Bruno Boghossian
Folha
Nicolás Maduro tirou 10,5 milhões de venezuelanos de casa para votar no plebiscito sobre a anexação de Essequibo. A cifra corresponde apenas à metade do total de eleitores registrados no país, mas é mais do que o número de votos depositados na esvaziada disputa presidencial de 2018. Quase todos os eleitores concordaram com as teses do ditador.
Sem disparar um tiro, Maduro lançou uma operação doméstica de guerra. Testou a capacidade de mobilização de um regime cujo fôlego é incerto, declarou-se porta-voz de um movimento sem oposição interna, explorou o nacionalismo para remendar um governo divisivo e ressuscitou demônios do imperialismo.
Efeitos colaterais – Associado à crise econômica, o estrangulamento da vida política imposto pelo chavismo provocou efeitos colaterais incômodos para Maduro. O regime continuaria vitorioso em atas de votação, mas teria comprometida a agitação de suas bases.
A participação limitada no plebiscito de domingo (3) sugere que a apatia ainda domina muitos venezuelanos. Maduro precisará insistir na histórica reivindicação do território da Guiana se quiser oferecer um assunto fresco ao eleitorado, desgastar rivais e indicar que, no limite, hipotecará sua sobrevivência política num conflito armado.
O líder venezuelano aproveitou a propaganda oficial para abrir uma etapa dessa campanha.
AVISO AOS EUA – Num programa de TV, o presidente alertou aos EUA que não se envolvam na disputa territorial com a Guiana. Depois, anunciou que a procuradoria avançava em investigações que ligariam opositores do regime à ExxonMobil, empresa americana que explora petróleo na região em disputa.
Incluir Essequibo na pregação contra corporações capitalistas, elites locais e um inimigo externo forte é mais útil para Maduro do que invadir a Guiana e aguardar uma retaliação pesada.
Por ora, a hipótese de ação militar serve para dar sustentação ao discurso, mas ninguém duvida que o regime pode apertar o botão vermelho caso identifique um risco real de perder o poder.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A vida às vezes imita a arte. Maduro agora está fazendo o papel de Peter Sellers num filme clássico do humor, “O Rato que Ruqe” (The Mouse That Roared), em que o governante de um pequenino país declara guerra aos Estados Unidos. Os americanos já deram um aviso, se ele insistir na brincadeira, pode se dar mal. (C.N.)
A “encomenda/presente” virá nas asas da Jordania, em julho do proximo ano!
“Dendos”, em:
https://www.facebook.com/reel/6949445885142169?s=yWDuG2&fs=e&mibextid=Nif5oz
Imagine a tragédia humanitária (além da que já dura décadas) de uma Venezuela em guerra.
Maduro tem apoio explícito de Putin.
Quando a gente pensa: “não é possível que vão fazer essa estupidez”, sempre nos surpreendemos com uma loucura ainda pior.
Prezado Carlão…velha guarda…do jornalismo…
Sobre seu PS…
Pense..bem Os rumos dos fatos Históricos nem srmpre saem como se pensa.
Os EUA…sabem muito bem o que lhes sobreveio quando se meteram com ar de “Xerifes” No Vietnã…bem o resto vc Carlão já sabe…Podemos também lembrar da “surra” que a soberba Franca…levou na Indochina…e poderiamos citar vários exemplos de como a cousa é bem mais embaixo.
Portanto Carlão…parafraseando: ” A vida nem sempre imita a arte”
Eu acho que o carma está no ar…o passado sempre volta…e sempre vem com a sombra da morte e destruição…
YAH o ALTÍSSIMO SEMPRE SEJA LOUVADO..
A Aritmética do repórter da Folha está errada, o ditador dos venezuelanos não tirou 10,5 milhões dele eleitores da cama, o que ele fez mas não contou é que multiplicou por cinco o número de votos. Simples, pois ele contou como um voto a cada sim às cinco perguntas feitas no tal plebiscito, fácil não é mesmo, e o repórter da Folha caiu no conto do ditador.
Senhor Carlos de Jesus , a França só saiu da guerra no Líbano , após ter seu quartel-general literalmente implodido pelas força de resistência ” Libanesa & Palestina ” , onde morreram mais de 300 Franceses , além de perda total das instalações e materiais estocados no local , portanto a história não tarda ” ironicamente ” á se repetir , uma vez que um universo maior de armamento foram distribuídos e entregues indiscriminadamente pelos países tradicionalmente fabricantes , beligerantes e belicistas , para auferir maiores ganho e lucros financeiros , acompanhado com modismo de ” terrorismo ” , quem se atreve a oferecer resistência a invasão de seus países .