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Vicente Limongi Netto

O clima era de furo internacional. Faltaram balões e salgadinhos. A emoção tomou conta dos estúdios platinados. A TV Globo antecipou o halloween. Parecia hora de um longo recreio no mundo da bruxaria. Abissal pantomima.

Saiu William Bonner, entrou Cesar Tralli. O jornalismo brasileiro está salvo. Palmas, lágrimas, abraços, beijos marcaram os novos caminhos do Jornal Nacional.

ABISMO DO FRACASSO – O frio Bonner, como ele mesmo se definiu, estava mais feliz do que pinto no lixo. Vai poder voltar a andar na rua mais sossegado. Tralli, que adora falar pelos cotovelos depois de cada notícia, levará a audiência do JN ao abismo do fracasso.

Bonner gostava de fazer matérias nas ruas. Trabalhou bem, cobrindo as enchentes no Rio Grande do Sul. Tralli não fica atrás. Cobriu terremoto na Turquia e prisão de traficante internacional.

Telespectadores vibrariam, vendo o falante Tralli voltando a trabalhar nas ruas tranquilas do Rio de Janeiro. Cobrindo, ao vivo, por exemplo, as batalhas sangrentas da polícia nas favelas cariocas contra facções de bandidos, traficantes e assassinos. Pauta desafiadora para Tralli. 

SUPERTÉCNICO – Amado e idolatrado pela torcida, o português Abel Ferreira é o cara. Tem o apoio e respeito dos jogadores. Não mastiga chiclete. Cospe fogo quando o Palmeiras é prejudicado em campo. Não para de levar o Palmeiras a conquistas gloriosas e heroicas. Não usa paletó. Prefere moletom e tênis. É muito mais técnico do que Carlo Ancelotti. Em todos os sentidos.

Quando muitos estavam empolgados com a fama de Ancelotti, Abel chegou a ser cotado para comandar a seleção. Foi vencido pelo lobby de ex-jogadores, junto a CBF, que trabalharam com ele, no futebol italiano.

NO OLHO MÁGICO – Hoje, seguramente, diante dos jogos medíocres da seleção, conseguindo no olho mágico, a duras penas a classificação para a Copa do Mundo, aqueles que cegamente idolatravam Ancelotti agora estão arrependidos.

Ancelotti não é de nada. Tem muitos títulos, mas Abel Ferreira também tem. É notável a força e a fibra que Abel passa aos jogadores. Não existe jogo perdido para eles. Exemplo marcante: agora mesmo, entrando em campo perdendo de 3 a zero, contra o LDU, do Equador, virou o jogo. Venceu com sensacional 4 a 3. 

Façam pesquisa, hoje, entre torcedores, jornalistas e jogadores, para ver qual é o melhor para comandar a seleção. Abel ganharia de goleada do mafioso Ancelotti.  

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Paulo Mendes Campos tinha momentos de uma poesia autodestrutiva

Não te espantes quando o mundo... Paulo Mendes Campos - PensadorPaulo Peres
Poemas& Canções

O jornalista, escritor e poeta mineiro Paulo Mendes Campos (1922-1991), no poema “Balada do Homem de Fora”,  divaga que o mundo foi feito para quem dele tire proveito.

BALADA DO HOMEM DE FORA
Paulo Mendes Campos

Na alma dos outros há
searas de poesia;
em mim poeiras de prosa,
humilhação, vilania.

O pensamento dos outros
ala-se em frases castiças;
o meu é boi atolado
em palavras movediças.

No gesto dos outros vai
a elegância do traço;
no gesto torto que faço
surge a ponta do palhaço.

O trato dos outros tem
desprendimento, altruísmo;
venho do ressentimento
para os brejos do egoísmo.

O amor de muitos floresce
em sentimento complexo;
mas o meu é desconexo
anacoluto: do sexo.

Na face dos outros vi
a sintaxe do cristal;
na amálgama dos espelhos
embrulhei o bem no mal.

A virtude contra o crime
é um cartaz luminoso
dos outros todos; mas eu
posso ser o criminoso.

Os outros brincam de roda
(carneirinho, carneirão);
são puros como a verdade;
mas eu minto como um cão.

Há quem leia Luluzinha,
há quem leia pergaminhos;
leio notícias reversas
nos jornais de meus vizinhos.

Os outros ficaram bravos
ao pôr de lado o brinquedo,
bravos, leais, sans reproche;
mas eu guardei o meu medo.

Encaminha a mente deles
uma repulsa moral;
na minha pulsa o High Life
do mais turvo Carnaval.

Todos foram tão bacanas
na quadra colegial;
só eu não fui (mea culpa)
nem bacana, nem legal.

O trem dos outros tem
um ar etéreo e eterno;
às vezes ando vestido
como um profeta do inferno.

Muitos voam pelas pautas
que se desfazem nos astros;
amei Vivaldi, Beethoven,
Bach, Debussy, mas de rastros.

Certos olhos são vitrais
onde dá a luz de Deus;
Deus me deu os meus e os teus
para a dor dar-te adeus.

