Sem poder punir o advogado, Moraes multa o réu Filipe Martins em R$ 20 mil

O ex-desembargador Sebastião Coelho e Filipe Martins aparecem em vídeo em frente ao fórum de Ponta Grossa

Coelho e Filipe diante do Fórum de Ponta Grossa (PR)

Fabio Serapião e Letícia Pille
Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aplicou uma multa de R$ 20 mil a Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, pela participação em uma publicação nas redes sociais do seu advogado, o desembargador aposentado Sebastião Coelho.

No vídeo, publicado no Instagram, Martins e Coelho aparecem em frente ao Fórum de Ponta Grossa (PR) para o que o advogado chamou de “mais uma etapa desse absurdo que é o comparecimento semanal, toda segunda-feira aqui no Fórum”. O vídeo é de outubro de 2024.

MEDIDA CAUTELAR – A rotina faz parte de uma medida cautelar imposta por Moraes a Filipe Martins, que é um dos denunciados no caso do suposto golpe.

“Ele [Filipe Martins] teve uma prisão decretada por um fato inexistente e para desfazer essa prisão, o senhor ministro Alexandre de Moraes impôs uma série de restrições absurdas”, afirmou no vídeo.

O advogado ainda afirma que entrou com um recurso, mas que ainda não teve resposta, e que sua ida até o Fórum foi para “denunciar a nossa indignação”.

Coelho foi o advogado que protagonizou uma polêmica no dia em que a Primeira Turma do Supremo julgou os primeiros denunciados pela trama golpista.

BARRADO NO STF – No fim de março, quando o colegiado tornou Bolsonaro e outros aliados réus no caso que investiga um suposto golpe de Estado, Coelho pretendia acompanhar o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Ele chegou a subir ao terceiro andar, onde ocorre a sessão, e gritou em frente ao plenário após ser impedido de entrar. “Vi vários lugares vazios dentro daquele plenário. Isso me causou grande revolta”, queixou-se. A confusão chegou a interromper brevemente a leitura do relatório de Moraes, que é o relator do caso.

Após a confusão, o desembargador aposentado foi retirado do local e detido pela Polícia Judicial do STF em flagrante por desacato e ofensas ao tribunal. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência e, em seguida, a liberação de Sebastião Coelho.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Não foi informado o motivo do enquadramento que Moraes deu à atitude do réu Filipe Martins, para justificar tê-lo multado por causa da atitude do advogado, que ficou incólume. Se insistirem, Moraes terá que admitir: “Eu multei porque Filipe foi fotografado ao cumprir uma obrigação que exigi dele”. E aí perguntam: “Mas quem fez a postagem não foi o advogado?”. E Moraes assim arremata: “Eu sei, Como eu não posso punir o advogado, multei o Filipe”. Caramba! É um novo crime tipificado no Código Penal Imaginário que Moraes segue religiosamente, sem ter medo do ridículo. (C.N.)  

8 thoughts on “Sem poder punir o advogado, Moraes multa o réu Filipe Martins em R$ 20 mil

  1. Deverìamos nos encher de orgulho de termos o maior defensor da Democracia contra o avanço do nazi-fascismo no Mundo, sem qualquer um que o supere em qualquer outro país.

    Nós não estamos só com os piores indicadores de desigualdade social, de educação, de nível tecnológico, mergulhados no bananismo, subdesenvolvidos, comandados por pilantras neoludistas engalobadores do povo, temos um herói intergalático.

    Precisamos de mais o quê?

    Olhem que sucesso: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c9qw4x88v7jo

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    Embora não devamos nos regozijar em excesso por heróis radicais extremados, um dia perpecebem, de forma muito trágica, que a realidade é muito pequena pra os caber.

  2. O traficante iMoraes, o Elias Maluco do STF, está torando aço com a audiência da Justiça do Tio Sam, que vai analisar a fraude dos registros de entrada do Felipe Martins nos USA. O objetivo do psicopata assassino é intimidar ou prender o Felipe, para impedir o seu depoimento na audiência, já que
    a ordem para a fraude foi dada pelo tresloucado psicopata.

    A queda desse criminoso será tão estrondosa que vai abalar as estruturas do STF.

  3. Traficante, Elias Maluco, psicopata assassino, tresloucado psicopata e criminoso, tudo isso num post de oito linhas, ninguém desconfia de nada? Ninguém questiona a veracidade desse aparente ódio exacerbado? Ninguém desconfia da passividade conformada do mais radical ditador do Judiciário? Ninguém formula hipóteses. Será uma estratégia subliminar para futura estratégia de defesa do ministro ” a prova que eu nunca me deixei levar por antagonismos políticos e pessoais está aí, o tal de Crispim, há meses que me ofende, difama e injuria diuturna e gratuitamente e eu, mesmo quando fui informado pela PF e pelo MPF, não autorizei nem investigação nem denúncia” outra possibilidade seria não existir o tal de Crispim, a não ser como robô super blindado, programado a pedido do Musk e operado por qualquer agitador facistoide com um nome qualquer que não seja Crispim.

  4. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem julgado a constitucionalidade de leis que proíbem o uso da linguagem neutra em escolas e em outros contextos. O STF entende que cabe à União legislar sobre a educação nacional, e não aos municípios.

    Jurisprudência
    O STF invalidou uma lei de Votorantim (SP) que proibia o uso da linguagem neutra nas escolas.
    O STF suspendeu leis que proíbem o uso da linguagem neutra em escolas nos municípios de Navegantes (SC) e Rondonópolis (MT).

    O STF suspendeu leis que proíbem o uso da linguagem neutra em escolas nos municípios de Águas Lindas (GO) e Ibirité (MG).

    O STF declarou inconstitucional parte de uma lei de Uberlândia (MG) que proibia o uso da linguagem neutra na grade curricular.

    Argumentos
    O STF considera que as leis que proíbem o uso da linguagem neutra violam a liberdade de expressão e a liberdade de ensino.

    Mas, por quê ?

    Porque a Constituição não é a mesma que a daquele órgão::

    Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

    E citar a liberdade de expressão fica parecendo – e é – um deboche.

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