Pedro do Coutto
O presidente Lula da Silva, o PT e o ex-presidente Jair Bolsonaro foram os grandes derrotados nas eleições deste domingo que complementaram os pleitos municipais iniciados há cerca de duas semanas. Com apenas um prefeito eleito em capitais, o chefe do Executivo e o Partido dos Trabalhadores receberam um duro recado dos eleitores brasileiros. O principal deles é de que a imagem e discurso de Lula e do PT continuam desgastados entre os eleitores medianos e que vivem nas metrópoles do País.
Nas eleições de 2024, Lula apoiou candidatos em todas as capitais e o PT lançou 13 nomes encabeçando chapa majoritária. Desses, quatro disputaram o 2º turno com alguma chance, mas apenas um foi eleito – em uma clara demonstração de que as fontes de lideranças municipais do PT são poucas ou, ao menos, não têm vigor suficiente para atingir seus propósitos e conquistar votos.
CONQUISTAS – Já o Partido Liberal, que tem como maior representante nacional o ex-presidente Jair Bolsonaro, venceu em duas capitais do Nordeste e ascendeu na região que é um reduto eleitoral para o PT. Em 2020, o PL não havia conquistado nenhuma capital da região. Em 2024, o partido garantiu o comando da prefeitura de Maceió, com João Henrique Caldas (JHC), e de Aracajú, com Emilia Correa.
Das nove capitais do Nordeste, o PL e o PT tiveram candidatos em cinco. No entanto, os dois partidos concorreram diretamente apenas em Aracajú , João Pessoa e Fortaleza. Em Aracajú e João Pessoa, o PL superou os candidatos do PT ainda no primeiro turno. Em Fortaleza, onde a disputa foi mais acirrada, o candidato do PT, Evandro Leitão, venceu com uma margem apertada de 0,76%.
Com 100% das urnas apuradas, o candidato petista recebeu 50,38% dos votos válidos, derrotando André Fernandes (PL), o candidato apoiado por Bolsonaro, que obteve 49,62% dos votos. Embora tenha ganhado na capital cearense, o sucesso eleitoral de Evandro está mais na conta da máquina do governo do Estado, que é comandada pelo PT há mais de 10 anos, do que de Lula.
DISPUTAS – Em todo o País, PT e PL disputaram o segundo turno de forma direta em duas capitais. Além de Fortaleza, Cuiabá (MT) teve nas urnas uma ‘batalha’ entre PT x PL. Ao contrário da capital cearense, por lá o PL levou a melhor com Abilio Brunini (PL), que se elegeu para a Prefeitura da capital mato-grossense com 53,80% dos votos válidos, derrotando Lúdio Cabral (PT), que conquistou 46,20% dos votos válidos.
O PL teve candidatos próprios em 14 capitais. O partido venceu quatro e perdeu em 10. Além de Maceió, Aracajú e Cuiabá, o partido venceu em Rio Branco (AC), com Tião Bocalom (PL). Por outro lado, perdeu em capitais relevantes do Sudeste e Centro-Oeste, como Belo Horizonte (MG), com Bruno Engler (PL) e em Goiânia (GO), com Fred Rodrigues, que contou com a presença de Bolsonaro em seu dia de votação. Quando consideradas as coligações — ou seja, os partidos aliados em disputa — o PT de Lula e o PL de Bolsonaro foram adversários em mais três capitais no segundo turno. São elas: Natal (RN), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Nas três, Lula saiu derrotado.
Em Natal, Paulinho Freire (União) ganhou de Natália Bonavides (PT). Na capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB) venceu Maria do Rosário (PT). E em São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB) ganhou de Guilherme Boulos (PSOL). Nunes teve o apoio de Bolsonaro, e Boulos foi o candidato de Lula na capital paulista. O tabuleiro político mais uma vez se movimenta, demonstrando que o extremismo está cedendo lugar às articulações pelo país. O quadro parece inclinar-se a uma espécie de teste para o que poderá vir em 2026.
Quem perdeu foram os brasileiros, notadamente os mais pobres, com a precarização do trabalho, o aumento do custo de vida, dos preços dos alimentos e das tarifas ‘controladas’ pelo governo, os juros estratosféricos e a crescente desvalorização do real frente ao dólar.
O Lula e o Bolsonaro e respectivas famílias vivem há anos fartando-se do dinheiro público, ou seja, do dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.
Acorda, Brasil!
Eu já havia profetizado, sem ser o Pastor Arnaldo.
A mídia vai meter a ripa na cacunda dos dois. Quer ambos os escalpos.
No escalpo do Bolsonaro vai ser com faca cega e enferrujada, pra dar tétano, no escalpo do $talinacio vai ser com navalha de aço solingen pra não judiar muito.
Seu Pedro já está bandindo o tomahawk.
https://www.youtube.com/watch?v=gUx-qnGiVBw
Os dois perderam com a derrota de seus apoiadores.
Lula perdeu em São Paulo com Boulos e Bolsonaro perdeu em Goiânia com Fred Rodrigues. Venceu Sandro Mabel ex- deputado, apoiado pelo governador Ronaldo Caiado.
Caiado concedeu entrevista do Estúdio I e era só sorrisos. A cara da vitória. Bateu duro em Bolsonaro, que foi a Goiânia três vezes, inclusive acompanhado por Michele e vários caciques do PL. Mas, não adiantou, Fernandes perdeu.
Caiado, afirmou para Andreia Sadi, que será candidato a presidente em 2026. Soma-se ao carreirista Tarcísio de Freitas, que dorme e acorda pensando na presidência, sinaliza que a Direita rachou de vez.
Se Bolsonaro não conseguir a tão sonhada Anistia, lançará o filho ,01, senador Flávio Bolsonaro para seguir seu legado como novo líder da Direita. Restará ao governador Tarcísio, buscar a reeleição para o governo de São Paulo.
Muitos analistas, culpam Lula pela derrota do PT, alegando que o presidente não se empenhou o bastante. Ora, Lula não podia se abster das suas elevadas funções de Chefe de Estado e convenhamos, que a participação do presidente, no limiar dos 80 anos, em palanques, comícios e carreatas, no sol ou na chuva, seria abusar da saúde presidencial.
É na derrota, que se forma os grandes vencedores das próximas eleições, caso aprendam a lição das Urnas. E, 2026 é logo ali, um outro campeonato e uma oportunidade para sair do Z4 e chegar às primeiras posições da tabela.