Pedro do Coutto
O presidente Lula da Silva, na reunião com ministros para tratar sobre assuntos relativos à Infraestrutura, contestou na prática o projeto de déficit zero em 2024 colocado pelo ministro Fernando Haddad e objeto de votação no Congresso Nacional, sobretudo quando for decidido o orçamento para o próximo exercício.
A impropriedade das declarações do presidente da República, visto sob o ângulo da posição de Haddad, foi flagrante, principalmente quando acentuou que quem está na Fazenda considera bom o dinheiro no Tesouro, mas para quem está na Presidência, dinheiro bom é o transformado em obras públicas.
CORRENTES – O presidente Lula tem essa posição voltada mais para a recuperação da economia do que para o equilíbrio monetário. Mas teria outras oportunidades para formular a sua ideia fora de uma reunião em que estavam presentes ministros, inclusive o da Fazenda. O governo tem várias correntes sobre o assunto; a corrente que se pode chamar de desenvolvimentista e a que luta pelo equilíbrio monetário.
Haddad participa dos dois pensamentos. Mas para que prevalecesse o pensamento da recuperação econômica, com base em investimentos públicos, não havia necessidade de Lula forçar demais a situação e expor Fernando Haddad de forma mais marcante. A repercussão foi grande, os reflexos no universo financeiro devem se registrar amanhã e, como é lógico, fazendo-se sentir nos juros bancários.
Na edição de O Globo de ontem, Alvaro Gribel e Alice Cravo sustentam que apesar de ter sido atingido em seu projeto político e econômico, o ministro Fernando Haddad permanece à frente da Fazenda. O presidente da República poderia ter tido mais cuidado na sua manifestação.
GAZA – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que só pode aceitar a trégua humanitária se o Hamas libertar os 217 prisioneiros que mantém em seu poder. Na edição de ontem da Folha de S. Paulo, Nelson de Sá publica matéria sobre o fato de a China ter assumido no dia 1º a Presidência do Conselho de Segurança da ONU.
Ressalta que a ideia de Pequim volta-se para a suspensão do conflito, sobretudo com base na definição de que é preciso proteger os civis que estão sofrendo a consequência de uma luta para a qual não contribuíram.
Na Cisjordânia também se verificam choques entre os colonos radicais e forças israelenses. Beatriz Coutinho, O Globo, focaliza declarações do líder do Hezbollah que admite que a guerra pode se expandir pela região sul do Líbano, país ao qual o Hezbollah é ligado. A situação continua das mais tensas.
Lula é predador e tem preferências por pretensos obstáculos concorrentes!
Anula-os, quando não os extingue!
Sabedores, vêem vantagens mesmo falsos e relegados à terceiros planos, nesse ninho de víboras!
“Benjamin Netanyahu, afirmou que só pode aceitar a trégua humanitária se o Hamas libertar os 217 prisioneiros que mantém em seu poder.”
Será que o Hamas quer isso?
Será que os líderes ou mentores do Hamas vivem e guerreiam na região?
O Hamas pretendia ganhar a guerra com aquele ataque a Israel?
Fazer reféns aleatoriamente, matar civis, degolar crianças a golpes de enxadas , filmar atrocidades e divulgar na mídia é alguma estratégia de guerra, usar hospitais, creches e campos e refugiados como escudo humano é método de combate?
Grande Pedro do Couto.
Sempre lúcido e pontualíssimo!
Parabéns pelo,como de costume,excelente texto.