Ana Paula Castro
g1 Brasília
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (01), reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano. Este foi o terceiro corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. A decisão foi unânime. Ou seja, todos os membros do Copom votaram pela redução de 0,5 ponto percentual.
No comunicado emitido após a reunião, o colegiado sinalizou que poderá cortar novamente a Selic neste mesmo patamar – 0,5 ponto percentual – no próximo encontro.
RITMO APROPRIADO – “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
A Selic chegou agora ao menor nível desde o início de maio de 2022 — quando estava em 11,75% ao ano.
Neste ano, só haverá mais uma reunião do Copom, marcada para os dias 12 e 13 de dezembro. Ou seja, se a previsão de redução se concretizar, a Selic deve terminar 2023 no patamar de 11,75% ao ano.
COPOM E SELIC – O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia. Cabe ao comitê definir o patamar da Selic a cada 45 dias.
A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Neste momento, a instituição já está mirando na meta do ano que vem, e também para o primeiro semestre de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As aparências enganam. Na matriz USA o Banco Central americano (Fed) mantém juros dos Estados Unidos na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Aqui na filial Brazil, mesmo após este novo corte; voltamos a ter a maior taxa de juros reais do mundo. Segundo levantamento compilado pela consultoria financeira MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,90%, no topo do ranking. Em seguida veio o México, com taxa real de 6,89%. Nos juros somos imbatíveis. Enquanto isso, no futebol… (C.N.)