Governo, Câmara e Senado tentam enganar Dino com “emenda de líder”

Ministro Flávio Dino defende Alexandre de Moraes após o governo dos Estados Unidos criticarem decisões do Supremo - Rádio Pampa

Dino tem prazo para AGU, Câmara e Senado se explicarem

Isabella Cavalcante
da CNN

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e a Advocacia-Geral da União a se manifestarem sobre questionamentos feitos à nova resolução do Congresso Nacional para as emendas de líderes.

Na decisão desta terça-feira (18), Dino deu um prazo de 10 dias úteis para que os citados se manifestem.

RESISTÊNCIA – Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou uma resolução com regras de transparência nas emendas parlamentares. Na votação, deputados e senadores driblaram uma das principais exigências do STF sobre o assunto, que teve Dino como relator, e não atenderam à divulgação do nome do parlamentar que indicou os repasses de dinheiro para obras e projetos em suas regiões.

Dino recebeu duas petições que questionam a brecha na resolução legislativa. A primeira, enviada pelo Instituto Não Aceito Corrupção (Inac), entende que a norma permite que “autores de projetos de emendas se escondam atrás das figuras de líderes partidários e de bancadas, blindando-os do escrutínio público e institucional”.

Já a segunda, de autoria do PSOL, diz que o texto aprovado pelo Congresso autoriza uma “nova fase do orçamento secreto”.

PEDIDO DO PSOL – A sigla pediu que o Senado e a Câmara “se abstenham de propor, colocar em tramitação ou aprovar projetos de lei, de emenda constitucional, de resoluções ou quaisquer medidas tendentes a descumprir” decisões do STF.

Para o PSOL, a resolução fere as medidas de transparência que estão sendo cobradas pelo ministro Dino.

Atualmente, o pagamento de emendas está liberado desde que siga regras de transparência, especialmente regras de indicação do destino da verba. É isso que está em jogo.

3 thoughts on “Governo, Câmara e Senado tentam enganar Dino com “emenda de líder”

  1. Cadeira para vocês, moradia nos States para mim

    Enquanto houver otário, malandro não morre de fome. Quer ser otário? Só não reclame depois

    O patriotismo de patriotas que moram no exterior, é das coisas mais canalhas que existem em um país como o Brasil, que enfrenta problemas sérios com democracia e liberdade de expressão.
    8 de Janeiro. Muita gente acreditou em político e em influencer de WhatsApp. Foram dormir em porta de quartel, entrar em confusão, quebrar coisa e hoje estão presos (…). E os “líderes” que insuflaram essa turma? Estão soltos, lavando as mãos.
    Eduardo Bolsonaro é o exemplo mais gritante disso. Foi para os Estados Unidos (…). Quem se ferrou que fique. Quem acreditou que aguente.
    E o argumento? Vão tirar o passaporte dele. (…) Foi ele mesmo que disse em 2018 que “com um cabo e um soldado” fechava o STF. Que era só querer. Um monte de gente acreditou nessa bravata. Foi atrás, se ferrou. Ele, não. E ainda vai ter quem acredite que ele está lutando por todos.
    Quem tentou pedir asilo e não tinha poder foi preso e deportado semana passada. Ele, não, tem as costas quentes. Farinha pouca, meu pirão primeiro.
    O brasileiro precisa aprender. (…) Fugir do Brasil e virar deputado à distância?
    Enquanto houver otário, malandro não morre de fome. Quer ser otário? Só não reclame se rirem de você por ainda acreditar em bravata como a de Eduardo Bolsonaro.

    Fonte: O Antagonista, Opinião, 19.03.2025 19:29 Por Madeleine Locsko

  2. O problema não está nas instituições mas no povo que, em sua maioria, descumpre sistematicamente regras e leis além de querer levar vantagem em tudo sempre que possível. Não temos sequer lideranças qualificadas e dispostas a comandar algum processo de mudança cultural necessária para tentarmos sair dessa letargia. Vivemos em uma cleptocracia comandados por milicianos.

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