
Galípolo deu apoio às medidas tomadas por Campos Neto
Adriana Fernandes
Folha
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não vai culpar Roberto Campos Neto, seu antecessor no cargo, pela crise do Banco Master. A Folha ouviu de interlocutores que Galípolo tem dito que a ação do BC (Banco Central) na análise da compra do Master será estritamente técnica e que pretende afastar o uso político do caso num ambiente muito polarizado no Brasil. O presidente do BC vem defendendo a atuação regulatória da autarquia.
Desde que o BRB (Banco de Brasília) anunciou a compra do Master, no final de março, lideranças do PT e aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm responsabilizado Roberto Campos Neto pela demora em barrar as operações arriscadas com precatórios e CDBs com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) patrocinadas por Daniel Vorcaro, dono do Master.
HADDAD APROVEITA – Essa leitura é também compartilhada por integrantes da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que avaliam que houve uma demora de Campos Neto para agir.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, é um dos principais críticos da operação. Lindbergh apresentou ao Ministério Público Federal no Distrito Federal uma representação para que o órgão apure responsabilidades de Campos Neto e dos gestores do Banco Master em supostas manipulações envolvendo precatórios.
Procurados, BC e Campos Neto não comentaram o teor da reportagem. Campos Neto tem relação próxima com o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, que no ano passado tentou aprovar uma emenda para elevar a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
SEM APROVAÇÃO – O fundo garante a cobertura até R$ 250 mil de depósitos e aplicações nos casos de quebra de instituições financeiras. Nogueira propôs elevar esse limite para R$ 1 milhão, mas a iniciativa não prosperou.
O presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Ricardo Capelli, também vem vociferando contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pela compra do Master pelo BRB.
O atual presidente do BC era diretor de política monetária do BC quando o órgão regulador editou, em outubro de 2023, uma norma para apertar as regras de registro dos precatórios pelos bancos nos seus balanços.
OMISSÃO DE RISCOS – Na representação ao MPF do DF, o líder do PT faz referência à regra que permitiu que o Master e outras instituições financeiras omitissem riscos com precatórios e direitos creditórios em seu balanço.
Como mostrou a Folha, a norma retroagiu três meses para evitar uma corrida de bancos para comprar precatórios e pré-precatórios para fugir antes da regra mais dura.
O BC também fez mudanças no uso do FGC. Tais mudanças afetaram a estratégia do Master e de outros bancos na venda de CDBs com rentabilidade oferecida aos investidores acima do mercado e a propaganda de que o FGC garante o negócio.
MAIS REFORMAS – As medidas de aperto nas regras para evitar o crescimento do uso do BC foram tomadas, mas os grandes bancos consideraram insuficientes e vêm negociando com o BC uma reforma no modelo de contribuição do FGC, como revelou a Folha.
Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, que falaram na condição de anonimato, o presidente do BC tem ressaltado a importância da agenda de inovação e concorrência no sistema bancário. Essa agenda permitiu o avanço dos bancos digitais, aumentando a competição com os grandes bancos de varejo, e novos sistemas de pagamento, como o Pix.
Desde que assumiu a diretoria no BC, em janeiro deste ano, Galípolo tem evitado se alinhar às criticas contra Campos Neto. Em recente entrevista sobre o Relatório de Política Monetária, ele deixou claro que foi protagonista da decisão de elevar a taxa Selic em um ponto percentual, em dezembro passado. Nessa reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC sinalizou mais duas altas dos juros da mesma magnitude, que já ocorreram neste ano.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É claro que Galípolo não pode criticar Campos Neto, porque ele próprio apoiou as medidas do BC na gestão anterior. O caso Master é um golpe na praça, coisa que às vezes acontece no mercado financeiro. Esses rendimentos acima do normal, como os CDBs do Master, são iscas para pegar otário e podem não ter final feliz. Mas o golpe da estatização dos preços, no estilo do Banco PanAmericano de Silvio Santos, pare ter sido afastado. (C.N.)
Licença…
1) https://www.cartacapital.com.br/justica/gonet-diz-ao-stf-que-ex-integrantes-do-governo-bolsonaro-coordenaram-golpe-de-estado/?fbclid=IwY2xjawJ2KyJleHRuA2FlbQIxMQBicmlkETFuZjlnc0N4RUFVYlZUZ1BqAR473i2VC6eNoucxGZmhSFFABu67haB98-wX036Po_2mYen8gYonU_QuR1bWeA_aem_2P1ZgYIkZ2OflpQLDThLtw
E o que dizem globo, folha, brasil247, ECL …?
A denúncia do Gonet é tão falsa como o cabelo que ele tem na cabeça.
O suor do Pedreiro já bancou a quebra do Banespa ( e todos os Bancos Estaduais) , a quebra do Banco Nacional, do Banco Econômico, do Banco Bamerindus, do Banco Votorantin, do Banco do Silvio Santos.
Sr. Jango
Para saber rmais sobre a “suposta quebra e doação ” do Banespa, procure os artigos do Jornalista Aloysio Biondi. na época da “doação” do Banco aos espanhóis……
aquele abraço
LICENÇA PARA ROUBAR?
Governo Lula muda regra e deixa de exigir devolução de bens em caso de desvio em ONGs
Lula mudou a regra para contratação de organizações não governamentais (ONGS) ao elaborar as diretrizes do Orçamento de 2026 e deixou de exigir a devolução de bens em caso de desvio dos recursos repassados a essas instituições.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 23/04/2025 | 14h10 Por Daniel Weterman e Vinícius Valfré – Brasília
Ao menos nesse caso, BARBA NÃO PODE SER ACUSADO DE FALTA DE TRANSPARÊNCIA.
Sr. Newton
Não estou entendendo e nem compreendendo mais nada…
A Lava-Rato não acabou.??
O próprio Sinistro Efeagaciano Gilmar Dantas em entrevista disse assim..”Tenho orgulho de desmanche da Lava-Rato”. …
“…Justiça condena ex-Petrobras a 29 anos por esquema da Lava Jato
Em nova decisão, juiz federal sentenciou o ex-diretor de operações da estatal, Renato Duque, por propinas pagas a partir de contratos com a estatal…
https://www.poder360.com.br/poder-justica/justica-condena-ex-petrobras-a-29-anos-por-esquema-da-lava-jato/
aquele abraço
Logo o Beiçola anula a sentença.
Quem é Renato Duque, ‘homem do PT’ nos esquemas da Petrobras investigados na Lava Jato?…
“…Conhecido por ser o “homem do PT” em esquemas ilícitos na Petrobras apurados pela Operação Lava Jato, Renato Duque comandou, entre 2003 e 2012, uma diretoria da estatal que, segundo a força-tarefa, captou cerca de R$ 650 milhões em propinas com empreiteiras investigadas por corrupção.
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2024/07/18/quem-e-renato-duque-homem-do-pt-nos-esquemas-da-petrobras-investigados-na-lava-jato.htm?cmpid=copiaecola