Militares já veem novo foco de crise com Lula por ato de 8 de janeiro

Em Brasília, Lula participa de solenidade com militares da Marinha

Militares acham que este ato ajuda a dividir o país

Bela Megale
O Globo

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças Armadas participaram do ato que marca os dois anos do 8 de janeiro, nesta quinta-feira, para dar o recado que não compactuam com os ataques e prezam pela democracia. Nos bastidores, porém, militares da ativa e da reserva já veem um novo foco de crise envolvendo o próprio evento.

O fato que tem sido alvo de críticas na caserna foi o último momento do evento, no qual Lula desceu a rampa do Palácio do Planalto para um abraço em torno da palavra “democracia”, escrita com flores. No local estavam representantes do MST, CUT e outros movimentos sociais que fazem parte da base do PT, os quais estão entre os organizadores do ato.

ASPECTOS IDEOLÓGICOS – Para os militares, o gesto pode passar a imagem de que predomina o aspecto ideológico no evento. E ainda existe a preocupação de que alguns discursos inflamem os ânimos nas Forças Armadas.

O clima entre governo e os fardados azedou há alguns meses, com a mudança do regime de aposentadoria dos militares proposta pelo Ministério da Fazenda no pacote fiscal.

Outro fator foi a prisão e indiciamento de oficiais das Forças, inclusive de alta patente, no inquérito do golpe que tem Jair Bolsonaro como personagem central.

SEM BADALAÇÃO – O sentimento nas Forças Armadas está em sintonia com uma ala de ministros do governo, que avalia que o ato deveria ser mais protocolar e, até mesmo, reduzido a manifestações públicas do presidente Lula e de autoridades que representam os Três Poderes.

Para esse grupo, colocar o 8 de janeiro como uma bandeira do governo ajuda a acirrar a divisão da sociedade.

A maioria dos integrantes do governo Lula, porém, defende que é necessário transformar essa data num marco, especialmente diante da violência dos ataques proferidos contra os prédios dos Três Poderes e do risco do retorno da extrema direita ao poder, como ocorreu nos Estados Unidos com Donald Trump.

9 thoughts on “Militares já veem novo foco de crise com Lula por ato de 8 de janeiro

  1. Flopou. Ato esvaziado. Presentes, apenas 1.200 bajuladores (de sempre). Outro reforço malogrado para ajudar reiteradas narrativas. Nele, o chefe do Executivo minimizou ato esvaziado e disse que envolvidos no 8/1 pagarão pelos crimes: “Seremos implacáveis”.

    Ele participou de solenidade para lembrar ações “extremistas” que resultaram na invasão e depredação dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes em Brasília.

    A cerimonia em “defesa da democracia” foi um papo mais que furado, sem a presença principal do povo. Que coisa feia. Na verdade mais uma solenidade que acaba por fomentar a insatisfação (divisão) dentro da sociedade, marcando uma data que semeia desunião.

    Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, não compareceram, apesar de terem sido convidados. Comparecendo, também, de nada ajudariam …

    Ninguém deu bola para o evento onde, pasmem, alguém não sabe se é marido ou amante da democracia. Coisa (comentário) cômico e deprimente. Tudo muito amador e tosco. Coitada da democracia. Coitado do país.

    Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=THfNERKs-WI

  2. Engodo de Lula em forma de comício: Nem aí com a Democracia

    Não compareceram pela Democracia: o presidente do Senado, o presidente da Câmara, o presidente do STF (para não por azeitona na empada de Moraes) e o próprio Lula (ligado a ditadores), que organizou, na verdade, um ato pró campanha à reeleição (não exatamente pró Democracia).

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