Elio Gaspari
O Globo/Folha
Com seu brado retumbante, classificando a prisão de Lula de “um dos maiores erros judiciários da história do país”, o ministro Dias Toffoli alistou-se na categoria criada pelo jornalista americano Murray Kempton para os editorialistas: “O serviço deles é descer da colina depois da batalha para matar os feridos”.
Com um voto de 134 páginas, Toffoli anulou as provas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht e produziu uma catilinária contra a Operação Lava Jato. Transbordando os limites do que se julgava, chamou-a de “armação”, “ovo da serpente” e “pau de arara”. Se o documento viesse assinado pelo atual ministro Cristiano Zanin, que à época defendia Lula e recorria das decisões enviesadas do juiz Sergio Moro, seria o jogo jogado.
COPIANDO GILMAR – O brado de Toffoli é tardio e pouco original. Depois de ter sido reprovado em dois concursos para a magistratura, ele se tornou advogado do Partido dos Trabalhadores e foi nomeado no Supremo Tribunal em 2009, por Lula. Viu a Lava Jato passar sem maiores manifestações.
Os pontos de sua fala que mais chamaram atenção —”erro judiciário”, “tortura” e “ovo da serpente”— estão em falas antigas do ministro Gilmar Mendes, que combateu as práticas da República de Curitiba desde o primeiro momento. O voto de Gilmar Mendes pela suspeição do juiz Sergio Moro é de 2021.
Em 2019, quando Jair Bolsonaro estava no Planalto e Lula na cadeia, os tempos eram outros. Em janeiro, morreu Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho do ex-presidente. Lula pediu permissão para ir ao velório. Durante a ditadura, o delegado Romeu Tuma, autorizado pela Auditoria Militar, havia levado Lula, preso, ao funeral de sua mãe.
TODOS CONTRA – Os tempos eram outros. A Polícia Federal explicou que não poderia levá-lo de Curitiba para São Bernardo. Deltan Dallagnol dizia que sua presença provocaria “um tumulto imenso” e o Ministério Público se opôs. A juíza Carolina Lebbos negou o pedido. Lula recorreu e o desembargador de plantão, Leandro Paulsen, voltou a negar-lhe a permissão. (A favor, sem que o caso fosse de sua alçada, só o vice-presidente Hamilton Mourão.)
Num novo recurso, o caso chegou às mãos do ministro Dias Toffoli, no STF. A essa altura, Vavá já havia sido sepultado.
Sem saber disso, o ministro autorizou Lula a “se encontrar exclusivamente com os seus familiares, em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo do de cujus ser levado à referida unidade militar, a critério da família”.
LULA NÃO ESQUECEU – Mais: “Vedado o uso de celulares e outros meios de comunicação externos, bem como a presença de imprensa e a realização de declarações públicas”.
Lula recusou o oferecimento e não o esqueceu. Em dezembro passado, durante a cerimônia de diplomação de Lula, Toffoli encontrou-o. Conforme o relato da repórter Mônica Bergamo, disse-lhe:
“O senhor tinha direito de ir ao velório. Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”.
Esse Elio Gaspari é um tremendo canalha. Do início ao fim tenta justificar o amigo do amigo do meu pai. Pensa que nós somos idiotas. É um não acabar de asneiras. Quando você consegue citar em um artigo Monica Bergamo, Sapao Gilmar e o molestador de doméstica Zanin pode ter certeza que ele é intectualmente desonesto. Isso é um vagabundo. Ah país vagabundo.
Iria fazer comício como o fez no velório da mãe dos filhos fenômenos em finanças.
Foram com muita fome ao pote. Quebraram o pote e perderam o ouro la depositado.
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/515712/noticia.html?ref=thegadsdenpost.com
Essa bagaça não vai dar certo.
Não há no Brasil só o fado lulobolsonarista, que fingem serem inimigos mas abraçam-se fraternalmente para fazerem suas torpeza.
https://youtu.be/jDN1tt_0wcY?si=kGObaWDTBZjZqapH
…só o lulobolsonarismo…
O Totem birrento, sendo bajulado até por gente laureada, está pensando que é mesmo isto tudo.
Fala até em descumprir acordos internacionais.
https://www.poder360.com.br/congresso/politicos-criticam-lula-por-dizer-que-putin-nao-sera-preso-no-brasil/
Antes de qualquer revolução, os ideologistas descobriram que é preciso preparar o terreno. Entenderam que é mais eficiente agir quando as mentalidades já estão submetidas às suas propostas, do que ter de lutar contra quem não concorda com seus métodos. Formatar as mentes é, portanto, imprescindível.
A guerra de dominação, antes das ruas e dos parlamentos, é travada na cabeça das pessoas. É uma guerra psicológica antes de tudo. É um ataque às consciências, submentendo-as a uma inversão da realidade tão intensa, até o ponto que elas passem a aceitar a mentira como verdade, o errado como certo, o grotesco como belo.
Continua…
Pelo uso da linguagem, os sodomizadores de consciências mudam os sentidos do que há e fazem com que a própria percepção da realidade seja alterada. Chamam de democratas os que agem como fascistas e de fascistas pessoas comuns; de defensores da liberdade arruaceiros e saqueadores e de criminosos quem apenas quer o direito de trabalhar. E assim, pela repetição de mentiras, vão subjugando a mente de quem os escuta.
Sustentando as ações violentas e os crimes existe uma parcela da população lobotomizada, que já não tem mais a capacidade de distinguir o bem e o mal e que não consegue ver o crime onde ele se mostra claramente. São esses os justificadores da revolução – gente que teve sua consciência destruída pelos ataques ininterruptos sobre sua mente.
Continua…
Entenda que existe uma guerra acontecendo. No entanto, antes dela existir diante de seus olhos, ela está acontecendo dentro de você. Uma guerra na qual sua consciência é o estandarte procurado por um inimigo sem escrúpulos. Uma guerra que tem como missão tornar-lhe estúpido, incapaz de distinguir os aspectos triviais da realidade. Uma guerra que tem como objetivo mitigar sua capacidade de pensar por si mesmo e, com isso, usá-lo como avalizador de todo tipo de crimes e atrocidades.
Enfim, depois que o sistema empossou o “L” o Brasil não é mais o mesmo.
O Presidente Lula é como o Thanos.
Inevitável.
Podem chorar a vontade.
Tóffoli comprovou desconhecer o princípio jurídico da “Teoria da Árvore Contaminada” que anula as decisões tomadas com base em prova(s) ilicitamente obtida(s) e que deixariam de ser nulas se fossem obtidas licitamente.
É assunto para explicar em artigo numa outra oportunidade, visto que o Superior Tribunal de Justiça, chamado de Tribunal da Cidadania, conta com jurisprudência consagrando no Direito pátrio o referido princípio.
parabéns, gregório!!