Professores que prepararam teste do Enem comprovam o atraso mental do Brasil

Miguel Paiva - Enem aí - Miguel Paiva - Brasil 247

Charge do Miguel Paiva (Brasil 247)

William Waack
Estadão

Professores independentes que formularam uma das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo, 5, praticaram uma dupla barbaridade intelectual. Conseguiram negar a ciência e ofenderam boa parte dos acadêmicos, técnicos, professores e pesquisadores que levaram o Brasil a ter duas grandes histórias de sucesso: na agricultura e na indústria aeronáutica.

Esses professores independentes, na verdade, independentes de qualquer rigor e honestidade intelectual, submeteram os jovens que prestam o Enem a uma tortura ideológica, especificamente em relação à agroindústria.

IDEOLOGISMOS – Segundo esses professores independentes que trabalham para o Ministério da Educação, o agronegócio é um setor no qual impera a exploração, o descaso com a saúde dos seres humanos e do planeta, a violência e a impossibilidade dos camponeses de serem camponeses.

O texto de uma publicação obscura que serviu de base para a pergunta aplicada no Enem ataca até mesmo a Embrapa e os programas para uso de biocombustíveis.

Ambos — Embrapa e biocombustíveis — prejudicariam a classe camponesa. Os clichês e chavões ideológicos, na verdade, nem chegam a ser o pior dos problemas. O maior desses problemas é ensinar jovens a pensar errado.

CAPACITAÇÃO – O que fez o Brasil construir aviões vendidos no mundo inteiro e o que fez o Brasil virar uma superpotência na produção de alimentos foi pesquisa, tecnologia e capacitação de pessoas.

Diga-se de passagem: tudo isso iniciado e conduzido por instituições estatais como a Embrapa e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica/Embraer, no caso dos aviões.

As ideias erradas empurradas para cima de jovens por esse tipo de postulado ideológico explicam muito das nossas dificuldades em crescer e em gerar prosperidade. É o nosso atraso mental.

14 thoughts on “Professores que prepararam teste do Enem comprovam o atraso mental do Brasil

  1. Pois é ,ainda dizem que nao existe esta tal de tribalizacao, polarizacão, alinhamento automatico que resulta em desprezo à discusdao de idéias

    Ao invés de analisar a tragédia da costumeira ideoliogizacão rasteira e criminosa, para o futuro dos jovens e mesmo para a economia do Brasil, o teor da denuncia do artigo é solenemente e disciplinadamente, desprezado, para buscar uma possivel vinculacao ideológica do autor.

    Por que nao argumentar sobre os motivos da escolha?

    quais os beneficios para a cultura, a formacao intelectual e socila dos estudantes, que vamos obter com estas questões?

    É muito dificil concordar que existe uma tomada de poder manipulat’rio no MEC e seus vinculos e acões, que sempre e invariavelmente ,as vezes de forma criminosa, tendem para a esquerda?

    Por que sempre o recurso é atacar o mensageiro???

    Nao avanciariamos mais e deixariamos de repetir erros no futuro se pudessemos fazer coisas simples como esta?

  2. Não entendi muito bem a indignação do articulista. (E dos adoradores sem restrição do agronegócio de exportação, com suas monoculturas) Ora, a pergunta que fiz questão de ler, contém algumas verdades. Ou não?

    Ou devemos somente elogiar o agronegócio de exportação como bons amestrados?

    A questão está no link. A resposta correta é da letra “a”, na minha opinião.
    https://www.poder360.com.br/educacao/questao-do-enem-critica-logica-do-agronegocio-no-cerrado/

  3. Bah !

    Entao a cultura de sustentacao da economia brasileira, em que os petistas costumam surfar nos numeros que ela representa, deve admitir e permitir que a ala pura do partido, nao contaminada pelo resto dos simples habitantes do pais (que nao entendem completamente a pureza de suas ideias e valores) os chame de Exterminadores da vida dos camponeses ?

    Isto esta na alternativa A – “cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida””…

    Provavelmente esta linha de pensamento deve ser complementar àquela de que, atraves da derrubada do marco temporal, devemos restituir toda terra aos indios e voltarmos as condicoes de vida anteriores a 1500.

