
Charge do Alpino (Yahoo Brasil)
Arthur Guimarães de Oliveira
Folha
Desde o início deste mandato, o governo do presidente Lula (PT) registrou decisões em linha com as suas posições e obteve uma sucessão de vitórias no STF (Supremo Tribunal Federal) por meio da AGU (Advocacia-Geral da União).
Das 111 ações constitucionais com origem no STF nas quais a AGU se manifestou e que foram julgadas pela corte em 2023 e 2024, 99 tiveram resultados aderentes ao posicionamento da instituição do governo federal, o que corresponde a 89% do total.
INTERESSE COLETIVO – Nesse tipo de ação, em tese não se discute um interesse individual como em um processo judicial comum. O Supremo verifica se o objeto em debate é constitucional ou não em abstrato, ou seja, independentemente do caso concreto.
Sob outra ótica, a taxa de sucesso judicial da AGU nos processos em que ela atuou efetivamente como parte defendendo os interesses da União alcançou 74% em um universo de 5.888 decisões no acumulado do período. Em 2024, a razão foi de 76%. No ano anterior, de 72%.
À Folha o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o resultado da atuação no Supremo ao longo de 2024 demonstra o trabalho do órgão na defesa do patrimônio da União e do Estado democrático de Direito.
CAMINHO CERTO – “Estamos no caminho certo e nos preparamos para obtenção de resultados ainda melhores em 2025”, disse Messias, que tem entre as atribuições a representação da União no STF e o assessoramento direto e pessoal do presidente da República.
Questionada, a AGU não enviou dados relativos ao período de Jair Bolsonaro (2019-2022). Mas a opinião de especialistas ouvidos pela Folha é a de que, para além dos números registrados em cada período, vitórias da gestão petista contrastam com o padrão observado sob governo de Bolsonaro.
O governo Lula contabiliza êxitos em processos relacionados à restrição de acesso a armas de fogo, à PEC dos Precatórios, à desoneração da folha de pagamento e à abertura de crédito extraordinário para combate a queimadas.
DERROTAS NO PODER – O ex-presidente Bolsonaro, por outro lado, enfrentou derrotas quando estava no poder, na disputa com os estados em torno do isolamento social, na tentativa de flexibilização do acesso a armas de fogo e até na nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal.
Antes de Jorge Messias, que está no cargo de advogado-geral da União desde o início do governo Lula, em 2023, ocuparam o posto, sob Bolsonaro, Bruno Bianco, José Levi e André Mendonça, este hoje ministro do STF.
Gabriela Zancaner, professora de direito constitucional da PUC-SP, considera que a diferença entre os governos Lula e Bolsonaro não deriva tanto da atuação da AGU, mas da composição da corte e, principalmente, da própria falta de compatibilidade das políticas evocadas pelo ex-presidente com as leis do país.
FORA DA NORMALIDADE – A especialista vê um tribunal, composto inclusive por uma maioria de ministros indicados nas gestões petistas, mais alinhado a Lula que a Bolsonaro.
Mas, segundo ela, “não é uma questão de eu chuto, e você marca o gol”, e sim uma “questão de competência do Supremo e do caminho que esse governo tem seguido”.
“Estávamos um pouco fora da normalidade, com determinadas atitudes do governo passado, próprias e até pessoais do ex-presidente, que foram autoritárias e contrárias ao texto constitucional,” afirma a professora. “Lula, parafraseando Bolsonaro, age muito mais dentro das quatro linhas da Constituição”.
MAIOR TRANQUILIDADE – O professor de direito constitucional do IDP André Rufino, coordenador grupo Observatório Constitucional, vinculado à mesma instituição, afirma que, pelo menos nos últimos dois anos, o Supremo e os órgãos que atuam perante a corte trabalham em um ambiente de “maior tranquilidade institucional”.
O diálogo era um dos problemas do governo Bolsonaro, de acordo com o pesquisador, e o foi em especial de 2020 a 2022, durante a pandemia e antes das eleições presidenciais. “Quando não há essa conversa, isso traz resultados negativos aos processos, aos julgamentos, a tudo. É um efeito em cadeia.”
Segundo Rufino, a própria atuação da AGU no governo anterior se dava mais pela via do processo, em uma lógica mais combativa de ganha-perde, enquanto a gestão atual, afora o engajamento para o retorno da normalidade democrática, tem visado a uma construção dialógica de soluções — pela via da conciliação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A conciliação é sempre o melhor caminho. Na verdade, o Supremo radicalizou demais nas decisões que beneficiaram Lula e nos inquéritos que prejudicam Bolsonaro. Como a mulher de César, o STF tem de ser imparcial e parecer imparcial. Mas como é difícil alcançar esse equilíbrio…. (C.N.)
Com isso da para se comprovar que o stf não é um órgão isento. Desde o o governo anterior isso é bem visível, em especial para uma pessoa, o Rãdolfe Rogriigues, que qualquer coisa que o Bolsonaro falava ou dizia, saia correndo para o colo dos sinistros do stf.
Brasil, ad aeternum!! Até quando? Uma revolução brasileira, seguindo o modelo da francesa? Ninguém aguenta mais!!
O STF deve julgar as ques tões à luz da CF. Se alguma questão requerida vai contra a CF, o STF deve vetar. Se é constitucional, deve aprovar..
É simples, mas como sempre, as torcidas acham certo o que é errado e errado o que é certo, numa contradição tremenda e o STF é Geni da historia..
O STF não é a Geni da história e sim o Carrasco da história. Certamente daqui uns vinte anos teremos a Bolsa Moraes assim como temos hoje, a Bolsa Ditadura.
Só sei de uma COISA…
A BALA VAI COMER…VAI MORRER GENTE NESSA BAGAÇA…
TEM GENTE FICANDO COM O DEDO NERVOSO….
Alguns esqueletos estão pedindo ajuda…e isso não é NADA..bom…
YAH SEJA LOUVADO SEMPRE…