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Lula reafirmou intenção de pesquisar petróleo na foz do Rio Amazonas
Pedro do Coutto
O presidente Lula subiu o tom nas críticas ao Ibama pela demora em autorizar a Petrobras a pesquisar petróleo no litoral do Amapá. No Ibama, especialistas reconhecem que a autorização para o estudo deve sair até o fim de março. A Margem Equatorial vai do Rio Grande do Norte até o Amapá. A área, de cerca de 2,2 km de extensão, apresenta um potencial petrolífero que vem sendo chamado de “novo pré-sal”, A estimativa da Petrobras é de 20 bilhões de barris. No entanto, o Ibama ainda não emitiu a licença ambiental para estudo alegando risco à natureza.
“Se depois a gente vai explorar é outra discussão. O que a gente não pode ficar é nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo. A Petrobras é uma empresa responsável e tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas e vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause nenhum estrago na natureza”, disse o presidente Lula da Silva.
PRESSÃO – O presidente da autarquia, Rodrigo Agostinho, afirmou que não será por pressão do presidente, mas por um aval técnico. A Petrobras espera concluir, no próximo mês, uma exigência do Ibama: o segundo centro de reabilitação e despetrolização de fauna, no Oiapoque, extremo norte do Amapá, e já fez treinamentos preventivos de resgate e transporte de animais que possam ser atingidos pelo óleo.
A licença do Ibama é para autorizar a perfuração de um primeiro poço para estudar a viabilidade econômica da área. O plano é ampliar a avaliação para outros poços em até dois anos. A presidente da Petrobras falou sobre a Margem Equatorial e a importância dessas reservas para a transição energética: “A gente fala o seguinte: se nós deixarmos de fazer o que estamos fazendo aqui e formos usar petróleo e combustíveis de outra parte do mundo, o planeta vai ficar mais sujo e o país vai ficar mais pobre”, disse Magda Chambriard.
Desde 2015, a vizinha Guiana passa por um boom econômico após a descoberta de petróleo bruto por uma empresa americana. A exploração na Margem Equatorial fez com que o PIB por pessoa no país quintuplicasse em 10 anos, podendo chegar ao maior do mundo até 2028. Os seis estados brasileiros que receberiam royalties esperam aumentar as receitas e transformar a realidade das regiões, com mais emprego e renda. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é do Amapá, encabeça a pressão no Legislativo e já discutiu o assunto com Lula.
INFLUÊNCIA – Um dia após o presidente Lula voltar a defender a exploração de pesquisa na Margem Equatorial, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou não ter influência sobre o processo de licenciamento para pesquisas na região. Ela reafirmou que a decisão Ibama, que analisa pedido da Petrobras para realizar pesquisas na área, será técnica, “em estreita observância ao que diz a lei”.
A ministra tem sofrido pressão para que o Ibama, órgão subordinado à sua pasta, libere a licença para o empreendimento, que sofre críticas de ambientalistas por representar a persistência do país em buscar combustíveis fósseis no momento em que se debate a maior utilização de energias renováveis.
“Não cabe a mim, como ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, exercer qualquer influência sobre essas licenças, do contrário, não seriam técnicas. Também não é do Ibama ou do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima a competência para a definição do caminho da política energética brasileira, mas do Conselho Nacional de Política Energética. Logo, Ibama ou MMA não têm atribuição para decidir se o Brasil vai ou não explorar combustíveis fósseis na Foz do Amazonas ou em qualquer outra bacia sedimentar brasileira”, escreveu a ministra, em nota. O problema é complexo e é preciso ser visto sem precipitação.
Lucros e benefícios que não alcançam o povo e sim favorecserão os vivaldinos de sempre, então proiba-se a generalizada e irresponsável dirigida exploração!
Aguarda-se “Pororocas de Piche”, asfaltando as margens dos milhares de berçários naturais, que nos fazem visualizar um negro futuro para a natureza e seus ribeirinhos, sejam humanos, aves ou animais!
PS. Uma só faísca e eis o Amazonas em fervilhantes chamas!
Há quanto tempo isso não sai da mesmice? A petrobras fez o que foi solicitado pelo Ibama, mas o órgão continua com a decisão procrastinada.
O Brasil precisa de recursos e o petróleo é muito importante para obtenção dos mesmos. O Ibama não pode ser uma virgem vestal quando se trata de salvaguardas para preservação do meio ambiente, com exigências que ultrapassam qualquer bom senso.
Cortem, essa antiecológica teta de gananciosos apátridas!
Finalmente falou uma coisa certa.
Um campo não respeita fronteira. Os franceses podem bombear petróleo do lado brasileiro. Aonde tiver diferença de pressão o petróleo flui.
Tem lógica, tem lógica, aumentar a produção de, petróleo, o petróleo sempre foi fonte de pixulecos.
Ao lado de Lula, Marina evita polêmica sobre petróleo e pede energia limpa…
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/02/14/lula-evento-para.htm?cmpid=copiaecola