    Coerente, teriamos uma agricultura inexistente ou de queimadas e abandono e simples exploracao extrativista e predatoria dos recursos do meio ambiente.

    um paraiso.

    Para algumas centenas de milhares

    Uma pena que mais de 200 milhoes de brasileiros deveriam ser expulsos, mortos ou sei lá o que…

    ou entao voltarmos a maos cavando o solo pois certamente todos os mecanismo invasores como enxada e arado, seriam demonios progressitsas.

    defender somente a monocultura, o uso indiscriminado de agrotoxicos, a cultura obssesiva da exportacao obviamente é contrario ao minimo senso de realidade e justica.

    Novamente ao inves ce propormos saidas para aproveitar o imenso beneficio do agronegocio e combina lo com medidas de protecaos aos defesonres dos metodos tradicionais, devemos mais uma vez, encontrar inimigos para combater e destruir.

    logica esquerdista

    Mas dizer que o agronegocio e somente o demonio e que seu resultado e a morte dos camponeses (a melhor opcao, imagine as outras) e uma forçada de barra dura de aguentar

    Quem sabe aproveitemos os tacapes e vamos destruir as maquinas como 1800??

    • Sr. Newton

      Aproveitando para jogar mais gasolina na fogueira e os bombeiros estão de greve.

      Esse método do Paulo FreiLixo acabou com os últimos dois neurônios do Cantor-Intelectual-Leblon. (Mamador da Lei Roubanet)., Caetoso Velano…..

  4. Numa questão de múltipla escolha, são várias perguntas e algumas podem ser consideradas absurdas, mas a correta era só uma por ser a única certa.

  5. Pois é caro duarte,

    como disseste anteriormente a gente conhece todos aqui, conforme externam seus pensamentos.

    A interpretação depende de como vemos o agronegócio de exportação .

    Eu, por exemplo, considero o agronegócio de exportação um complemento importante à economia do Brasil. Porém, há efeitos colaterais danosos. O uso excessivo de agrotóxicos, o uso privativo da água, os subsídios a rodo, as isenções, os perdões de dívidas.

    Enquanto a agricultura familiar emprega muita gente, o agronegócio de exportação usa muita tecnologia e com isso dispensa a mão de obra (mas quando a usa, a remuneração é baixa).

    O agronegócio de exportação deveria coexistir com a agricultura tradicional de subsistência, águas e terras deveriam ser aproveitadas pelas duas correntes, mas a privatização do uso é prejudicial aos que têm menos poder.

    Certamente a agricultura familiar deveria receber muito mais subsídios, até porque a produção é menor, mas muito importante ao país.

    Não devemos simplificar a questão, olhando só sob a ótica do lucro.

    • Caro Vidal

      parabens pelo seu posicionamento lucido.

      O agronegocio é mais uma das atividades fortemente impactada pela modernizacao e tecnologia.

      Gracas aos ceus e a embrapa, a alguns visionarios, ao espirito empreendor e certamente a mitos incentivos oificias, o Brasil acompanhou este processo e capitalizou seus beneficiso tornandose uma da s maiores ptencias alimentares do mundo.

      Certamente adorariamos um mundo idilico de baixa poluicao, ambientes preservados, familias unidas e felizes e porperidde economica em pequenas propriedades.

      mas o caminho das mudancas de costumes e valores e novas tecnicas é inexoravel e comummente impiedoso e cruel para os que nao conseguem acompanhar o trem da “modernidade”.

      Aqui no sul e creio que em boa parte do Brasil, nas decadas de 50 e 60, o colono (pequeno produtor do sul) produzia milho,
      e engordava porcos tendo valor agregado e dinheiro durante todo o ano.

      grande rede de frigorificos regionais permitia o escoamento em bases conhecidas, com empresarios locais e a quaidade de vida para os padroes da epoca eram bastante satisfatorios.

      entretanto o advento da soja acabou com o uso da banha e este tipo de economia desapareceu.

      a lavoura de soja, um eldorado incial revelouse uma tragedia para os pequenos, mas ao longo de decadas encontraram alternativas para sobreviver

      Feliz ou infelizmente nao podemos parar a marcha das mudancas.

      Acredito que ambos desejamos compatibilizar o novo mundo coma sobrevivencia dos antigos modelos de vida

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