Eduardo Bolsonaro tem empresa holding nos EUA em endereço de residência

Casa no Texas onde está registrado o endereço de holding da qual Eduardo Bolsonaro é sócio

A casa é confortável e Eduardo Bolsonaro pode até morar nela

Jamil Chade
do UOL

Uma holding registrada nos EUA em nome de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem seu endereço em uma residência, na cidade de Arlington, Texas. Dados oficiais do registro do estado norte-americano apontam que a Braz Global Holding tem apenas três sócios, entre eles, o filho do ex-presidente indiciado, Jair Bolsonaro (PL).

Abrir uma empresa holding nos EUA é legal, inclusive para estrangeiros. A região do registro da empresa é a mesma de onde Eduardo Bolsonaro tem feito suas lives e fotos desde que decidiu deixar o Brasil.

Em recente entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele indicou que estava naquele momento em Dallas, também no Texas. Mas tem evitado anunciar onde fixará residência no país.

FUNDADA EM 2023 – A abertura da empresa, em março de 2023, ocorreu quando Jair Bolsonaro estava nos EUA, depois de ser derrotado nas eleições presidenciais de 2022.

A holding tem mais dois sócios. Um deles é André Porciuncula Esteves, que, no registro da holding, aparece no mesmo endereço de Eduardo Bolsonaro. Esteves teve um cargo no governo do pai do deputado. Ele ainda ocupou, por alguns meses, a Secretária de Fomento e Incentivos da Cultura no governo Bolsonaro. Era ele quem administrava, por exemplo, os recursos da lei Rouanet. O incentivo, atacado pelo bolsonarismo, teve um incremento durante sua gestão.

Numa postagem nas redes sociais, o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) destacou como, durante a gestão da lei Rouanet pelo sócio de Eduardo, o valor de captação saltou R$ 600 milhões.

EX-POLÍCIA MILITAR – Antes de entrar para o governo, Esteves era policial militar na Bahia. O mesmo Esteves é ligado ao Liber Group Brasil, que tem Paulo Generoso com um dos sócios. Generoso é, justamente, o outro sócio de Eduardo Bolsonaro em sua holding no Texas.

Segundo reportagem exclusiva da Agência Pública e também publicada pelo UOL de 2023, é em sua residência que está registrada a holding com o filho do ex-presidente. Naquele momento, Eduardo se recusou a comentar sobre a empresa aberta nos EUA.

No mesmo endereço, está também registrada a empresa Liber Group Brasil, sem a presença oficial de Eduardo Bolsonaro, mas com os outros dois sócios que aparecem na Braz Global Holding.

MOVIMENTO – Generoso é um dos fundadores do Movimento República de Curitiba, criada em 2016 para apoiar a Operação Lava Jato. Ele teve suas contas nas redes sociais suspensas por disseminação de desinformação.

Um levantamento realizado pelo UOL com dados oficiais do estado do Texas indica que os moradores de Arlington têm uma renda média de US$ 73 mil por ano, ou R$ 418 mil.

Em média, o aluguel de um apartamento com dois quartos na cidade sai por US$ 1.500 (R$ 8.600). Já uma casa com as mesmas proporções estaria avaliada, em média, em US$ 351 mil, cerca de R$ 2 milhões.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro vai fazer bela propaganda do ministro Alexandre de Moraes e do STF junto ao governo e ao Congresso americano. É muito provável que baixem sanções contra os exageros do ministro, decisão que será uma vergonha internacional para o Brasil, em meio à deterioração da democracia americana nas mãos do lunático Trump, que é uma vergonha muito maior. (C.N.)

17 thoughts on “Eduardo Bolsonaro tem empresa holding nos EUA em endereço de residência