Há tanto moço perfeito
like a nice boy (inglês);
eu falo mais palavrões
que meu avô português.

Os outros são teoremas
lindos de geometria;
eu me apronto para a noite
nos pentes da ventania.

Para quem foi feito o mundo?
Para aquele que o goze.
Como gozá-lo quem gira
no perigeu das neuroses?

Copiei com canivete
este grifo de Stendhal:
“Nunca tive consciência
nem sentimento moral”.

Faço meu Murilo Mendes
quanto à força de vontade:
“Sou firme que nem areia
em noite de tempestade”.

Há gente que não duvida
quando quer ir ao cinema;
duvido de minha dúvida
no meu bar em Ipanema.

Outros, felizes, não bebem,
não fumam; eu bebo, fumo,
faço, finjo, forço, fungo,
fuço na noite sem rumo.

Outros amam Paris, praias,
cataventos, livros, flores,
apartamentos – a vida;
eu nem amo meus amores.

Os outros podem jurar
que me conhecem demais;
quando acaso penso o mesmo,
o demônio diz: há mais…

A infância dos outros era
o céu no tanque da praça;
a minha não teve tanque,
nem céu, nem praça, nem graça.

Até na morte encontrei
a divergência da sorte:
a deles, flecha de luz,
a minha, faca sem corte.

O espaço deles é onde
circunda a casa o jardim;
mas o meu espaço é quando
um parafuso sem fim.

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Fabiano Lana
Estadão

Se há um calcanhar de Aquiles eleitoral na esquerda é a questão de como combater a criminalidade. Se fizermos uma generalização de como pensam esses militantes, a ideia é que o pequeno criminoso só age de maneira violenta porque não tem opções nem perspectivas de vida. Seria vítima de um sistema injusto que alimenta a desigualdade.

Um dos grandes problemas desse tipo de avaliação é o elitismo alienante. Até porque, nem mesmo as pessoas mais pobres, que vivenciam as dificuldades sociais, concordam com a tese. Ao contrário.

BRASIL REAL – A pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira, 31, coloca mais luz sobre o problema. De acordo com a sondagem: 88% dos entrevistados que moram em favelas no Rio de Janeiro aprovaram a megaoperação ocorrida esta semana no Rio de Janeiro. O dado é avassalador.

Nem mesmo as 120 mortes foram suficientes para fazer os moradores das comunidades rejeitarem o trabalho policial. Não consideram seus “vizinhos” mortos como vítimas da sociedade.

Um detalhe: 70% dos moradores das favelas consideraram “inapropriado” o minuto de silêncio solicitado pelo ministro Guilherme Boulos pelas vítimas da operação carioca.

ALIENAÇÃO – Ou seja, muita gente, muitas vezes do conforto de seus lares de classe média, de bairros ricos, de cafés afrancesados, quer ensinar como os que sofrem com o problema devem lidar com ele.

Talvez só quem não experimenta diretamente a questão pode vir com teses generalizantes como “o traficante é vítima”, “ele roubou o celular para tomar uma cervejinha”, “nós, ricos, precisamos pagar o pedágio da desigualdade brasileira”, dizem, na arrogância de não sentir a questão na pele e dar lições sobre o assunto.

BOBAGENS – Quem é de esquerda acredita, em geral, que as sociedades humanas são desiguais e injustas, e os oprimidos pelos mais poderosos – os antigos escravos, os atuais assalariados, os informais – devem ser liberados, seja por meios pacíficos, seja pela violência revolucionária.

O traficante, no final das contas, estaria em linha direta com sua ascendência escrava e teria direito à redenção. Sua periculosidade, portanto, se justificaria. Confiram como há uma série de obras de arte, seja no cinema, na música, na literatura, que corroboram essas hipóteses do bandido-herói.

O quase silêncio constrangido do governo petista em relação à megaoperação tem razão de ser. É um tema que os deixa acuados. A direita – mesmo com toda a hipocrisia que sempre acompanha os temas morais – tem a linguagem que a maioria da população aprova quando se trata de crimes: que venha o castigo.

LIÇÃO DE VIDA – Nada de compreensão, nada de análise sociológica, nada de tentativa de realizar os fatos. É a vida como ela é. A pesquisa Atlas também mostrou que a maioria dos brasileiros quer ver operações como essas repetidas.

A questão, entretanto, é que há chance de todas essas operações estarem combatendo as consequências do problema, não a sua causa. Afinal, o dinheiro do tráfico não brota do chão. Há milhões de pessoas dispostas a gastar muito para comprar um produto ilegal. E há outras milhares dispostas a matar e morrer para entrar nesse negócio.

Até hoje, as guerras às drogas, que ocorrem de maneira até mundial, fracassaram. Os EUA e parte da Europa Ocidental partiram para tentativas de legalização, mas os resultados seguem inconclusos.

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Ministros barram revisões e reforçam recado contra anistia aos golpistas

STF já negou três dos 11 pedidos de revisão criminal

Márcio Falcão
G1

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram os primeiros pedidos de revisão criminal de condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Até agora, o Supremo já negou três dos 11 pedidos de revisão criminal de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 que recebeu.

