César Tralli
GloboNews
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid não deve dar novos depoimentos à Polícia Federal. De acordo com fontes ligadas aos casos, Cid já fez revelações esclarecedoras no âmbito das investigações sobre a venda ilegal de joias, falsificação de cartões de vacina para Covid e tramas golpistas para manter o ex-presidente no poder.
Cid foi confrontado com documentos, perícias em celulares, planilhas de dados de computadores apreendidos etc., e respondeu aos questionamentos dos investigadores. Por isso, neste momento, quem tem contato com as apurações em curso descarta a necessidade de novos depoimentos.
ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS – O ex-ajudante só será chamado a depor novamente caso haja necessidade de fazer algum esclarecimento adicional ou caso surjam novos indícios de crimes que envolvam Bolsonaro e o entorno dele.
A PF ainda analisa materiais recolhidos nas apreensões, para selecionar provas materiais a serem utilizadas para corroborar a colaboração. Por lei, esse processo investigatório é sigiloso. Qualquer revelação do teor do que está sendo investigado pode não apenas prejudicar a produção de provas, como ainda ensejar nulidades.
Cid se manteve em silêncio durante as investigações, mas a estratégia da defesa mudou em agosto, quando o advogado Cezar Bitencourt passou a representá-lo. Em entrevista à “Revista Veja”, o advogado disse que o cliente assumiria que vendeu, nos Estados Unidos, joias recebidas pelo ex-presidente. E que fez isso a mando de Bolsonaro.
VERSÃO DIFERENTE – Em entrevista à GloboNews no dia seguinte, Bitencourt deu uma versão diferente e buscou atenuar o episódio da venda dos presentes presidenciais. O advogado negou que Cid iria “dedurar” Bolsonaro, ou que fosse fazer uma confissão, mas que prestaria “esclarecimentos”.
Mauro Cid, contido, prestou vários depoimentos à Polícia Federal no final de agosto enquanto estava negociando sobre a delação. Em 28 de agosto, ele passou mais de 10 horas depondo na sede da corporação, em Brasília, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
No final da tarde de quarta-feira (6), Cid foi ao STF confirmar a intenção de fazer a delação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, a delação de Mauro Cid seguiu caminho diferente da praxe. Ele teve de depor minuciosamente sobre as situações sob investigação e só depois de ter revelado tudo que sabia é que foi autorizado a pedir delação. Seus depoimentos contra Bolsonaro foram tão contundentes que Moraes aceitou de imediato homologar a delação e soltar o ex-ajudante de ordens. Agora, os advogados de Bolsonaro certamente vão alegar que Cid foi submetido ao “pau-de-arara psicológico” denunciado por Dias Toffoli. (C.N.)
O 11 de setembro 22 anos depois
– As demolições controladas e o seu encobrimento
Paul Craig Roberts [* https://www.resistir.info/11set/roberts_11set23.html
César “Tralha”, um conhecido pena de aluguel do narcotraficante Lula da Silva, não tem nenhuma credibilidade.