Nas árvores, as mensagens semeiam esperança
Vicente Limongi Netto
Harmonia completa. “Verde que te quero verde”, lembrando Garcia Lorca. Limpeza, sossego, plantas, flores. Entre elas, orquídeas, cultivadas nos primeiros galhos das árvores altas. Ar puro. Passarinhos. Cenário de amor e ternura, indicando um paraíso. Não é em São Paulo, Rio de Janeiro, Roma ou Paris. É aqui mesmo em Brasília.
Para deleite dos nossos olhos, é o amplo jardim dentro da quadra 103 Sul, entre os blocos H e C. Espaço dividido com bancos, uns de madeira, outros de mármore. Para meditar, divagar, ler um livro. Pausa para almoçar. Namorar. Botar a conversa em dia.
PARAÍSO NO PLANALTO – Trechos bem cuidados para caminhar. Alguns fazem ioga. Boa iluminação. Tem parquinho infantil. Lixeiras. Uma delas, recomendando, “para jogar bitucas”. Babás passeiam tranquilas com crianças.
No pé de cada árvore, altas e silenciosas, criadas pela Helô, professora aposentada, há placas de madeira ou mármore, com exortações variadas, quase raras, na situação atual, tenebrosa e egoísta do planeta. Clamando por amor, compreensão, paz na alma, bom-dia, tolerância, harmonia, alegria.
Respire e contemple, cuide com carinho, educação, paciência, tranquilidade, diálogo, confiança, perdão, sentimento, altivez, generosidade. Tem sugestiva placa com dizeres educados: “Tenha em mãos saquinho para recolher as fezes do seu animal”. Brasília precisando de mais placas como esta.