
Banco Master oferecia e pagava os maiores juros em CDB
Bernardo Guimarães
Folha
Quem lê as notícias deve achar que há algo de estranho na compra do banco Master pelo BRB, um banco estatal. A suspeita está correta, e o assunto é interessante e importante. O sistema financeiro tem particularidades. Uma é que a quebra de um banco pode ter impactos negativos em todo o sistema.
Em outros setores, isso é diferente: se uma cadeia de supermercados fecha suas lojas, os concorrentes se beneficiam.
CONTAMINAÇÃO – Bancos, porém, emprestam dinheiro uns aos outros. Um banco que quebra deixa de pagar suas dívidas com outras instituições financeiras. Isso pode desencadear um efeito dominó que resulte na quebra de outros bancos, afetando o crédito para as empresas e a economia como um todo.
Assim, é importante evitar que um banco quebre. E isso leva a uma segunda característica das instituições financeiras. Sabendo que serão socorridos em caso de problema, na ausência de regulação, bancos têm incentivos para correr mais riscos do que gostaríamos: se der certo, o banqueiro fica rico; se der errado, a sociedade paga a conta. Por causa disso, bancos precisam ser – e são – regulados.
Parte importante do mecanismo de disciplinar os bancos é que, se a sociedade precisa pagar parte da conta, os acionistas devem sair sem nada. Ninguém vai perder a casa porque é acionista de uma empresa que quebrou, mas a ação nesse caso tem que valer zero.
ROLAR AS DÍVIDAS – Uma terceira particularidade é que, em geral, bancos investem em ativos de longo prazo, mas suas dívidas têm prazos mais curtos. Portanto, bancos precisam ficar rolando suas dívidas. Assim, se todos acham que um banco vai quebrar, o banco não consegue rolar suas dívidas, e quebra. Expectativas negativas podem gerar resultados negativos.
Nós temos instituições para lidar com essas questões, e elas têm funcionado bem.
Um dos mecanismos para lidar com esse problema é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que funciona como um seguro para os depositantes que investem até R$ 250 mil em um banco. A ideia é que boatos sobre a saúde financeira de um banco poderiam gerar expectativas negativas e desencadear uma corrida bancária. Sabendo que seus depósitos estão garantidos, investidores não entram nessa corrida.
BANCOS SOB RISCO – O FGC é um importante mecanismo de estabilidade do sistema financeiro. Contudo, sabendo que seus investimentos estão garantidos, pessoas têm incentivos para comprar títulos de bancos arriscados, como o Master, que pagam juros muito altos.
Quando um banco fica perto de quebrar, cabe ao Banco Central liquidá-lo – e é difícil encontrar a hora certa de chegar a esse desfecho. Aí, os acionistas são os últimos da fila a receber dinheiro e tipicamente saem sem nada. Os ativos do banco são vendidos para pagar o que for possível, o FGC socorre os “pequenos” investidores, grandes credores em geral perdem e nada sobra para os acionistas.
Esse procedimento endereça as três particularidades descritas acima: gera estabilidade no sistema sem criar incentivos demais para riscos demasiados. A mesma lógica implica que, mesmo sem considerar corrupção, não faz sentido um banco estatal comprar a parte boa de um banco que está mal e deixar a conta da parte ruim para a sociedade ou para o sistema financeiro. Se há intervenção, o acionista precisa sair sem dinheiro.
“Moraes consegue transformar o STF num puxadinho do Palácio do Planalto.”
Não seria o contrário? Moraes consegue transformar o Palácio do Planalto num puxadinho do STF.
Justo ou injusto, certo ou errado, goste-se ou não, eis a verdade: Moraes é o homem mais poderoso da República já há algum tempo.
Lamentavelmente ou não.
É grande com Moraes a chance de ser do Judiciário, e não das FAs, o eventual ditador de um novo regime autoritário, que parece iminente à essa altura.
Assunto importantíssimo. A transformação de títulos de dívida privada em títulos de dívida pública e outras falcatruas nas dívidas governamentais são o maior problema que temos. 50% do orçamento público comprometido com dívidas inviabilizam qualquer projeto nacional; a saúde pública, educação, segurança, etc.
Abominável’, diz Lula sobre visto masculino dos EUA para Hilton
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “abominável” o episódio em que o visto americano da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi expedido com identificação de gênero masculino. O petista esteve com a parlamentar em cerimônia no Palácio do Planalto para sanção de projetos de lei sobre direitos das mulheres, nesta quinta-feira (24).
E comete ato falho:
– Quem tem o direito de discutir o que essa mulher é o Brasil e é ela sobretudo, é a ciência, não é o decreto do Trump – disse Lula.
Usemos a ciência, ora pois !
A pessoa em questão pode ter problemas de útero ? NÃO
Pode ter hiperplasia ou neoplasia da próstata ? SIM
Então …
Fonte: https://pleno.news/brasil/politica-nacional/abominavel-diz-lula-sobre-visto-masculino-dos-eua-para-hilton.html#google_vignette