Andréia Sadi
GloboNews
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid vai voltar à Polícia Federal para prestar novos depoimentos em diferentes frentes de investigação. “É o compromisso dele com a delação homologada”, disse ao blog o advogado Cezar Bitencourt, que defende o militar no inquérito das joias sauditas.
Segundo Bittencourt, Cid tem “muito o que falar” e vai contar tudo que viveu com o ex-presidente e os fatos do governo Bolsonaro.
ESTRATÉGIA DE DEFESA – Bitencourt adotou, num primeiro momento, a estratégia de negar que Cid fosse incriminar Bolsonaro porque, segundo explicou ao blog, advogado não deve antecipar estratégia de defesa;
“Quem decide se é crime ou não são as autoridades. Ao tenente-coronel Cid cabe relatar os fatos”, disse, acrescentando:
“Não se trata de incriminar A ou B, ele vai contar todos os fatos que viveu com Bolsonaro que lhe perguntarem. Quem vai decidir se é crime são as autoridades”, afirmou o advogado ao blog.
COMPROMISSO – Acordos de delação pressupõem que o investigado contará aos investigadores tudo o que sabe sobre práticas ilícitas em troca de benefícios. Assim, não terá direito a ficar em silêncio se souber de algo.
Enquanto obteve liberdade, por outro lado Cid passa a ser responsável por entregar aos investigadores novos elementos e provas que os faça avançar na apuração dos supostos crimes.
Bitencourt repetiu o que já tinha dito em entrevista ao Estudio i na GloboNews — mas, agora, com a delação homologada pelo ministro Alexandre de Moraes: Cid era um assessor, um faz tudo de Bolsonaro que o mandava ‘”resolver as coisas”’. “’Você lembra do Sinhozinho Malta? Então, era assim: vai lá e resolve. Cid fazia o que mandavam”.
NADA RECEBEU – O advogado também reiterou que Cid não ficou com nenhum dinheiro de venda de presentes — e que isso é possível provar por perícias contábeis e informações da Receita Federal.
Ao Estudio i, Bitencourt disse que o dinheiro da venda do relógio foi entregue em espécie para o casal Bolsonaro (Jair e a primeira-dama, Michelle).
O advogado disse que a prioridade, agora, é garantir a segurança da família Cid, que está muito assustada com a repercussão do caso e também teme por sua segurança, após fechar acordo de delação. A decisão de fazer a delação foi tomada para proteger a família, após o pai e a mulher virarem alvos da PF.
ELOGIOS À PF – Bitencourt explicou também que, até aqui, Cid falou por cerca de 7 a 8 horas — apesar de ter passado 24 horas entre todos os depoimentos à Polícia Federal, a quem ele dispensa vários elogios.
“É um nível muito qualificado, a Polícia Federal merece todos os meus elogios. Não teve pressão em momento algum, a equipe técnica é muito preparada. Muito bom trabalhar assim”, disse Bittencourt.
Agora, Cid se prepara para voltar à PF e prestar novos depoimentos em frentes como roteiro do golpe, fraude em cartão de vacina e o que mais puder colaborar, que deve render vários anexos. “É um novelo de lã”, adiantou.
Maierovitch:
Lula recua sobre Putin para não ficar sujeito a impeachment
O “autodidata” abrindo sua boca fecal para despejar dejetos.
Talvez como consequência deste “BO” das jóias bolsonaristas tenhamos a pacificação de quem, como e quanto é razoável no tocante ao assalto dos cofres públicos.
Bolsonaro delatado por alto oficial do exército é tudo que Xandão mais queria.
A cada hora aparece uma questão relacionada à canetada do Toffoli.
https://www.infomoney.com.br/colunistas/denise-bueno/seguro-de-responsabilidade-civil-de-executivos-vive-novo-dilema-com-decisao-de-toffoli/
Começa-se a crer que há uma tremenda falta de visão ampla e de longo prazo nas decisões dos agentes públicos.
Agora vai, após quatro anos vasculhando a vida pública e privada do Bolsonaro, os narcotraficantes do $TF vão descobrir todos os podres do ex-presidente … falsificação do cartão, propina da vacina indiana, joias devolvidas ao TCU … tudo acompanhado dos celulares, das mensagens, dos números de contas e dos extratos bancários.
Olhando pelo lado da segurança, o melhor foi o Cid ter feito a delação.
Agora ele só será suicidado, por vingança; mas, antes não, o suicídio poderia ser preventivo como parece ter sido o caso do Adriano Esteves.
De medalhado para metralhado.
Depois que o Cid tiver dado tudo que queriam e que mijarem no couro da onça morta vem o final cut. Pode ser executado e colocarem a culpa no Bolsonaro por crime de vingança.
Isso é fazer cabelo barba e bigode.
Anularam as delações do Sérgio Cabral por que foram feitas pela PF e soltaram o cara com mais 200 anos de condenação. Agora a mesma PF faz a delação do Cid e vão aceitar como normal?
Vão rever as decisões do Cabral também???
O dr. Carlos Newton poderia responder….
Já estão revendo, Mauri. Você ainda não sentiu a fedentina?
Forte abraço,
CN