Josias de Souza
do UOL
Para Trump, o México é a América Latina levada longe demais. O resto do continente latino-americano é visto como o estereótipo mexicano com variações. Nessa visão, o Brasil é parte do quintal pseudo-dependente dos Estados Unidos. Mas não é um vizinho de cerca. Trump avalia que, passando a tranca na porteira do México, livra-se dos mexicanos e de todos os seus assemelhados.
Vem daí o desdém retórico de Trump, que disse não precisar dessa terra de palmeiras e sabiás. “Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles”, disse o czar da Casa Branca sobre o Brasil e a América Latina. “Na verdade, não precisamos deles, e o mundo todo precisa de nós”, ele completou.
SEM BRIGA – Horas antes, Lula dissera que não quer “briga” com o inquilino seminovo da Casa Branca. O diabo é que o apreço pela harmonia diplomática chega depois da torcida pela vitória de Kamala Harris durante a campanha. Trump não ignora que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China. Mas talvez não resista à tentação de dar o troco.
Os acenos para Milei e as pauladas em Maduro são parte da estratégia. No mais, ainda que os chilenos continuem se comportando como os ingleses que os argentinos acreditam ser, mesmo que os brasileiros continuem achando que não têm nada a ver com os outros, o México sempre será, na retórica de Trump, uma cota suficiente de América Latina.
Somos um zero a esquerda na diplomacia internacional.
O famoso anão diplomático.
Já pensou se o Barão de Rio Branco levantasse a cabeça?
Não é parte do grande México, erro do Josias. O Brasil é parte da grande Venezuela.
Mesmo porque o que interessa aos alçados brasileiros é só a grana que é produzida com o suor dos seus havidos desassemelhados, não sobrando mais nada que possa atrair Trump!
Houve um tempo de ufanismo, em que tínhamos orgulho de ver o Brasil progredir com o desenvolvimento resultante do trabalho de muitos de nós.
Mas, hoje, com o país estagnado, parece não haver mais a possibilidade de esperança num futuro melhor para os brasileiros, exceto para privilegiados de sempre.
O que o Josias pensa e escreve é inversamente proporcional ao que o eleitor americanos pensa.
Para pensar diferente de Josias.
No inicio da revolução cubana os Estados Unidos estava recebendo de porteira aberta pessoas fugindo do regime, Fidel aproveitou o embalo e esvaziou os presídios, delegacias, hospícios e até doentes em hospitais, fez uma limpa no passivo humano, reduzindo assim o custo de manter essas pessoas.
Levas e levas de criminosos mexicanos entram lá, por conta própria ou por facções do crime organizado.
Trump está certo, no Brasil são os venezuelanos que estão entrando de porteira aberta, fugindo de Maduro ou da polícia, e com beneplácito do governo que faz cortesia com o chapéu alheio.
O Trump foi eleito para cuidar dos interesses dos Estados Unidos; já o LADRÃO, que deveria cuidar dos interesses do Brasil, cuida dos interesses próprios e dos da China.
Falar o que da diatribe do Trump contra o Brasil? Que talvez tenha sido a fala mais comedida e moderada da posse se consideramos a situação actual do país em relação ao seu potencial territorial, populacional e de recursos naturais em hidrografia e aquíferos, minerais, florestais , potencial agrícola, pecuário e turístico, clima ameno e fronteiras pacíficas.
Fiquemos gratos por não ter-nos chamado pelo nome, País Fracasso!