde grotões do mundo só produzem miséria, que depois acontece isso. Empurram nas costas alheias as sua mazelas.
    A esquerda não dá um pio sobre frear o crescimento da pobreza no mundo, que já passa dos 8 bilhões de viventes e que no ritmo que vai
    os recursos naturais logo se esgotarão, e ai não vai haver socialismo que de jeito.
    Trump só esta fazendo o que disse que faria, e o eleitor americano o apoiou maciçamente.
    O resto é a “cachorrada” latindo devido ao ranço ideológico.

  6. Parece-me que pegar a corrupção da USAID foi só uma estratégia de marketing, que coloca o assunto nos tops.e é a que mais comoção gera.

    Comoção que será, primeira, mostrado falsa, e, segundo, totalmente abafada pelo aporte de trilhões para os serviços puubçicos e investimentos.

    Sai de baixo!

    • Abrólhos!
      “E para aqueles que achavam que o ESTADO PROFUNDO governaria para sempre?

      Eles estão prestes a aprender o que acontece quando mentes estratégicas inteligentes encontram determinação. Quando preparação encontra oportunidade. Quando uma nova geração decide que é hora de mudar.

      A tempestade não está apenas se formando. Ela veio para ficar.
      O sol continua nascendo sobre Washington. Mas agora, pela primeira vez em gerações, ele ilumina algo novo:

      Um governo que funciona.

      Uma burocracia que serve.

      Um sistema que entrega.

      A revolução não está apenas começando.

      Já está ganha.” https://eko.substack.com/p/override
      PS. Aguardemos….

  7. Esse cara viu muitas coisas. Será que agora o Trump será crucificado por essa atitude. Em primeiro lugar cada país deve ter uma política de assistência para seu povo, não programas demagógicas e eleitorais. A corrupção é a principal causa de muito sofrimento em termos globais. Em especial nos países mais pobres isso é crítico. Na África e América Latina em especial isso é assustador. O que teve de corrupção nos governos do pt em especial daria para ajudar várias pessoas. Como um cara que critica a classe média por ser exibicionista, usa uma gravata de R$1000,00 reais. Parem com essa demagoia

  8. Até hoje eu acreditava que a direita rica radical e seu rebanho idiotizado, só babava à vista de cifrões, mas foi necessária a fissão de dois átomos de uranio e polónio, Trump e Musk, para desencadear uma reação em cadeia que expôs seus verdadeiros instintos, mostrando-os destilando ódio e fel contra os pobres e qualquer ideia ou iniciativa de progressismo social.
    Acho que o fanatizado rebanho da ultradireita, poderia fazer um esforço sobre humano e parar dois minutos para refletir: Vocês são poderosos, econômica, bélica e mediaticamente, vocês tem o poder de manipular multidões através de narrativas e campanhas milionárias de contrainformação subliminar, mas nunca esqueçam que vocês são uma elite muito pequena em relação aos bilhões de pobres e vá lá que aparece um profeta louco e carismático suficiente para pregar uma revolução santa e redentora contra os ricos… Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

  9. Poxa , até quando esse pessoal sem ” argumentos e sem ideias ” , vão continuar rotulando as pessoas participes da TI que pensam deferentes , de esquerda x direita ou seja lá o que for ?

  10. Pago imposto nos Estados Unidos e não quero que o meu dinheiro seja usado para financiar obras do Hamas, ideologia woke, desestabilização de governos, ideologia de genero, aborto, etc. A maioria esmagora dos americanos pagadores de impostos também não e apoiam o governo americano nessa questão. Quanto a questão humanitária, somos todos a favor. MAS onde estão a União Europeia, Russia e China, BRICKS em geral; quanto vão começar a colocar dinheiro para salvar os bilhões famintos do planeta? É somente os execrados e criticados americanos que tem coração para fazerem isso?

  11. Senhor Eliel , lembre-se que o ” Grupo Hamas ” fora gestado , parido , alimentado , educado , treinado e armado pelas próprias autoridades políticas , religiosas , segurança e militares Israelenses pra sabotarem , cindirem e enfraquecerem a autoridade Palestina – OLP , dividindo o povo Palestino , como de fato aconteceu , sendo que o Grupo Hamas inegavelmente sempre esteve a serviço de Israel e contra os Palestinos .

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