Dora Kramer
Folha
Não se espantem, mas é provável que Luiz Inácio da Silva não busque a reeleição em 2026. Ele não pode acenar com essa hipótese agora, sob pena de entregar o governo antes do tempo. É o tal do lugar-comum da expectativa de poder que se retroalimenta e permite governar.
Havendo sentido na probabilidade de Lula não ir a um quarto mandato aos 81 anos de idade e tendo quase perdido o terceiro para uma figura de péssimas credenciais, o primeiro da fila para disputar seria Fernando Haddad.
HADDAD FRAGILIZADO – Digo que apenas seria (e até pode ser), porque o presidente não reforça, antes fragiliza seu ministro da Fazenda, quando se dá ao desfrute de pontificar a respeito do que não entende: os meandros, as causas e os efeitos do caminhar da economia. Elege o “mercado” como seu malvado predileto, mas nesse palanque só agrava os problemas.
Haddad vinha dando um duro danado na defesa do déficit zero. A impossibilidade da meta era voz corrente, uma realidade até, mas a insistência nela sinalizava compromisso, um desestímulo ao estouro das contas.
Menos de um ano e o governo já aderiu ao centrão —e não o contrário, como se especulava. Minoria no Parlamento, o PT tampouco faz valer sua maioria no Executivo para ajudar. Só não atrapalha mais com as posições vocalizadas pela presidente Gleisi Hoffmann porque ela não é interlocutora autorizada.
LEMBRANDO ITAMAR – Fernando Haddad é visto (ou era) como tal. Lula retira autoridade do ministro indo no sentido contrário ao adotado por Itamar Franco quando deu autonomia ao titular da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, inscrever-se como sujeito oculto e essencial do Plano Real e abriu caminho para eleger o sucessor.
Itamar conteve por um período o temperamento difícil e manteve a mira direcionada ao objetivo maior de médio prazo. Em sua insensata certeza de ser o guia genial de todos os povos, Lula faz o oposto e ainda contrata escândalos futuros. Nessa toada, contribui para tornar turvo o horizonte da reeleição.
O Dilmo 3 ainda não fez nem um ano, e já estão se matando para saber quem vai sucessor o comandante. Mas não era a mulher do chefe a candidatura mais forte? Quanta ânsia pelo poder, parece que querem recuperar o tempo perdido todo de uma vez só, coisa mais vergonhosa .
Todo Presidente da República tem uma linha, uma meta de governo e é ele que tem a visão política para cumprir seu programa, o Ministro da Fazenda geralmente economista tem de fazer um trabalho que dê respaldo ao programa do presidente, pois ele é quem foi eleito com sua linha política.
O melhor candidato do governo Lula para presidente é o Flávio Dino e para o STF também. Infelizmente ele é um só, mas no bolo de todos os candidatáveis, acho o Ciro Gomes o melhor.
Concordo em número,gênero e grau.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/11/01/balanca-comercial-superavit-soma-us-802-bilhoes-ate-outubro-e-bate-recorde.ghtml
Está muito inviabilizado mesmo,.
Gostei do ‘guia genial de todos os povos.’ Principalmente da esquerda demagógica, disse ele não vai haver GLO, logo em seguida aplica isso no Rio.
A esquerda garimpeira do Folha faz uma enquete, Netanyahu fica no cargo até o fim da guerra?
Eu gostaria de saber até quando os homens fortes da China, Coreia do Norte e Cuba ficarão no poder.
A esquerda seletiva sabe como jogar um rato morto na sopa dos outros.
E se essa bagaça virar socialismo a Folha tem a pretensão de ser o nosso Pravda ou é só a bem da grana?