  1. Quem mais lucrou desde a “laboratorial revolução”, aquela que premiou todos os eternizados mercenários?
    Abrólhos!
    “Wall Street e a Revolução Bolchevique.”
    O cartoon de Robert Minor, datado de 1911, retrata um barbudo, um radiante Karl Marx em pé na Wall Street, com um livro Socialismo debaixo do braço e aceitando os parabéns de famosos financistas(BANQUEIROS) como J.P. Morgan, Morgan parceiro de George W Perkins, um presunçoso John D. Rockfeller, John D. Rayan do National City Bank e Teddy Roosevelt – facilmente indentificado pelos seus famosos dentes – em segundo plano. Wall Street está decorada com bandeiras vermelhas. A multidão está aplaudindo e os chapéus sugerem que Karl Marx deve ter sido um companheiro bastante popular no distrito financial de Nova York.
    Estava Robert Minor sonhando? Ao contrário, veremos que Minor estava em terra firme ao descrever uma aliança entusiástica entre Wall Street e o Socialismo Marxista. Os personagens do desenho de Minor – Karl Marx (simbolizando os futuros revolucionários Lenin e Trotsky), JP Morgan, John D. Rockefeller – e de fato, o próprio Robert Minor, também são personagens de destaque neste livro.
    As contradições sugeridas pelo cartoon de Minor foram varridas para baixo do tapete da história, porque ele não se encaixa no espectro conceitual aceito da esquerda política e direita política. Bolcheviques estão na extremidade esquerda do espectro político e financistas de Wall Street estão na extremidade direita e, portanto, nós ao raciocinar implicitamente, pensamos que os dois grupos não têm nada em comum e qualquer aliança entre os dois é um absurdo. Fatores contrários a este arranjo conceitual puro geralmente são rejeitados como observações bizarras ou erros desafortunados. A história moderna possui uma dualidade embutida e, certamente, muitos fatos desagradáveis tem sido rejeitados e varridos para baixo do tapete.
    Por outro lado, pode-se observar que tanto a extrema direita e a extrema esquerda do espectro político convencional são absolutamente coletivista. O nacional socialista (por exemplo, o fascista) e o socialista internacional (por exemplo, o comunista), ambos recomendariam sistemas político-econômicos totalitários que se baseiem poder político irrestrito e coerção individual. Ambos sistemas exigem o controle monopolista da sociedade. Enquanto o controle monopolista das industrias já tinha sido outrora o objetivo de J.P. Morgan e J. D. Rockefeller, no final do século XIX, o “santuário” interno da Wall Street compreendeu que a forma mais eficiente para obter um monopólio incontestável foi “se politizar” e fazer com que a sociedade trabalhe para os monopolistas – sob o nome do bem público e do interesse público. Esta estratégia foi detalhada em 1906 por Frederick C. Howe em sua obra “Confissões de um Monopolista”.
    Portanto, uma forma alternativa conceitual de agrupar as ideias políticas e sistemas político-econômicos seria classificar o grau de liberdade individual versus o grau de controle político centralizado. De tal ponto de vista, o Welfare-State (Estado de bem-estar social) e o Socialismo estão no mesmo lado final do espectro. Daí vemos que as tentativas de controle monopolista da sociedade pode ter diferentes rótulos, embora possuam características comuns.
    Consequentemente, uma barreira para uma melhor compreensão da história recente é a noção que todos os capitalistas são inimigos ferrenhos e inabaláveis de todos os marxistas e socialistas. Essa ideia errônea originou-se com Karl Marx e foi, sem dúvida, útil para seus propósitos. Na verdade, a ideia é um absurdo. Houve uma contínua, embora discreta, aliança entre os capitalistas internacionais e os socialistas revolucionários internacionais – para benefício mútuo. Esta aliança passou despercebida em grande parte porque os historiadores – com algumas notáveis exceções – possuem viés marxista inconsciente e estão, portanto, presos na impossibilidade de pensar que tal aliança exista. O leitor de mente aberta deve ter duas pistas em mente: os capitalistas monopolistas são inimigos ferrenhos dos empresários laissez-faire; e, dadas as deficiências do planejamento central socialista, o estado socialista totalitário é um mercado cativo perfeito para os capitalistas monopolistas, no caso de uma aliança possa ser feita com as figuras poderosas socialistas. Suponha – e é apenas uma hipótese neste momento – e se os capitalistas monopolistas americanos fossem capazes de reduzir a Russia socialista planejada para o status de uma colônia técnica cativa? Esta não seria uma extensão lógica internacionalista do século XX, dos monopólios ferroviários Morgan e os trustes de petróleo Rockefeller, do final do século XIX?”

  2. Toda pessoa busca em ter uma vida imaculada. Jesus disse quem não tiver pecado, atire a primeira pedra. Agora o Trump é a bola da vez, como uma alma perdida. Por acaso esse cara que governa o Brasil, serve como um exemplo de pureza. Todos sabem do seu caráter, um corrupto, mentiroso, muitas outras palavras que em nada dignificam um ser humano.

  3. Sr. Newton,,

    Desse jeito os Cieps do Brizolixo não vão nos fornecer alguns Prêmios Nobel para o Páis…

    Bom, pelo menos até agora não teve um Prêmio Nobel saindo dos Cieps…..

