Pedro Teixeira
CNN Brasília
A Embaixada da China no Brasil definiu como irresponsável o comentário da chefe de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, de que o governo brasileiro deveria pesar os riscos de aderir à Nova Rota da Seda, projeto internacional de investimentos chineses.
Em nota assinada por Li Qi, porta-voz da embaixada chinesa, Pequim avaliou que o ato da representante americana “carece de respeito ao Brasil, um país soberano, e despreza o fato de que a cooperação sino-brasileira é igualitária e mutuamente benéfica.”
NEGOCIAÇÃO – Autoridades brasileiras e chinesas trabalham em um acordo sobre o projeto, que pode ser divulgado no mês que vem, quando o líder chinês, Xi Jinping, visitará o Brasil e deve ter uma reunião bilateral, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na nota, Pequim ressaltou que a iniciativa da Nova Rota da Seda “é uma importante medida para promover uma abertura de alto nível da China ao mundo e ao mesmo tempo, uma plataforma internacional para levar adiante um desenvolvimento inclusivo e universalmente benéfico da globalização econômica. A iniciativa está aberta para países com as mesmas aspirações, em busca duma cooperação de consulta extensiva, contribuição conjunta e resultados compartilhados.”
Na última quarta-feira (23), a representante americana Katherine Tai disse, em um evento organizado pela Bloomberg em São Paulo, que o Brasil deveria ter cautela com uma possível adesão à iniciativa chinesa.
DISSE TAI – “O Brasil deve se perguntar qual é o caminho que leva a mais resiliência não só da economia brasileira, mas da economia global”, afirmou Katherine durante um debate sobre a relação EUA e China.
Em agosto, o presidente Lula deu sinal de que o Brasil pode aderir ao megaprojeto de infraestrutura da China.
“Os chineses querem discutir conosco a ‘Rota da Seda’. Nós vamos discutir a ‘Rota da Seda’”, disse Lula sobre a iniciativa, que sofre crescente objeção de parceiros ocidentais do Brasil, como Estados Unidos e União Europeia.
PERDE E GANHA – “Nós não vamos fechar os olhos, não. Nós vamos dizer: O que é que tem para nós? O que eu tenho com isso? O que eu ganho? Porque essa é a discussão”, disse o presidente Lula, acrescentando:
“Não pense que quando falo da China quero brigar com os EUA, pelo contrário. Quero os Estados Unidos do nosso lado tanto quanto quero a China. Eu quero saber onde é que nós entramos, qual o lugar eu vou entrar, com quem eu vou dançar? O Brasil só será respeitado se tiver projeto”, completou Lula.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula da Silva está mais do que certo. A melhor estratégia diplomática é conviver e negociar com todos, para conseguir fechar os melhores negócios para o país. Os norte-americanos são espertos demais e querem passar a conversa nos países em desenvolvimento. (C.N.)
Quando é que vamos aprender , que os EUA não são amigos do Brasil , portanto sua relação com o Brasil resume-se exclusivamente em seus interesses imediatos e futuros , e não no respeito mútuo .
Moola tem razão: não há países “amigos”. Há interesses entre nações.
Barba, o Agente Khazariano(Rockfeller&Rotschilds), foi posto na prensa por Putin e vai ter que optar trair um dos lados, então esclarecendo-se!
Ofereçam vantagens, para ficar no mesmo é melhor embarcar no BRICS.
Que convenhamos, é uma excelente oportunidade de fazer um mundo melhor.
Sem a exploração dos colonialistas e trabalhando em parceria.
Sabemos que os tais países pobres, são o são ricos de verdade.
Obs: Essa questão não é do Lula, e sim de todos os brasileiros de boa fé.
Quem quer dividir é o inimigo….que já percebeu que vão ser jogados para escanteio.