Pedro do Coutto
Após aguardarem 37 dias para que pudessem cruzar a fronteira entre Gaza e o Egito, área em que as bombas explodiram seguidamente, um grupo de brasileiros conseguiu embarcar no avião da FAB e retornar ao país, o que estava previsto para acontecer na manhã de ontem, quando escrevi esse artigo.
Assim, marca-se o fim de um período difícil em que a dúvida atingia a esperança e os bombardeios poderiam ser o fim da espera. Na Folha de S. Paulo, a reportagem é de Igor Gielow e Marília Miragaia. No O Globo, escreveram Daniel Gullino, Letícia Messias e Marina Gonçalves.
ARTICULAÇÕES – Foi um longo caminho diplomático percorrido para o qual, conforme pode-se deduzir, não faltaram obstáculos colocados. Transpostos, a situação para os brasileiros que voltam é de alívio e de renovação de esperança.
Imaginem os leitores, as milhares de pessoas que permanecem na região sob bombas e sem uma solução à vista. A tragédia se amplia e parece ainda não ter fim. Uma destruição que além de física, abrange contextos familiares diversos numa área envolvida num conflito terrível.
ARGENTINA – No último debate na televisão antes das eleições do próximo domingo, o candidato Sergio Massa atacou fortemente o ultradireitista Javier Milei, acusando-o de pretender romper relações diplomáticas com o Brasil e com a China, acabar com o Banco Central e ter criticado até o Papa Francisco.
Milei afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não falava com Alberto Fernández, atual presidente argentino e, portanto, o relacionamento entre os dois países não é problema. Vamos aguardar os efeitos do debate nas próximas pesquisas, que mesmo proibidas de serem divulgadas, chegarão ao conhecimento público nos próximos dias.
DEFESA – Em artigo publicado na edição desta segunda-feira de O Estado de S. Paulo, Henrique Meirelles, que presidiu o Banco Central durante os dois primeiros governos de Lula, manifestou-se favorável à ideia do déficit zero, acentuando não ser incompatível com os investimentos sociais do atual governo.
Meireles frisou que a tolerância com a existência de um déficit financeiro sinaliza ao mercado a desistência de um projeto de equilíbrio monetário. Os investimentos públicos devem ser financiados com a receita dos impostos.
A monstruosidade de Netanyahu à pretexto de defender Israel contra o Hamas, está covardemente bombardeando escolas, hospitais, ambulância e acampamentos de refugiados. A monstruosidade só não é maior do que o holocausto. Isto depõe contra o povo judeu de Israel que vem há muito tempo pedindo para ele renunciar.
As eleições na Argentina vai servir para saber o número de pessoas que fazem parte da manada do país.
Na campanha Milei tinha dito que ia cortar relações com o Brasil e a China, no debate se desdisse.
Meirellis disse : “Os investimento públicos devem ser financiados com a receita dos impostos”. Isto é o que os governos brasileiros vinham fazendo à décadas e o Brasil não saiu do lugar.
A maior parte do dinheiro dos impostos serve para rolar a dívida interna e o que sobra mau dá para as despesa públicas em especial a social.
Déficit zero sem computar o dinheiro dos juros só para rolar a dívida interna é para inglês ver, como bem explicou o jornalista Pedro do Coutto em um de seus seus artigos anterior..
A grande maioria do economistas entende de números, mas tem uma fraca noção de nação, principalmente no que se refere ao social e o futuro do país, pois limita-se a gastar o que sobra dos impostos, como não sobra quase nada, não se faz quase nada.
Investimento dá retorno, aquece o mercado, gera empregos e consumo que sem os quais o Brasil vai continuar no marasmo.
Na minha humilde opinião esse juros altíssimos que o BC vem mantendo é um gasto nocivo que tira a maior parte do dinheiro do Orçamento para pagar juros, que só serve para enriquecer os rentistas que vivem da usura.
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