
Jinping agora está se aproximando da União Europeia
Demétrio Magnoli
Folha
A China representa 19% do PIB global, mas responde por 32% da produção industrial mundial. O desequilíbrio, cujas implicações contribuíram para a ascensão de Trump, não é sustentável. No fim do percurso, o triunfo chinês na guerra tarifária depende da “normalização” de sua economia.
O modelo exportador da China ancora-se no excesso de poupança doméstica – ou, dito de outro modo, num consumo interno reprimido. O segredo repousa no sistema político totalitário, que mantém baixos salários, veta políticas de bem-estar social e recusa-se a erguer um sistema decente de seguridade social.
SALTOS SUCESSIVOS – Desde o ingresso chinês na OMC, em 2001, à base de uma intrincada rede de subsídios estatais, o modelo propiciou a expansão da indústria em saltos tecnológicos sucessivos, até a produção de veículos elétricos, painéis solares, baterias e softwares de IA.
Os bens chineses inundaram o mercado mundial, eliminando competidores, devastando antigas regiões industriais e, nesse passo, deslocando os sistemas políticos nacionais.
A reação dos EUA começou com as tarifas seletivas de Trump 1, que buscavam estimular a relocalização industrial nos EUA ou em países parceiros. Prosseguiu com Biden, que deflagrou políticas industriais eficazes de subsídio a setores estratégicos (semicondutores, veículos elétricos, aeroespacial) e fracassou na tentativa de sancionar empresas de ponta chinesas, algo ilustrado pela Huawei e pelo Deep Seek.
AVENTURA SEM RUMO -Trump 2, contudo, jogou o tabuleiro pela janela, apostando numa aventura mercantilista sem rumo. Ele tinha a possibilidade de radicalizar as políticas seguidas por Biden. Nessa linha, em coordenação com os aliados na Europa e Ásia, iniciaria uma escalada tarifária coletiva e gradual sobre a China, ao longo de um horizonte plurianual.
A pressão sustentaria negociações baseadas na exigência de redução dos subsídios industriais chineses e, imitando as práticas do rival, obter o deslocamento de unidades produtivas da China para os EUA em joint ventures com empresas nacionais.
O objetivo seria alcançar um reequilíbrio da economia mundial, não edificar uma muralha protecionista em torno dos EUA. Trump, porém, enxerga o comércio como um jogo de soma zero orientado pela busca obsessiva de superávits. Partindo dessa superstição ideológica, resolveu declarar uma guerra tarifária contra o mundo.
CAMINHO DA CHINA – Xi Jinping desenhou seu caminho. A China exibe-se como campeã do livre intercâmbio e das regras comerciais multilaterais. Enquanto aplica retaliações aos EUA, promete abrir seu mercado interno e controlar os preços de suas exportações, evitando uma inundação global de produtos excedentes. De olho na Europa, os chineses exploram as oportunidades criadas pela investida de Trump contra a União Europeia.
O sucesso da estratégia depende de uma revisão estrutural do modelo econômico chinês, com a absorção do excedente de bens industriais pelo mercado interno. No cenário da guerra tarifária, dramatizado pelo envelhecimento demográfico, a China precisa transformar poupança doméstica em consumo, o que demanda reformas sociais profundas.
A China de amanhã não será a “fábrica do mundo”, mas uma economia industrial normal. A mutação inevitável foi acelerada por Trump. Ironicamente, o custo principal do reequilíbrio recairá sobre os EUA.
Adendos, em:
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Estão, controladamente, preparando o “pacote”, conforme:
“Simbolicamente, os pais fundadores maçons pretendiam comunicar que parte do plano da Nova Ordem Mundial estipulava que no momento certo da história, os EUA, que fielmente conduziram o restante do mundo por tanto tempo rumo ao novo sistema global do Anticristo, iria repentinamente irromper em chamas e ser totalmente consumido pelo fogo. Entretanto, das cinzas da antiga América surgirá o novo sistema global do Anticristo. Abordamos a forma como acreditamos que esse cenário ocorrerá, e cumprirá as profecias bíblicas de Daniel 2 e 7 e de Apocalipse 18.
O autor Ovason, citado anteriormente, revela que a seleção da águia foi, de fato, uma “dissimulação ocultista”, definida pelos maçons, rosa-cruzes e alquimistas como um símbolo “desenhado para carregar um simbolismo aberto aceitável para os não-iniciados, mas ao mesmo tempo esconder um significado mais profundo acessível apenas àqueles familiarizados com o simbolismo arcano”. [Ibidem, pág. 218].” https://www.espada.eti.br/seminario2.asp
O bom mocismo de alguns que estimulam que ninguém compre mercadoria produzida por ‘mão de obras escrava’ encontra seu fulcro na questão interna da China. O povão não tem acesso às quinquilharias que empurram mundo afora, inclusive bens de consumo.
“Os catadores de caranguejos não comem do produto, é para ser vendido aos ricos.”