Os outros oito pedidos aguardam parecer da Procuradoria-Geral da República ou decisão do ministro relator. A revisão criminal é um instrumento que permite a um condenado que já teve uma sentença considerada definitiva, portanto não tem mais chance de recursos, pedir a reavaliação do seu caso.

ERROS JUDICIÁRIOS – A medida não representa um novo julgamento e é considerada excepcional. O objetivo do instrumento é corrigir erros judiciários e precisa apresentar novos elementos de provas que possam comprovar a inocência como: comprovar que a sentença foi contrária à lei penal ou às provas do processo;
comprovar que a sentença que se baseou em depoimentos, exames ou documentos falsos.

A decisão mais recente entre os três casos negados pelo STF sobre as revisões foi do ministro Dias Toffoli. Ele rejeitou pedido de Antônio Teodoro de Moraes, condenado a 14 anos de prisão e que conseguiu reduzir a pena para 12 anos nos embargos de declaração – recurso que pede esclarecimentos sobre a sentença.

A defesa alegou que a condenação pela Primeira Turma violou a legislação, a jurisprudência do Supremo e as provas do processo. Toffoli considerou que os advogados tentaram apenas reexaminar as decisões de recebimento da denúncia e de condenação. Os advogados ainda podem recorrer.

VIA RECURSAL – “Nesse contexto, sobressai o propósito de utilizar a ação de revisão criminal como via recursal, buscando-se, em última análise, a reabertura do debate acerca de fatos e provas já submetidas ao crivo judicial, na qual viabilizado às partes o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa, observando-se o devido processo legal”, escreveu o ministro.

Antes de Toffoli, a ministra Cármen Lúcia rejeitou o pedido de Miguel Fernando Ritter, condenado a 12 anos e 6 meses de prisão pelo plenário do Supremo. A defesa argumentou que o fato dele ter sido julgado pelo Supremo sem ter foro na Corte representou a violação da lei, alegando “erro judiciário de direito”.

Na decisão, Cármen Lúcia afirmou que o Supremo fixou competência para os casos do 8 de janeiro não só no processo de Ritter, como em todas as ações penais que tratam dos ataques.

COMPETÊNCIA – “A ideia defendida de que o réu possa escolher em qual foro deverá ser julgado não tem acolhida, expressa ou implícita, na Constituição da República. A competência, no processo penal, é fixada por razões de ordem pública. Logo, não pode ter tratamento idêntico ao de um foro de eleição estabelecido em contrato privado”, escreveu a ministra.

O terceiro pedido foi rejeitado por Flávio Dino. O ministro negou pedido de Lucinei Tuzi Casagrande Hillebrand, condenado a 14 anos de prisão também pelo plenário do Supremo.

FORMA CONTRÁRIA – Os advogados alegaram que a sentença “se deu de forma contrária à lei e ainda, contrária a provas dos autos” e que a conduta pela qual foi condenada “está devidamente comprovada não ter sido praticada por ela”.

Dino entendeu que o pedido não preenchia os requisitos legais para ser admitido e não apresentou elementos relevantes para revisão da sentença. “Inclusive, as teses defensivas apresentadas nesta ação revisional foram objeto de discussão no julgamento de mérito e dos dois embargos declaratórios opostos Inclusive, as teses defensivas apresentadas nesta ação revisional foram objeto de discussão no julgamento de mérito e dos dois embargos declaratórios opostos”, disse.

O entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a considerar pedir a revisão criminal diante do cenário desfavorável no Supremo para o julgamento do recurso contra a condenação do ex-presidente por golpe de Estado a 27 anos e três meses de prisão. O recurso foi apresentado nesta semana e será julgado a partir do dia 7 de novembro pela Primeira Turma do STF.

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Novo julgamento no TSE pode tornar inelegível o governador Cláudio Castro

Governador é acusado de abuso de poder nas eleições de 2022

Deu na Folha

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) marcou para a próxima terça-feira (4) o julgamento que pode levar à cassação e à inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Rodrigo Bacellar (União Brasil).

Os dois são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. As ações que serão analisadas pelo TSE tratam de um esquema para contratação de funcionários do Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) como cabos eleitorais.

SEM TRANSPARÊNCIA – Uma série de reportagens do Uol revelou que dezenas de milhares de pessoas foram contratadas sem transparência. Foram identificados indícios de uso político dos projetos tocados pela Fundação Ceperj e pela Uerj.

Uma investigação do Ministério Público do Rio descobriu saques de dinheiro vivo na “boca do caixa”. Ao todo, R$ 248 milhões foram retirados em agências bancárias por dezenas de milhares de pessoas que integrariam o suposto esquema. Castro e Bacellar foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio em maio de 2024. O Ministério Público Eleitoral, no entanto, recorreu ao TSE.

O processo está sob relatoria da ministra Isabel Gallotti. Também vão participar do julgamento a presidente do TSE, Cármen Lúcia, e os ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Antonio Carlos Ferreira, Floriano de Azevedo Marques e Estela Aranha.

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