    Veja que interessante…

    Tribunal de Justiça custou mais que Educação ao Rio de Janeiro em 2024…

    https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/03/22/tj-do-rio-teve-mais-despesas-que-secretaria-estadual-da-educacao-em-2024.htm?cmpid=copiaecola

    aquele abraço

  4. O jornazista que trabalha no Cemitério de Jornazistas e Afins chegou atrasado com a noticia…

    Em 18.03.24 aqui no Blog já tinha cantado a pedra.., e sem cobrar nada, não sou vendido e nem recebo para lustrar as bolas de ladrões…

    Sr. Newton

    A vida é bela e a girafa é amarela..

    A picanha saiu mais fácil do que imaginava para o Bolsocagão 03…

    Mais um bolsocagão na famíglia…

    “…Eduardo Bolsonaro é sócio nos EUA de empresário que apoiou atos golpistas…

    “…Holding de Eduardo Bolsonaro teve conexões com empresa nos EUA… –

    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-publica/2023/08/08/conexoes-de-holding-de-eduardo-bolsonaro-com-empresa-nos-eua.htm?cmpid=copiaecola

  5. Ditadura de verdade foi a de 64, que os Bolsonaros vivem a celebrar

    A fuga do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para os EUA, sob a tresloucada justificativa de que o Brasil estaria sob regime de exceção (ditadura), emite um potente sinal político.

    A família Bolsonaro já dá como favas contadas a condenação e a prisão de Jair Bolsonaro pelos crimes dos quais o ex-presidente foi acusado pela PGR no âmbito da tentativa de golpe para aferrá-lo ao poder em 2022.

    E à medida que Bolsonaro se aproxima desse encontro com o destino, aos membros de seu clã parece não haver alternativa a não ser reivindicar a condição de “perseguidos políticos” por uma “ditadura”.

    Ora, ditadura de verdade, sem aspas, é o que vigorou de 1964 a 1985, período no qual muitos cidadãos brasileiros não tiveram escolha senão exilar-se no exterior porque as alternativas eram a prisão e a tortura.

    Pois é essa ditadura que os Bolsonaros e seus seguidores frequentemente celebram, há décadas.

    Na “ditadura” denunciada pelo Eduardo Bolsonaro, recentemente, Jair Bolsonaro pôde liderar livremente uma manifestação política no Rio de Janeiro, na qual os bolsonaristas expressaram sua hostilidade ao Judiciário.

    Ademais, que ditadura é esta da qual um dos deputados mais bem votados do Brasil se apresenta como “vítima”, malgrado manter intocados seus direitos políticos e suas prerrogativas parlamentares?

    Se nesta “história” mal contada há um inimigo declarado do Estado Democrático de Direito, este é o próprio Eduardo Bolsonaro, useiro e vezeiro em desmoralizar as instituições republicanas. Trata-se de alguém que já disse que, para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), bastam “um cabo e um soldado”.

    O Brasil não está sob regime de exceção (ditadura). Jair Bolsonaro e sua prole têm plena consciência disso. Afinal, na condição de entusiasmados admiradores de uma ditadura de verdade, sabem exatamente reconhecer quando estão diante de uma.

    É evidente que o STF tem tomado decisões juridicamente controvertidas, como se a democracia brasileira ainda estivesse sob ataque permanente.

    Em que pesem esses abusos, não se pode falar em “ditadura” no Brasil sem falsear a realidade dos fatos.

    Fonte: Estado de S. Paulo, Opinião, 21/03/2025 | 03h00 Por Editorial

  6. Ai, meu Deus, tadinho do povo brasileiro. De longe me enojo de ver tantas mediocridades sendo motivo de atenção da imprensa.
    Esses políticos caretas não passam de bobos alegres. Não gosto de termos de baixo calão, mas não resisto á tentação de qualificá-los de babacas andantes.
    Bolsonaro…. who cares?

  7. CN, mais vergonha do que o ex-presidente BIDÊ é impossível.

    O cara indultou o próprio filho, livrando-o da prisão.

    Também indultou, preventivamente, o médico criador do COVID-19 nos laboratórios chineses, Anthony Fauci. Agora, por que PREVENTIVAMENTE se não havia nenhuma acusação contra ele?

    Outro indultado é um general, o GDias americano:

    “Biden also pardoned retired Gen. Mark Milley and members and staff of the House committee that investigated the Jan. 6 attacks on the Capitol. ”

    Parece que há “algo podre no reino da Dinamarca”.

  8. Caramba , esse sujeito Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de fato tem uma ” reputação ilibada ” , tal como a reputação herdada do pai Jair Bolsonaro , de modo a fazer inveja á meio mundo .

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