Libertação do Assange é uma vitória dos jornalistas que lutam pela imprensa livre

Assange livre é alívio para jornalistas que desmascaram governos em todo o  mundo | SakamotoDeu no UOL

A libertação de Julian Assange se dá em um momento de intenso debate sobre o papel da internet na propagação de notícias falsas e de discursos de ódio, disse o jornalista Jamil Chade, do Portal UOL. O colunista relembrou a entrevista com o fundador do WikiLeaks em 2013, na qual o ativista já alertava sobre os riscos que a internet representava.

Quando o WikiLeaks acontece e Assange começa a denunciar o funcionamento da internet, não existia o termo fake news e o debate sobre a desinformação e a disseminação do ódio. Isso não era um tema de governo ou de debate nacional. Era, acima de tudo naquele tempo, um assunto de vigilância.

“Ele fica livre em um momento no qual a internet vem a público com outro debate: regulação. Qual será a voz de Assange em relação a isso, à desinformação e à disseminação do ódio? Logo saberemos”, disse Jamil Chade.

GRANDE VENCEDORA“A liberdade de imprensa saiu como grande vencedora com o acordo de Julian Assange, que representa um alento para os jornalistas de todo o planeta”, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta terça-feira (dia25).

Fundador do WikiLeaks, Assange deixou ontem a prisão em Londres, na qual estava desde 2019, após firmar um acordo com a Justiça dos Estados Unidos. O jornalista e ativista australiano concordou em se declarar culpado da acusação de complô por revelar dados secretos de defesa nacional sobre a atividade militar dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

“A libertação do Assange é um alívio para jornalistas que desmascaram governos em todo o mundo e, nesse sentido, tem uma importância muito grande. É um sinal de que você, mesmo lutando diante do governo norte-americano, talvez a instituição mais poderosa do planeta, pode fazer com que a liberdade de expressão enfim prevaleça”, assinalou Sakamoto.

CAMPANHA GLOBALNa prática, houve uma campanha global que envolveu presidentes progressistas, religiosos, organizações de vários países, imprensa e a sociedade civil, pressionando o governo dos EUA e mostrando todo o ridículo daquela situação.

Na opinião de Leonardo Sakamoto, do UOL, não se deve olhar para o caso de Assange pelo lado pessoal, mas sim pelo direito à liberdade de expressão.

“Quando se discute sobre o tema do Assange, muitos acabam entrando no passado dele. Não é o Assange que está em jogo, mas sim a prisão por ele ter feito o que fez, algo que jornalistas fazem todos os dias: pegam informações que governos não querem tornar públicas e consideram sigilosas e, em nome do interesse público, divulgam isso”.

UM MAU SINALO fato de um jornalista estar preso há muitos anos por conta disso era um mau sinal. Por mais que seja doloroso por ter passado tanto tempo, é um sinal alvissareiro de que mesmo a instituição mais poderosa do mundo teve que fazer um acordo devido a essa pressão, que importou.

“Foi tudo em nome do Assange? Não; em nome da liberdade de imprensa. Hoje é um dia no qual a liberdade de expressão vence. O que se trata aqui é o direito de informar livremente”, frisou Sakamoto, colunista do UOL.

6 thoughts on “Libertação do Assange é uma vitória dos jornalistas que lutam pela imprensa livre

  1. Esse é um petista de carteirinha e fiel escudeiro do molusco. Só tem uma visão, a que lhes interessa. Por que não fala do gabinete do ódio que está funcionando no governo do molusco. Será que já esqueceu dos famosos dossiê do pt. No meu ponto de vista tem informações de um País, empresas etc que não devem ser divulgadas. Será se tivesse feito isso com dados dos comunistas teriam a mesma opinião

  2. O acordo com o governo americano é o que vale.
    Esse sujeito já apanhou demais divulgando segredos de estado.

    Observe que todos os estados ditos democráticos , ou não, em qualquer lugar do mundo, preservam a sua segurança e quando ela é posta em risco a defesa vem a galope.

    Em se tratando da matriz então, nem se fala.

    Há várias razões de ambos os lados. O filme Post da Netflix, trata muito bem disso. Mas, embora envolvendo uma guerra que os civis americanos não queriam, se tratava de uma questão intrínseca americana.

    Já o transbordamento de milhares de dados secretos americanos, com o risco para agentes, tem outra perspectiva.

    Enfim, vida longa ao Assange, e que ele não faça mais, desculpe CN, merda.

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    Remoção
    25 de jun de 2024
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    Por que isso aconteceu
    Parece que você tentou obter curtidas, seguidores, compartilhamentos ou visualizações de vídeos de maneira enganosa.

    José Carlos De Andrade Werneck
    25 de jun de 2024
    http://www.tribunadainternet.com.br/2024/06/25/libertacao-do-assange-e-uma-vitoria-dos-jornalistas-que-lutam-pela-imprensa-livre/
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  4. Sakamoto esqueceu de dizer que a imprensa n por aqui não tem liberdade de expressão, da mesma forma que aplaude Assange. Que vergonha.
    Aplaude gringo hacker de estimação e se cala quando jornalista local é censurado.

  5. Detalhe, Assange, ao que consta, é um agente dos sites e redes sociais independentes, nada a ver com a imprensa partidária brasuca, arvorada em dona da liberdade de informação, avessa à liberdade de expressão da nova imprensa independente…

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